WRC: Rali da Grã-Bretanha: Hora do tudo ou nada…

Está à porta a 12ª ronda do WRC 2019, o Rali da Grã-Bretanha evento que se realiza entre 3 e 6 de Outubro. A ronda britânica da série, que este ano celebra o 75º aniversário volta a concentrar-se em troços florestais no norte e no centro do País de Gales, mas a base do rali mudou de Deeside para o norte do País de Gales, Llandudno.

O planeamento inicial do evento foi realizado em tempos de incerteza, quanto ao futuro do patrocínio galês, e também o futuro estatuto do evento no WRC era incerto, pelo que foi decidido iniciar o evento em Inglaterra pela primeira vez desde 1999, através do estuário de Mersey em Liverpool. Após a largada, há uma viagem de 70 km para a primeira etapa, que será percorrida à noite no pitoresco circuito de Oulton Park, antes de um trecho de 100 km de estrada de volta a Llandudno. O resto do evento realiza-se no País de Gales.

A prova deste ano, realizada na mesma altura do ano passado, tem lugar novamente a duas provas do final do campeonato e, atualmente, as previsões de maior alcance dizem que se preveem condições amenas. Nada de tempestadas, a não ser que o furação Lorenzo faça alguma surpresa. O principal desafio das equipas é o curto período de preparação, facilitado no caso da M-Sport, que tem um carro novo para Elfyn Evans, piloto que regressa depois de várias provas de ausência. Evans regressa ao WRC após a lesão nas costas em julho. Estamos em outubro.

O parque de assistência das equipas do WRC está dividido em locais de estacionamento espalhados que se estendem por 500 metros ao longo das ruas traseiras de Llandudno, e não é numa área centralizada, como tem sido habitual noutras provas. Haverá uma apresentação de aniversário de carros de rali antigos, na quinta-feira, em Oulton Park, patrocinada pela revista Autocar, também para coincidir com um livro chamado “The Great British Rally”. Este livro contém histórias e imagens de todos os 74 ralis anteriores. É publicado Veloce Publishing.

Entre os inscritos há poucas surpresas. Há 59 equipas, incluindo 11 concorrentes Junior WRC (incluindo três pilotos dos EUA) e cinco inscrições no WRC2 Pro, incluindo pela primeira vez Hayden Paddon, num Ford. O neozelandês nunca guiou um R5 num evento do WRC.

Foram recebidas mais 64 participações no WRGB National Rally. Estas equipas irão disputar oito troços durante o dia de sexta-feira e sábado.

Entre as participações confirmadas no WRC está o piloto do Ulster, Josh McErlean, que ganhou o prémio de pilotagem do seu Hyundai i20 R5, depois de vencer o Campeonato Britânico de Ralis Juniores deste ano. Esta será a ronda final do Campeonato do Mundo de Ralis Juniores de 2019 da FIA, para o qual serão atribuídos pontos duplos entre os concorrentes regulares. As principais inscrições dos R5 são Nikolay Gryazin, Takamoto Katsuta e o novo campeão britânico, Matt Edwards, enquanto o campeão da FIA Codasur de 2014 e 2015, Diego Dominguez, do Paraguai, corre num Fiesta R2. Uma perspetiva emocionante é a participação de pai e filho (Petter e Oliver) Solberg ambos em VW Polo GTI R5.

No Campeonato Mundial de Pilotos, Tanak, Ogier e Neuville estão bem longe dos outros pilotos, e só estes três podem ser campeões este ano. Todos os três, bem à frente dos demais, liderados por Andreas Mikkelsen. Apenas 22 pontos ficam entre a quarta e a décima posição. Nos Construtores, a Hyundai está 19 pontos à frente da Toyota.

Martin Holmes