WRC: SEB X SEB NO RALI DE MONTE-CARLO

Por a 24 Janeiro 2019 10:05

Numa prova que volta a juntar Sébastien Ogier e Sébastien Loeb, dois dos maiores pilotos da história do Mundial de Ralis, é natural que se possa direcionar muita da atenção para este duo, embora os mais ‘especialistas’ saibam que o Rali de Monte Carlo é muito mais do que isso.

De qualquer forma, os dois Sébastien, Ogier e Loeb, ganharam os últimos 15 títulos mundiais e partilharam 13 vitórias no Rali de Monte Carlo. Curiosamente, para apimentar a situação, ambos podem sentir algum desconforto, já que iniciam esta nova campanha em novos ambientes. Ogier na Citroën e Sébastien Loeb na Hyundai.

Após seis vitórias consecutivas na prova, Ogier regressa à equipa Citroën, depois de oito anos de ausência, numa tentativa de ‘domar’ o algo ‘problemático’ C3 WRC. Loeb, nove vezes campeão do Mundo, e com sete vitórias registadas no Monte Carlo, encerrou a sua associação de longa data com o Grupo PSA e mudou-se para a Hyundai para fazer seis provas.

A dupla cruzou-se na Citroën entre 2009 e 2011 e a relação foi tensa, quando o jovem ambicioso de nome Sébastien Ogier desafiou o mestre do WRC. Nessa altura, tudo se resolveu com a saída de Ogier, mas o Sébastien mais jovem sabia bem o que estava a fazer. O ano de 2012 foi o da sua integração no Grupo VW, que ainda não tinha o seu Polo WRC pronto, mas a partir do ano seguinte e até hoje ganhou os campeonatos todos, quatro com a VW, mais dois com a M-Sport Ford: “Oito anos longe da Citroën é muito tempo. Na época éramos jovens que tentavam aprender, e agora a equipa conta connosco para a ajudar a seguir em frente”, disse Ogier, que está contente com o regresso de Loeb. O que sucedeu entre ambos há muito que ficou atrás das costas, dão-se bem, e acima de tudo sempre se respeitaram: “É bom ter o Loeb de volta, tivemos grandes batalhas. Estamos ambos a mudar de ambiente e isso criou um verdadeiro entusiasmo. Agora todos querem ver o que vai acontecer”, disse Ogier.

Contudo, é difícil imaginar um evento mais difícil para aprender os seus carros novos. É essencialmente um rali de asfalto, mas as condições dos troços podem tornar o Rali de Monte Carlo na prova mais difícil do ano. Na história da prova, já se viu de tudo. É habitualmente complicado devido às condições invernais variáveis e os pilotos podem encontrar neve, gelo e estradas secas, na mesma etapa especial. A escolha inteligente dos pneus e a capacidade de ‘ler’ as condições do terreno é fundamental. Daí o favoritismo que se atribui a Ogier e Loeb. Mas não é uma ciência oculta, há outros pilotos que podem vencer: “O mais complicado é encontrar o ritmo certo e não cair nas armadilhas”, diz Loeb. “Há toda a possibilidade de encontrar gelo à medida que a temperatura baixa durante a noite e por isso temos que nos adaptar às mudanças e condições imprevisíveis dos troços”.

Há muitas novidades no WRC 2019. Ogier foi para a Citroën e tem agora Esa-pekka Lappi como colega de equipa. O finlandês foi substituído na Toyota por Kris Meeke, que regressa depois de ter sido despedido da Citroën a meio da temporada passada.

Meeke junta-se a Ott Tänak e Jari-Matti Latvala na equipa japonesa, enquanto Loeb terá Thierry Neuville e Andreas Mikkelsen como companheiros de equipa na Hyundai. Na M-Sport Ford, e depois de Ogier ter conquistado os dois últimos títulos, os pilotos são agora Elfyn Evans, Teemu Suninen e Pontus Tidemand, este último para já apenas nas duas primeiras provas.

O rali arranca hoje em Gap, com dois troços noturnos. Depois, os pilotos enfrentam 16 troços que cobrem quase 325 km até à chegada ao Mónaco.

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