WRC: Será a M-Sport capaz de recuperar?

Por a 25 Julho 2018 15:17

A M-Sport venceu com todo o mérito os dois campeonato do ano passado, mas esta temporada chega a meio da época a correr atrás do prejuízo. Perdeu um piloto de ponta, Ott Tanak, os resultados globais têm-se refletido disso, mas Ogier continua na luta pelo título. Com a nova evolução na Finlândia, o que irá acontecer? Para já recordamos como foi até aqui…

Começando pela M-Sport, a equipa iniciou bastante bem o ano, ao vencer três das quatro primeiras provas. Só que, ao contrário do que sucede na Hyundai, a valia dos seus pilotos não é tão homogénea e por isso os homens de Malcolm Wilson parecem ter este ano menos condições de revalidar o título de Construtores. Ogier e Elfyn Evans têm sido os dois pilotos principais, com Teemu Suninen a participar em quatro provas, deixando as outras duas, as de asfalto, para Bryan Bouffier.

No Monte Carlo, um bom começo de ano, com Sébastien Ogier a regressar aos triunfos, o que já não acontecia desde o Rali de Portugal de 2017, nem sequer sendo preciso de arriscar demasiado nas escolhas, pois a sua ‘sabedoria’ do Monte comparada com a dos adversários faz-se notar e a sua experiência faz o resto.

Já Elfyn Evans depressa cometeu erros, mostrando ainda ter muito para aprender em condições como as do Monte Carlo. Para Ogier tudo mudou na Suécia, já que o francês sofreu muito a abrir a estrada, pois os troços estavam anormalmente cheios de neve, e abrir a estrada foi ainda mais penalizador do que é normalmente. Elfyn Evans não fez melhor, pois nunca se deu bem nos troços de neve. Curiosmaente, acabou por ser de Teemu Suninen o melhor resultado da equipa, o oitavo da geral. Como se sabe, Ogier não é piloto de estar muito tempo afastado da frente, e também por isso reagiu no México, e apesar de ter chegado ao final do primeiro dia com uma desvantagem de 30s, recuperou e ofereceu à Ford a sua primeira vitória no México desde Marko Martin em 2004.

Na Córsega, Ogier esteve uma vez mais brilhante, atacou desde o primeiro metro, deixou a concorrência bem para trás e depois geriu. Depois do seu acidente no México, Elfyn Evans teve que ‘convocar’ Phil Mills, e a prova do galês refletiu-se disso, ainda mais num rali como a Córsega.

Foi na Argentina que a M-Sport fraquejou pela primeira vez este ano, com Ogier a assegurar apenas o quarto lugar, ainda assim obtendo pontos que lhe permitiram manter a liderança da tabela do campeonato. Depois da boa prestação do México, ficou claro na Argentina que o Fiesta WRC precisava de evoluir, pois a concorrência está igualmente forte.

Esta foi claramente uma fase do campeonato em que a Toyota e Hyundai chegaram-se à frente, sendo que o Rali de Portugal foi ainda pior para o pupilo de Malcolm Wilson, Ogier, num evento em que, ironicamente, mesmo sem o francês a equipa meteu dois carros no pódio da prova, fazendo com que a equipa britânica tenha saído de Portugal com razões para ficar satisfeita.

Ogier é que teve uma prova para esquecer, devido à sua saída de estrada na sexta-feira. Andou o resto da prova a preparar-se para a Power Stage, mas nem aí conseguiu pontos, sendo apenas oitavo. Enquanto isso, o seu principal adversário marcava bons pontos e vencia ralis, pelo que o campeonato já estava completamente virado nesta altura, até porque Neuville venceria não só em Portugal como também na Sardenha.

Ainda em Portugal, Elfyn Evans e Teemu Suninen bem tentaram roubar pontos aos Hyundai. O galês ainda chegou a estar a apenas 7,3s de Thierry Neuville, mas não aguentou o ritmo e o homem da Hyndai venceu. Já Suninen assegurou em Portugal o melhor resultado da sua carreira ao ser terceiro, e está a crescer a olhos vistos, sendo este próximo Rali da Finlândia uma prova importante para o seu futuro no WRC. Até aqui, o melhor resultado do finlandês tinha sido o oitavo lugar na Suécia. Em Itália, Ogier perdeu onde costumava ser mais forte, já que foi batido por Neuville na derradeira especial da prova, mesmo nos últimos metros, terminando em segundo e perdendo mais pontos para Neuville. Há muito que o WRC não chegava a meio sem ser Ogier na frente da competição.

A Ford esteve na passada semana na Finlândia a testar um novo pacote aerodinâmico que vai tornar o Fiesta WRC bem diferente de que se tem visto até aqui, ficando por saber se vai ser suficiente para bater a Hyundai, e neste caso também a Toyota, que venceu esta prova em 2017.

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