WRC, Q&A com Ott Tänak: “O carro esteve rápido e tem muito potencial”
Segundo lugar para Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai i20 Coupe WRC) que, depois da mesma posição na Suécia, começa a dar mostras de boa adaptação ao Hyundai. Só que ainda não está tão à vontade com o carro coreano como esteve com o Yaris WRC com que foi campeão.
Ott Tänak liderava o rali quando deu um toque na PE4, depois de ter ‘despachado’ Ogier com 10s em apenas um troço, mas abusou na especial seguinte e perdeu aí a grande maioria das hipóteses que tinha para lutar pela vitória no rali. Venceu a primeira especial da manhã e com isso chegou à liderança, mas tudo se precipitou na PE4 quando saiu largo numa curva, deu um toque e danificou a suspensão traseira do seu Hyundai i20 WRC, perdendo 35 segundos e caindo para a oitava posição.
Terminou o dia em quarto depois de uma parte da tarde bem diferente em que venceu todos os troços ‘grandes’. Com isso subiu para o quarto lugar, depois de ter passado pelo terceiro, aproveitando, claro, os abandonos à sua frente. O segundo lugar a que chegou foi mesmo um mal menor. Seja como for, Tanak está bem mais adaptado ao carro e começa a fazer jogo igual com Neuville e Ogier.
Ott Tanak. Ficaste em segundo lugar. Travaste uma grande batalha com o Teemi Suninen. Tiveste um arranque brilhante na sexta-feira,
mas na segunda especial parecias arredado dos lugares do pódio. Como te sentiste quando perdeste aquele tempo todo?
“Tudo começou desde o momento em que errei. Perdemos a traseira do carro numa curva e a suspensão ficou danificada. Foi difícil, mas conseguimos continuar e o carro dava para pilotar. Foi uma manhã desafiante. Tentámos consertar para as especiais seguintes, mas perdemos tempo, apesar de ser menos do que estávamos à espera.”
Tiveste uma grande batalha, mas, numa das especiais disseste que o carro estava horrível. Isso não se traduziu no tempo da especial?
“Foi um fim-de-semana muito desafiante. Não diria que estive sempre confiante para ‘atacar’ nas especiais. Tentei ficar fora dos problemas. Na manhã da sexta-feira provei que não iríamos fazer ‘corpo presente’. O carro estava rápido. Tem muito potencial, mas ainda existem coisas que preciso de aprender, que são muito específicas. Tenho a certeza de que temos trabalho a fazer e finalmente tivemos uma experiência em pisos de terra.”
Ott, podes dar a tua opinião sobre o facto de que não termos o Rali do Chile ou a Argentina no campeonato desta temporada?
“Isso é algo que está fora do nosso alcance. Estas são circunstâncias que estão a acontecer ao redor do mundo e o Chile também é uma situação especial. Mas, fora disso, é difícil comentar”.
Martin Jarveoja, já estiveram no pódio por duas vezes com a vossa nova equipa. Como está a ser a experiência para ti?
“Um novo rali com uma nova equipa. Foi um rali muito desafiante. Acho que fomos nós que o fizemos mais difícil. Na sexta-feira parecia muito mau, mas o segundo lugar não é nada mau, considerando tudo o que aconteceu. Nessa perspetiva, estou contente.”