WRC, Rali da Sardenha: Antevisão da prova
O Rali da Sardenha, sétima ronda do WRC, marca a metade da temporada de 2018 do mundial de ralis. A prova vai ser disputada no norte da ilha italiana, com a base a ser o porto de Alghero. É o terceiro de quatro eventos sucessivos em pisos de terra e o último rali antes das seis semanas de pausa de verão. A prova é muito parecida com a dos últimos anos, mas existem algumas mudanças, como o último troço, que incorpora partes do Shakedown, que é corrido perto da cidade de Olmedo. Este ano não existe nenhuma especial muito longa, com a maior – Monti di Ala – a ter 37 quilómetros, sendo percorrida duas vezes no sábado.
A expetativa geral é de que as estradas poderão ser mais traiçoeiras do que nos outros ralis de terra, mas menos rugosas do que em ralis como o da Argentina. Tradicionalmente, as especiais são abrasivas. A Michelin vai disponibilizar os pneus mais duros. Depois do debate dos últimos ralis, na Sardenha, não existirão chicanes. O grande desafio dos pilotos será não saberem quanto podem acelerar, sabendo que o mínimo erro pode representar um furo.
Seriam 50 carros inscritos, incluindo 16 WRC e 21 R5, mas, entretanto, a Citroen anunciou que Kris Meeke não vai continuar com a equipa, participando apenas com dois carros. Além dos WRC oficiais, temos o regresso de Martin Prokop; Yazed Al Rajhi, o gentleman driver francês “Piano” e Cyrille Feraud voltam a estar presentes, todos com pneus DMack. No WRC2, a Skoda Motorsport apresenta-se com Jan Kopecky e Ole Christian Veiby, mas a M-Sport não terá qualquer piloto. No entanto, há dois Fiesta R5 com especial interesse: o três vezes campeão europeu, Kajetan Kajetanowicz, e o três vezes campeão da Ásia-Pacífico, Gaurav Gill, que faz o seu primeiro rali no WRC, desde o Rali de Portugal, em 2009. A chegada do piloto indiano junta também os pneus MRF – que esperam ser homologados para o WRC2 em 2019 – aos já existentes Michelin, Pirelli e DMack.
É a primeira vez, desde 2012, que Sebastien Ogier não chega a meio da temporada como líder do campeonato, graças às duas recentes más performances do piloto e ao bom desempenho de Neuville em Portugal. Neuville, com 19 pontos de vantagem para Ogier, e o piloto francês têm a difícil tarefa de ser os primeiros na estrada, sendo que se espera piso seco na sexta feira. A Hyundai, equipa de Neuville, continua na liderança do campeonato de construtores, desde o Rali da Suécia, em fevereiro.
Martin Holmes
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