WRC, Rali da Turquia: O regresso oito anos depois

O WRC está de regresso à Túrquia, para o sétimo Rali da Turquia no mundial, o primeiro desde 2010. Depois de ralis com base em Kemer e Pendik, a base da prova turca é agora Marmaris, uma cidade costeira, no sul do país. A prova turca, décima do calendário de 2018, entrou para o lugar do Rali da Polónia. Esta é uma prova nova para os pilotos do WRC, que tem como promotor Serkan Yazici, quem, em 2000, fez o campeonato com um Toyota Corolla WRC.

O último evento do WRC na Turquia foi disputado perto de Istambul, muito longe da zona onde agora se realiza o rali. Os diretores das equipas estiveram o ano passado a assistir à prova, uma vez que esta era candidata ao WRC, pelo que já têm alguns conhecimentos da prova. A FIA considera este um evento europeu, mas o tempo de viagem dos camiões é extenso, com a maioria das equipas a fazer a viagem entre Trieste e Cesme de barco, ficando estes a cerca de 50 quilómetros de Marmaris.

O rali é disputado nas regiões de Marmaris e de Mugla, na zona de Anatolia, que já pertence à parte asiática da Turquia. Marmaris é uma cidade portuária e a desenvolver a parte turística na costa do Mediterrâneo. É servida pelo aeroporto de Dalaman, a cerca de 100 quilómetros, sendo um destino muito popular para os praticantes de Vela. Nos últimos dois anos, Marmaris tem tido ralis do campeonato turco, que serviram de preparação para a candidatura ao WRC. Com excepção da primeira especial, disputada na baixa de Marmaris, todas as outras especiais serão disputadas em pisos de terra rochosos e com altas temperaturas, não se sabendo ainda qual a diferença de tempo entre cada piloto do WRC. Os pneus são uma das grandes preocupações do rali, com a Michelin a fazer o pedido para todas as equipas do WRC poderem usar 28 pneus em vez dos 24 habituais e, a não ser que chova, não devem ser usados os pneus macios.

35 dos 52 (67%) carros inscritos no Rali da Turquia são Fords! Além dos três M-Sport oficias no WRC, a que se junta Yazeed Al Rajhi num Fiesta WRC privado, oito Fiesta R5 entre os 15 R5 inscritos no WRC2, todos os 14 carros do JWRC, a que se junta Louise Cook apenas no WRC3. Existem ainda mais oito Fiesta inscritos (um R5 e sete R2 ou R2T). Em 2010, cinco dos nove primeiros foram Fords, sendo os outros todos Citroens. Gus Greensmth vai ter um novo navegador, já que Craig Parryis continua a recuperar do acidente nos testes do Rali da Alemanha.

A luta do campeonato está entre três pilotos. Thierry Neuville (172 pontos), Sebastien Ogier (149) e Ott Tanak (136) – cada um destes pilotos venceu três ralis até agora este ano. No campeonato de construtores, a Hyundai lidera com 254 pontos, a Toyota tem 241, a M-Sport 224 e a Citroen 159. A Turquia terá ainda um grande duelo no WRC2, uma vez que será a primeira vez que Pontus Tidemand e Jan Kopecky vão estar no mesmo rali. Tidemand já venceu três vezes e tem um segundo lugar, enquanto o checo tem quatro vitórias. As regras dizem que cada piloto pode fazer sete ralis, contando os seis melhores. A Skoda Motorsport ainda não anunciou quais os pilotos que vão fazer os ralis que faltam.

Martin Holmes