Xavier Mestelan-Pinon: “Há riscos com a fiabilidade do DS3 WRC pois é um carro totalmente novo ao contrário do C4 WRC que era uma extrapolação do Xsara”
A poucos dias de se iniciar mais uma época do Mundial de Ralis, Xavier Mestelan-Pinon, responsável técnico da Citroën Racing respondeu a algumas questões sobre o novo Citroen DS3 WRC, que tem vindo a ser evoluído desde o início de 2010.
Que se passou depois da apresentação do Citroën DS3 WRC, no decurso do ‘Mondial de l’Automobile’, em Paris, em Outubro último?
A nossa prioridade foi acumular quilómetros de testes, sob todas as condições possíveis. Graças à construção de um segundo DS3 WRC destinado aos testes, colocámos em prática uma sessão a cada duas semanas. Estes testes permitiram-nos trabalhar na fiabilidade e compreender a viatura, nomeadamente no que se refere à sua reação em face das modificações introduzidas. No final, fixámos a base técnica da viatura. Nestas últimas semanas concentrámo-nos em determinados detalhes, como o posicionamento dos elementos de segurança e das caixas de controlo da FIA, a instalação dos pilotos no seu interior e a sua formação na intervenção na viatura fora do parque de assistência. A nossa principal dificuldade foi encontrar condições meteorológicas com elevadas temperaturas. Conseguimos um pouco de calor no sul da Europa.
Existem preocupações particulares em termos de fiabilidade?
Considero que efetuámos um bom trabalho tendo em conta o tempo que tivemos para colocar em prática este projeto. Os riscos existem, evidentemente. Importa não esquecer que o DS3 WRC é uma viatura totalmente nova, ao contrário do C4 que era uma enorme extrapolação do Xsara.
A mudança mais recente teve a ver com os pneus. Qual foi o impacto no desenvolvimento da viatura?
A Michelin é um parceiro histórico da Citroën, pelo que me é com agrado que expresso o facto de voltarmos a encontrar este construtor e de uma parte da sua equipa técnica. Este entusiasmo não retira em nada a nossa satisfação expressa no seguimento de três anos de colaboração com o nosso anterior parceiro. O perfil dos pneus Michelin era fundamentalmente diferente, pelo que tivemos de rever uma série de componentes da geometria dos eixos, como a rigidez das suspensões, o ‘camber’ das rodas, as barras estabilizadoras… Os pneus Michelin são muito competitivos e oferecem um comportamento muito são, particularmente em pisos de asfalto.
Pensa que estes novos World Rally Cars serão mais espectaulares do que os da geração anterior?
O formato mais compacto da viatura reduz a inércia. Em face da ausência do diferencial central, há que ter em atenção as fases da travagem, que deverão ter maior mobilidade, nomeadamente no asfalto. O motor tem mais rotação e ‘canta’ um pouco mais, a ausência do comando semi automático da caixa de velocidades irá fazer com que os pilotos tenham de se aplicar mais no volante… Direi que, efetivamente, estas novas viaturas serão mais interessantes de ver para os espetadores!
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