WRC, Rali Safari: Toyota ‘regressa’, Hyundai continua ou M-Sport/Ford causa surpresa?
Está de regresso o Rali Safari, e logo para uma data em que as chuvas podem fazer uma diferença enorme no decorrer do evento. A prova realiza-se este ano numa data mais tradicional, março ao invés de junho, e esta mudança poderá coincidir com uma maior precipitação, com o potencial de transformar as estradas normalmente secas e poeirentas, em lama profunda: essas condições que já foram responsáveis por algumas das imagens mais icónicas da história do WRC.
Por outro lado, uma alteração aos regulamentos significa que as equipas podem este ano equipar os carros de Rally1 com sistemas de snorkel – outra caraterística notável do Rally Safari no passado – para os ajudar a navegar em ‘águas profundas’ ou areia macia e evitar que os motores fiquem sem ar.
As alterações ao percurso farão com que este seja o mais longo Rali Safari da era moderna do WRC, com 367,76 quilómetros de competição. O Shakedown tem lugar na quarta-feira, antes do início do rali na capital queniana, Nairobi, na quinta-feira à hora do almoço, com a ação competitiva a começar com a super especial Kasarani. O resto do evento tem como base o parque de assistência nas margens do Lago Naivasha, a cerca de 100 quilómetros a noroeste. Duas passagens em três troços à volta do lago na sexta-feira são seguidas pelo dia mais longo do rali no sábado: este leva as equipas mais a norte até ao Lago Elmenteita para mais um trio de troços repetidos, incluindo uma versão alargada da especial Sleeping Warrior. A ação regressa ao Lago Naivasha no domingo para mais duas voltas de três troços, com Hell’s Gate a receber a Power Stage, que encerra o rali.
Depois de duas vitórias consecutivas na abertura do Mundial de Ralis FIA, a Hyundai Motorsport pretende obter mais um forte resultado no Safari, terceira ronda da temporada. Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe, Ott Tänak/Martin Järveoja e Esapekka Lappi/Janne Ferm são as três duplas.
Para o primeiro rali de terra da época, a Toyota planeia introduzir um sistema de suspensão atualizado destinado a melhorar o desempenho e a fiabilidade do GR Yaris Rally1. A equipa tem como objetivo novos sucesso no lendário Rali Safari, até porque ainda não venceu em 2024.
Desde que regressou ao Campeonato do Mundo de Ralis em 2021, o Safari retomou a sua reputação como um dos desafios mais difíceis do desporto motorizado mas a Toyota tem respondido bem com três vitórias consecutivas, aumentando o recorde de triunfos no evento para 11. Isto inclui um par histórico de resultados 1-2-3-4 nos últimos dois anos.
Este ano, a equipa traz outro alinhamento forte com três pilotos que têm cada um vários pódios no Safari. O duplo campeão mundial Kalle Rovanperä venceu o evento em 2022 e terminou em segundo lugar no ano passado, enquanto Elfyn Evans tem a oportunidade de acrescentar o seu nome à lista de vencedores depois de terminar em segundo e terceiro nas duas últimas edições. O Quénia também tem sido um ‘terreno de caça’ feliz para Takamoto Katsuta, pois foi o rali onde conseguiu os seus dois primeiros lugares no pódio do WRC em 2021 e 2022.
A M-Sport Ford World Rally Team prepara-se para enfrentar o desafio subsariano que a espera, regressando ao Quénia. Adrien Fourmaux ocupa o terceiro lugar na classificação geral e a terceira ronda no Quénia terá um papel importante na história da temporada que se avizinha.
Fourmaux, depois de ter conquistado o primeiro pódio da sua carreira no Rali da Suécia no mês passado, vai tentar proteger a sua valiosa posição no campeonato sobrevivendo à paisagem selvagem do Quénia. Com um bom quinto lugar na geral na sua primeira participação no Quénia, em 2021, e a sua primeira vitória num troço ao mais alto nível, as condições mistas de rocha e lama provaram ser adequadas para o francês. Com mais dois anos de experiência em terra no seu currículo, Fourmaux espera causar impacto no seu regresso ao Quénia pela primeira vez desde 2022.
Grégoire Munster também se prepara para participar no seu primeiro Rali Safari com máquinas de topo. Estreando-se aqui no ano passado com um Fiesta Rally2, Munster imprimiu um bom ritmo com um punhado de vitórias em troços no WRC2 e liderava a categoria até à noite de sábado, quando um problema mecânico o impediu de avançar. O piloto luxemburguês vai certamente usar esta experiência para apoiar a sua atualização para o Rally1, gerindo com tato o aumento de potência com o maior risco de encontrar problemas nas secções mais difíceis.
A equipa tem ainda Jourdan Serderidis e Frederic Miclotte de volta às suas fileiras para este evento icónico. O piloto grego, que competiu nos dois últimos ralis Safari no Puma Rally1 e conquistou um impressionante sétimo lugar à geral em 2022, está ansioso até porque, tendo disputado o Rali Safari Classic da África Oriental em dezembro do ano passado, juntamente com Munster, Serderidis está preparado e pronto para enfrentar novamente o desafiante terreno africano.
Horários
Quarta-feira 27 de Março, 1ª etapa
Shakedown (Loldia) 5.40 km 07:01
Quinta-feira 28. 3.
PEC1 Super Special Kasarani 4.84 km 11:05
Sexta-feira 29. 3.
PEC2 Loldia 1 19.17 km 05:15
PEC3 Geothermal 1 13.12 km 06:33
PEC4 Kedong 1 31.50 km 07:26
PEC5 Loldia 2 19.17 km 10:48
PEC6 Geothermal 2 13.12 km 12:06
PEC7 Kedong 2 31.50 km 12:59
Sábado 30 de Março, 2ª etapa
PEC8 Soysambu 1 29.32 km 05:01
PEC9 Elmenteita 1 15.08 km 06:05
PEC10 Sleeping Warrior 1 36.08 km 07:03
PEC11 Soysambu 2 29.32 km 11:34
PEC12 Elmenteita 2 15.08 km 12:35
PEC13 Sleeping Warrior 2 36.08 km 13:33
Domingo 31 de Março, 3ª Etapa
PEC14 Malewa 1 8.33 km 04:02
PEC15 Oserian 1 18.33 km 04:57
PEC16 Hell’s Gate 1 10.53 km 06:05
PEC17 Malewa 2 8.33 km 08:20
PEC18 Oserian 2 18.33 km 09:10
PEC19 Hell’s Gate 2[Power Stage] 10.53 km 11:15
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