WRC, Rali de Monte Carlo: Figura & Figurão
Curiosamente, escolhemos dois pilotos da mesma equipa, Thierry Neuville e Ott Tanak. O belga venceu a 92ª edição do Rali de Monte Carlo com todo o merecimento. Consideramo-lo na antevisão um dos principais favoritos a vencer se o rali estivesse maioritariamente seco, como sucedeu, mas curiosamente foi nos troços mais difíceis que arriscou face a Sébastien Ogier e em duelo direto, levou a melhor ao francês o que nesta prova, acima de todas as outras, não é fácil. É óbvio que Neuville fez uma grande prova, e agora é esperar pelo evoluir do campeonato para confirmar se o momento do belga é passageiro ou veio para ficar e é este ano, tal como disse ainda no fim de 2023, “Ser campeão no WRC, é agora ou nunca”.
No pólo oposto, escolhemos Ott Tanak para o figurão, não porque tivesse feito algo de verdadeiramente mau, mas sim porque bastou a primeira prova para começarem as queixas. Será que o estónio só com carros perfeitos é capaz de ganhar? O ano passado, várias vezes o vimos a queixar-se do carro e por inerência da equipas, mas pelos vistos o carro não era assim tão mau pois permitiu-lhe vencer duas vezes, as mesmas que Thierry Neuville, e menos uma que Kalle Rovanpera, Sébastien Ogier e Elfyn Evans. Ainda agora o WRC começou e sendo verdade que teve um arreliador problema com o carro: “algum problema com o acelerador, quando o levantámos o motor fica a todo o gás”, na PEC2 “O problema com o acelerador é muito mau”
na PEC3 Saint-Léger-les-Mélèzes / La Bâtie-Neuve 1 perdeu 41.9s numa zona perfeitamente identificada nas notas, que tinha gelo, onde caíram também Gregoire Munster e Takamoto Katsuta, na PEC9 “A lutar com problemas de motor outra vez. Às vezes está a andar, outras vezes não.”, ou seja, é lógico que afeta, mas Elfyn Evans teve boa parte de 6ª feira sem sistema híbrido e ninguém soube, só no sábado, quando foi evidente a perda de tempo. A frustração é que sabemos que Tanak é um grande piloto, mas também parece que se queixa demais.
Nada mais acertado