WRC, Rali da Sardenha: Ott Tanak vence por 0.2s, fez-se história no WRC

Reviravolta no Rali da Sardenha, Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) vencem com 0.2s de avanço para Sébastien Ogier/Vincent Landais (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) depois de terem entrado para a Power Stage separados por 6.2s com vantagem para o francês, e com este resultado está igualada a margem com que Ogier bateu Latvala no Rali da Jordânia de 2011, 0.2s.

O recorde da menor diferença final numa prova do WRC foi hoje igualado, curiosamente com Latvala a ‘perder’ outra vez, desta feita como Chefe de Equipa.

Segundo Ogier, um furo lento levou a este desfecho…

Depois de ontem, na parte da tarde, ordens de equipa terem levado Ott Tanak a tirar pé de modo a não arriscar as posições, pois a Hyundai já tinha ‘perdido’ Thierry Neuville, a verdade é que hoje Ogier controlou o seu andamento nos dois primeiros troços de modo a poupar pneus para os dois últimos, perdeu somente 0.4s no penúltimo troço para Tanak, com o estónio a vencer quando já não pensava nisso, pois nem sequer atacou o suficiente para vencer a Power Stage.

Andou depressa e a sorte esteve, desta feita do seu lado. Merecidamente.

Na verdade, acaba por se escrever direito por linhas tortas, já que Ott Tanak foi ontem privado de lutar pelo triunfo, tal como explicou ao dizer que lhe foi ordenado a ter cautela e a não forçar o andamento para assegurar a posição. Com isso, teve de tirar pé e viu Ogier ‘fugir’ para 17.1s de diferença, acabando hoje por ter o prémio que merecia, naquele que foi o seu melhor rali do ano.

Dani Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) terminou no pódio, ele que no final do rali disse que provavelmente não o vamos voltar a ver, pelo menos este ano, num Rally1. Se assim for, terminar com um pódio é um prémio merecido. Depois do quinto posto no Rali de Portugal, o regresso aos pódios na Sardenha, um rali em que já venceu duas vezes.

Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) terminam na quarta posição, e continuam a terminar fora do pódio nas provas de terra, depois do quarto posto no Safari e sexto em Portugal.

Grégoire Munster/Louis Louka (Ford Puma Rally1 Hybrid) obteve a sua melhor classificação de sempre no WRC, provando que devagar se pode ir ao longe. Em mais uma prova de andamento muito mau, quando se fica num rali de terra atrás dos Rally2, por vezes vários, em mais de metade dos troços do rali, está tudo dito. Teve aqui e ali pequenos problemas, uma ligeira saída, mas na generalidade, simplsmente os pilotos dos Rally2 andaram mais…

A Hyundai colocou dois carros na frente do super domingo, mais dois na frente da Power Stage, pelo que foi uma derrota em toda a linha da Toyota. Há fins de semana assim.

Pela segunda vez este ano não foi um piloto em part-time a vencer, mas sim um piloto a tempo inteiro. Ott Tänak foi oquem mais pontos marcou, pois para além do seu primeiro lugar, ganhou seis pontos pelo segundo lugar no Super Sunday e ainda quatro pontos pelo segundo lugar na Power Stage. No total, Tänak somou 25 pontos durante o fim de semana. Ogier obteve 22 pontos.

Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai I20 N Rally1 Hybrid) venceram o Super domingo e a Power Stage, numa prova em que cometeu um erro que lhe estragou por completo o resultado, o que compensou um pouco com os pontos do super domingo e da Power Stage.

Teve um primeiro dia muito difícil, sendo o primeiro a rodar na estrada, terminou a 36.6s da frente, teve muitas dificuldades com a tração, era quinto e tinha o pódio à vista, mas no sábado, mas as suas esperanças de pódio foram por água abaixo quando avaliou mal um ponto de travagem na PEC8, fazendo deslizar o seu Hyundai para fora da estrada e acabando por se retirar, pois era impossível tirar o carro dali. Voltou no domingo e foi o mais rápido que todos, atenuando significativamente o erro de sábado. Neuville continua a liderar a classificação do WRC, agora com 122 pontos e tem agora Tänak e Elfyn Evans a 18 pontos do belga. Como se percebe, não perdeu muito, apesar do azar, mas viu Tanak reentrar na corrida, como o estónio já estava a ‘prometer’.

Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Puma Rally1 Hybrid) terminaram o rali fora dos pontos, pontuaram na PowerStage e no super domingo, mas pouco. Começaram o rali em terceiro, eram quartos quando tiveram problemas no carro. Caíram muito na classificação, na PEC8 ficaram sem travões à frente, foram penalizados para reparar o problema pelo que o resultado foi totalmente condicionado por isso, se bem que no domingo, uma ligeira saída mostrou que este não era o seu fim de semana.

Sami Pajari ofereceu mais um triunfo à Toyota no WRC2, terminando num impressionante sexto lugar da geral. Do WRC2 falaremos em artigo à parte.

Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota Gr Yaris Rally1 Hybrid) terminaram o rali muito atrasado, tudo por causa dos problemas elétricos na PEC9. Até aí eram quartos da geral e estavam a fazer um bom rali. No primeiro dia terminaram a 1.3s de Dani Sordo, chegaram ao terceiro lugar na PEC8, mas o tempo do piloto japonês entre os três primeiros foi de curta duração. O seu Toyota teve um problema de transmissão que se revelou terminal na PEC9. Foram sextos no Super domingo e quintos na PowerStage.

A Hyundai voltou a fazer uma excelente operação de campeonato, não só devido aos seus dois principais pilotos – um lidera o Mundial (Neuville) o outro (Tanak está empatado a 18 pontos com Elfyn Evans com o piloto da Toyota a recuperar alguns pontos a Neuville apesar da pobre prova que fez.

Já a Hyundai voltou a ganahr muito pontos à Toyota. Tinha ganhou 11 em Portugal, ganhou mais nove na Sardenha, e já tem treze de avanço. A M-Sport somou 15 pontos nos construtores, o pior pecúlio do ano até aqui. As duas equipas da frente têm quase as duas o dobro dos pontos da M-Sport.

Dentro de car de um mês, uma novidade no calendário deste ano, o super rápido Rali da Polónia, a primeira de três provas rapidíssimas em pisos de terra. A segunda é a Letónia e a terceira a Finlândia.

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