WRC, Rali Argentina, PE18: Segunda seguida de Thierry Neuville

Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul (Hyundai i20 Coupe WRC) venceram pela segunda vez consecutiva, e consolidaram a liderança no campeonato. A dupla belga realizou um bom rali, consistente, tiveram alguam sorte com a meteorologia, já que se estivesse seco o primeiro dia, dificilmente teriam chegado na frente da classificação, mas como estava com muita lama, isso costuma ser bom para quem vai à frente e Neuville aproveitou muito bem essa situação.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Toyota Yaris WRC) pressionaram o líder no seugndo dia, mas Neuville reagiu sempre bem, até que o estónio teve problemas com o alternador do seu carro e com isso perdeu muito tempo, caindo na classificação.

Neuville ficou com 50.4s de avanço para Andreas Mikkelsen/Anders Jæger (Hyundai i20 Coupe WRC), vantagem que geriram bem até ao fim, não metendo uma roda fora do sítio: “Tivemos um bom carro todo o fim de semana, temos feito progressos, vamos ver como vai ser daqui para a frente, agora é o Chile, depois a entrada na Europa será complicada.”

O

piloto belga deixa a Argentina não apenas feliz, mas também com uma

vantagem mais confortável no Campeonato antes da prova do Chile.

“Não posso pedir mais hoje depois de conseguir minha segunda

vitória neste clássico evento e a segunda consecutiva nesta

temporada. O carro tem estado ótimo durante todo o fim de semana.

Isso deve-se a um grande esforço de equipa feito não apenas no

local, mas também na Alemanha. O progresso do carro está à vista,

por isso estou orgulhoso do que está a acontecer. Isto deixa-nos

felizes pelos próximos eventos, apesar de sabermos que haverá

alguns ralis difíceis quando regressarmos à Europa. Enquanto isso,

vamos para o Chile, que é um lugar para descobrir”.

Grande

rali para Mikkelsen, e o primeiro pódio da época. O norueguês há

muito que não tinha resultado destes. Em 2018 o melhor que conseguiu

foi ser terceiro na Suécia, onde este ano foi quarto, o seu melhor

resultado até aqui. Nesta prova, mostrou que o mau tempo já lá vai

e estar a voltar ao seu ‘normal’. Consistência e velocidade

‘pagaram’ bem na Argentina para o piloto da Hyundai, que obtém uma

excelente segunda posição, o seu primeiro pódio desde a Suécia no

ano passado: “Este é um resultado absolutamente fantástico

para mim. Demorou muito tempo, mas estou tão contente agora que isto

parece mais uma vitória.

Terceiro lugar para Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Citroën C3 WRC), que recuperaram o lugar no pódio na PowerStage, em virtude de Kris Meeke e Sebastian Marshall (Toyota Yaris WRC), que tinham chegado ao terceiro lugar no troço anterior, depois duma boa luta todo o dia, terem furado (furo lento) no último troço.

O piloto da Toyota fez um bom rali, andou na frente no difícil primeiro dia, liderou, caiu para quarto pois teve mais dificuldades na lama. Só se atrasou definitivamente na luta pelos primeiros lugares quando teve problemas com os travões.

No último dia, depois da penalização de 10 segundos, devido a ter passado ao lado do portão mencionado no road book, atacou e bateu Ogier no braço, perdendo a posição com um furo: “Tive um furo inesperado a 6 km do fim, nada mais poderia fazer”

Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila (Toyota Yaris WRC) terminaram em quinto e fizeram um bom rali, mas um furo lento na PE6 e um pião na PE8, atrasaram-no para não mais recuperar. A pouco e pouco, anda cada vez mais longe da frente, mas quando tudo corre bem é o mesmo (rápido) Latvala. Farta-se de falar de ter, ou não confiança, e esse é um problema que sempre teve. Tem rapidez, mas a cabeça ‘trava-o’ demais…

Dani Sordo/Carlos Del Barrio (Hyundai i20 Coupe WRC) fizeram um rali um pouco irregular, mas terminou o rali em sexto. Andou bem no primeiro dia, o mais difícil por causa da lama, embora se tenha atrasado um pouco ao cair numa vala, e no segundo terminou-o a 6.0s do pódio. Não deu para mais, perdendo ainda uma posição para Latvala.

Teemu Suninen/Marko Salminen (Ford Fiesta WRC) fizeram um rali pobre, muito condicionado pelo facto de não estar a entregar resultados para a equipa, pelo que modera o andamento para não ter problema, e embora ganhe experiência, também não passa lá de trás, tal o nível a que está agora o WRC.

Teve muitas dificuldades na lama, perdendo dois minutos logo no primeiro dia, terminando o rali a quase cinco do vencedor. Teve problemas de intercomunicadores no segundo dia, mas a diferença é grande demais, quando não teve mais problemas ou saídas.

Ott Tänak/Martin Järveoja (Toyota Yaris WRC) tiveram um rali azarado, já que estavam a mostrar andamento para, no mínimo, lutar pelo triunfo até ao fim, mas um problema com o alternador deixou-os de fora no segundo dia de prova, regressando para terminar em nono.

No primeiro dia teve um problema com a transmissão que o fez baixar de primeiro para terceiro, terminou a manhã do segundo dia a apenas 6,4 segundos da liderança, mas parou na PE14 depois de ter começado a perder a tensão da bateria. Depois de três pódios em três provas, os dois últimos ralis foram aziagos para Tanak, mas a verdade é que o andamento está lá.

Os concorrentes rumam agora para o Chile, e dentro de 11 dias já estão a rodar outra vez.