WRC, Rali da Suécia: Segundo ’round’…
O Rali da Suécia marca
o segundo round do WRC 2019, uma prova maioritariamente disputada nas florestas
de Värmland, e a única prova realizada exclusivamente sobre neve e gelo.
Dominado por pilotos
escandinavos ao longo dos seus primeiros 28 anos no WRC, desde 1973, que o Rali
da Suécia só por três vezes não teve pilotos nórdicos a vencê-lo. Os primeiros
a alcançar tal feito foram Sébastien Ogier e Julien Ingrassia, em 2013, repetindo
depois a prestação em duas outras edições (2015 e 2016), dando a entender que
sabem lidar com as subtilezas únicas deste rali, onde se exige uma perfeição no
equilíbrio a alta velocidade.
É um exercício que varia de ano para ano devido à quantidade de neve e gelo
acumulada nas estradas, num volume que pode variar muito de uma edição para a
outra.
Após terem garantido, em meados de janeiro, em Monte-Carlo, a histórica 100ª
vitória da Citroën Racing no WRC, bem como a 45ª da sua carreira, Ogier e
Ingrassia terão a ingrata tarefa de serem os primeiros a entrar para os troços
de quinta e sexta-feira, com o seu C3 WRC, desenhando as trajetórias para os
restantes adversários, isto caso haja neve fresca à superfície do piso, em mais
uma dificuldade num evento repleto de surpresas.
Vai depender muito do estado dos troços as dificuldades que os homens da frente
vão ter nesta prova, especialmente Sébastien Ogier, o primeiro. Thierry Neuville
(Hyundai i20 WRC) passa em segundo e Ott Tänak (Toyota Yaris WRC). A
classificação no final do priemiro dia vai depender muito do estado dos troços.
Se, tal como no ano passado a neve for muita, então dificilmente qualquer
destes pilotos estará nos primeiros lugares no fim do primeiro dia. A distância
a que estiverem da frente, determinará se ainda vão a tempo de lutar pelo
triunfo… ou não.
Qualquer um dos três,
Ogier, Neuville e Tanak, será sempre considerado favorito nesta prova e se
tivermos que apostar num só: Ott Tanak.
Sébastien Loeb já
tem uma posição razoável na estrada, no primeiro dia, mas ainda precisa
de tempo para se adaptar ao Hyundai i20 WRC, pelo que será outro caso muito
interessante a seguir.
Jari Matti Latvala anda
bem na Suécia, já lá venceu com o Toyota Yaris WRC, e pode repetir o feito.
Kris Meeke adaptou-se
muito bem ao seu novo Toyota Yaris WRC e embora a Suécia não seja a sua
praia, provavelmente vai encarar esta prova de maneira diferente do Monte Carlo,
assegurando bons pontos.
Será também curioso ver o que Pontus Tidemand poderá fazer naquela que será a
segunda prova com o seu Ford Fiesta WRC.
Teemu Suninen e Elfyn Evans, têm uma boa oportunidade para colocar os seus Ford
Fiesta WRC, devido a ordem na estrada. Serão capazes?
Esapaekka Lappi (Citroën), Andreas Mikkelsen (Hyundai) são outros dois pilotos
com condições para fazer um brilharete. Depois do que fez no Monte Carlo antes
de bater, Mikkelsen esteve quase brilhante e a Suécia é uma rali muito mais
indicado para si. Quanto a Lappi, a Suécia e a Finlândia serão provavelmente as
provas em que a diferença para Ogier será menor. Outro caso interessante a ver…
A 67ª edição do Rali da Suécia começa amanhã em Karlstad. O rali tem a sua base
no aeroporto de Torsby (82km a norte de Karlstad). Mais uma vez, a Suécia é o
único rali do WRC com especiais em dois países – Suécia e Noruega -, com uma
especial a começar na Suécia, passar pela Noruega e regressar à Suécia. A
Noruega é visitada no primeiro verdadeiro dia de rali, mas a maioria das
especiais são na região sueca de Varmland (que, curiosamente, quer dizer ‘Terra
Quente’).
Marcus Gronholm é a
‘celebridade’ especial deste ano. O cinco vezes vencedor do rali, de 51 anos,
dá continuidade à tradição seguida pelos finlandeses Hannu Mikkola, Timo
Salonen e Ari Vatanen de correrem no WRC, mas na prova caseira com esta idade. Gronholm,
que nasceu numa comunidade sueca na Finlândia, decidiu fazer este evento como
prova final, estando aos comandos de um Yaris WRC.
Existe alguma variedade de carros, com 63 inscritos, incluindo 14 WRC, 14 WRC2,
14 JWRC e 13 privados que não estão registados em nenhum campeonato. Juntam-se
ainda cinco WRC2 Pro (dois da M-Sport, dois da Skoda e um da Citroen). No
total, são 30 R5 e três carros admitidos sob as regras nacionais, dois deles
Mitsubishi Mirage, que não está homologado internacionalmente. Mads Ostberg é o
piloto da Citroen no WRC2 Pro.
A característica
técnica especial do Rali da Suécia é o regulamento dos pneus. Pneus com pregos,
com uma regulamentação restrita sobre o número, especificação e instalação dos
pregos. Os carros de topo devem usar rodas e pneus 9” x 15”. No WRC, apenas
Monte Carlo e Suécia permitem carros com pneus de pregos, e ambos funcionam com
regras de pneus muito diferentes. Uma característica especial na Suécia é a
prova para carros históricos, que terá lugar na sexta-feira e no sábado,
contando com mais de 50 inscritos. Rauno Aaltonen, num Mini Cooper S, é um dos
participantes. A sua primeira participação na prova foi em 1967.
Martin Holmes
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