WRC, Sébastien Ogier: A rivalidade com Loeb, e a influência de Senna
A famigerada rivalidade entre Ogier e Loeb fez pelo WRC aquilo que os duelos entre Senna e Prost tinham feito pela Fórmula 1. Há alguma tempo atrás, falámos com Sébastien Ogier e Sébastien Loeb em Portugal. O alsaciano confirmou que ele e Ogier não são propriamente amigos mas que falam pontualmente: “Sim, eu e o Seb Loeb falamos de vez em quando, desta última vez por causa de uma oportunidade de investimento na área dos helicópteros, e queria saber o que ele achava.”
Voltámos à carga: E os problemas que existiram entre vocês em 2011 foram mais uma questão de personalidade? “Talvez. Não gosto de estar sempre a falar do que aconteceu mas em toda a minha vida sempre fui muito competitivo, precisava de competir com alguém e sobretudo, precisava de ganhar. Há pessoas para quem o 2º ou 3º lugares são bons resultados. Eu não sou assim. Para mim o segundo é o primeiro dos últimos. Quando chegas a um desporto há sempre uma referência e eu acho que deves respeitá-lo mas não temê-lo. Prost estava no topo da F1 quando Senna chegou, foi por isso que se tornou a referência do Ayrton. O Seb Loeb foi muito importante na minha carreira porque obrigou-me a dar o máximo em todos os momentos, em todos os aspetos. Respeitava-o mas não tinha medo dele, achava que o conseguia bater e isso era importante para mim”, apontou Ogier, que apesar de ter apenas 10 anos de idade quando Ayrton Senna morreu em maio de 1994, admite também que o brasileiro exerceu uma enorme influência na sua vida, mesmo depois daquele fatídico GP em Imola.
Quando lhe perguntámos o que recordava daquele Rali de Portugal de 2010, quando venceu a sua primeira prova no WRC, Ogier falou sucintamente da forma como aguentou a pressão de Loeb nos últimos dois dias, preferindo antes apontar uma efeméride curiosa. “O Ayrton ganhou a sua primeira corrida na F1 no Estoril em abril de 1985. Eu também ganhei o meu primeiro rali no WRC em Portugal, 25 anos depois.
Isso deixa-me orgulhoso. As pessoas podem não compreender mas ele era o meu ídolo e ainda hoje me fascina”, confessa Ogier.
Outro facto praticamente desconhecido para a maioria dos adeptos é que Ogier chegou a ser comissário de pista voluntário no GP do Mónaco de F1, em 2004 e 2005. “Era a forma de conseguir estar perto da corrida e de ‘sentir’ o ambiente tão especial daquele Grande Prémio. Como sabes, era ‘a’ pista do Ayrton… Fiquei ainda mais contente quando pude finalmente correr lá, com a Porsche Supercup em 2013. Seja qual for o carro, aquele circuito será sempre especial para qualquer piloto e para mim era uma espécie de troço de asfalto cheio de significado”.
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