WRC, Sébastien Ogier: “Adoraria um último título, com uma terceira marca diferente”

Por a 4 Janeiro 2020 14:55

Está será a primeira vez desde 2014 que Sébastien Ogier não iniciará o Rali de Monte-Carlo como campeão em título. Chegou a pensar-se que, devido aos problemas com a Citroën, onde não encontrou um ‘pacote’ suficiente para lhe permitir ser novamente campeão, poderia interromper o seu contrato com a equipa francesa a meio e ‘reformar-se’, mas com a passagem de Ott Tanak para a Hyundai, o francês viu ali uma oportunidade e tudo fez para rumar à Toyota, deixando com isso a Citroën sem piloto de ponta. Resultado, os franceses abandonaram a modalidade e agora os pilotos de topo concentram-se em duas equipas, Hyundai (Thierry Neuville e Ott tanak) e Toyota (Sébastien Ogier). Elfyn Evans é um bom piloto, mas o seu acidente a meio de 2019 afastou-o do WRC durante algum tempo, pelo que irá ter que provar, agora na Toyota que tem o que é preciso para vencer. Quanto a Ogier, para já foge às questões sobre a ‘reforma’

Tinhas na ideia ‘reformar-te’ no final de 2020. Agora, podes ficar no WRC para lá de 2020?

Adoraria um último título, com uma terceira marca diferente, e não é a ‘reforma’ o que eu tenho em mente neste começo de temporada. O que eu tenho em mente é que sou um lutador e um vencedor, e quando começo uma competição, quero ganhá-la. Eu não começo (a temporada) a pensar que esta é a última chance ou algo parecido com isso. Eu tenho tido uma carreira incrível e qualquer coisa que eu possa acrescentar a isso seria ótimo.

Mais um carro novo para mais uma nova temporada…

Temos tido muito disso nos últimos anos! Sempre consegui adaptar-me muito rapidamente aos novos ambientes, por isso espero definitivamente voltar a fazê-lo desta vez, agora com a Toyota.

Quão difícil é começar um evento complicado como o Rali de Monte-Carlo num carro novo e numa nova equipa?

Começar no Monte-Carlo parece ser um desafio ainda mais difícil, mas a característica deste evento é tão particular, tão difícil e tão diferente dos outros que o mais importante é ter um carro em que me sinta confortável. Se não conheces bem o carro, é ainda mais difícil. Para além disso, é também um evento onde não é preciso extrair 100% do desempenho do carro. É mais sobre ser inteligente com os pneus e gerir bem as condições dos troços. De alguma forma, talvez seja melhor começar com uma nova equipa e um novo carro neste tipo de evento do que ir para um rali onde seja necessário lutar pelo último décimo de segundo, por exemplo a Finlândia. Penso que seria um local bem mais desafiante para fazer num novo carro.

É bom ser novamente um companheiro de equipa de Elfyn Evans?

Sinceramente, é bom e fiquei feliz por saber que a equipa decidiu levá-lo. É merecido para ele, depois destes anos nos ralis. É bom tê-lo, mas ambos temos muito que aprender agora. As primeiras discussões que tivemos com a equipa foram boas e os engenheiros também estão interessados em ter o nosso feedback sobre o carro. Quando se trabalha com os mesmos pilotos por algum tempo, pode ser difícil encontrar uma nova direção ou algumas novas formas de trabalhar. Até aqui, parece que todos estão bastante satisfeitos com o carro, mas eles lutam constantemente para encontrar uma nova maneira de melhorar. Assim, ter novos pilotos pode ajudar a equipa a ir ainda mais além.

Kalle Rovanperä é outro novo companheiro de equipa. Quanto pode um novato de 19 anos ajudar-vos a alcançar o objetivo de reconquistar o campeonato?

Com certeza precisamos deixar o Kalle ter o tempos que precisa para aprender. De qualquer forma, nunca a começar uma temporada peno como pode o meu companheiro de equipa ajudar-me? O objectivo é sempre tentar concentrar-me em mim e fazer o trabalho sozinho. E quanto ao resto, eu nunca pedi no início da temporada para ter algum status especial na equipa. Dependendo do que possa acontecer durante a temporada, alguma estratégia pode acontecer, mas inicialmente, temos que nos concentrar em nós mesmos e trazer o melhor para a equipa.

Por falar em equipa, na próxima época vais estar a trabalhar com o Tommi Mäkinen…

Para mim, sinceramente, estou ansioso por trabalhar com a equipa, e sim, o Tommi foi o meu herói de infância desde o final dos anos 90. Essa é a minha primeira memória real do Rali de Monte-Carlo, um carro vermelho a dominar este evento com o Tommi ao volante, por isso trabalhar com ele hoje é emocionante! Também trabalhar com uma marca tão icónica como é a Toyota é algo especial, eles têm muita história nos ralis e eu realmente tenho muito respeito pela mentalidade japonesa, da maneira como eles são. Eles são muito respeitosos com as pessoas e eu estou interessado em aprender mais sobre a cultura japonesa.

FONTE: RED BULL

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