WRC, Paul Murphy: “ficamos um pouco surpreendidos com o ritmo que apresentamos”
A Toyota esteve na semana passada a testar em Montalegre, para preparar o Rali de Portugal. A equipa escolheu o local pelas similaridades dos troços que os pilotos vão encontrar e pela altitude ser a mesma dos troços mais altos da prova lusa, estudando assim a perda de performance da máquina em altura. Os testes começam sempre muito cedo, as 7 de manhã, assim que o sol se levanta para aproveitar o dia ao máximo. As equipas têm um total de 55 dias para testes e todos os minutos são aproveitados ao máximo para afinar a máquina para o próximo evento e para o futuro. Em média, os pilotos fazem à volta de 300Km numa jornada de testes.
O AutoSport falou brevemente com Paul Murphy, que já esteve na M-Sport e agora é o responsável pelos testes da Toyota. Na pausa para almoço, o britânico explicou-nos que este teste serviu para fazer ligeiras alterações com vista à prova portuguesa:
“Este teste serve apenas como uma confirmação da performance que tivemos na Argentina. Pretendemos ter a certeza de que está tudo bem e fazemos pequenas afinações. Os troços não são tão duros quanto os da Argentina, por isso podemos mudar algumas coisas ao nível das suspensões, mas não são mudanças significativas, apenas pequenos detalhes. Estamos também a trabalhar para o futuro, ao nível de Software. Por isso é um trabalho misto de preparação para a próxima prova e para o futuro. Temos todas as condições para repetir o bom resultado que tivemos na última prova. “
Temos visto no WRC diferenças grandes ao nível de performance dos carros, com algumas máquinas a serem quase imbatíveis em algumas provas, para depois ficaram longe dos primeiros lugares em outras. Murphy explicou que há várias componentes que interferem nestes resultados, não estando relacionado ao facto de serem máquinas novas a precisarem de mais desenvolvimento:
“Sabemos que há alguns carros que são bons em troços mais sinuosos, outros mais fortes nos troços rápidos, mas o grande fator diferenciador é a dureza dos troços. Há carros que conseguem absorver as compressões, os diferentes tipos de terrenos melhor que outros. Há também a performance do motor e nos ralis mais rápidos não é necessário tanto binário. Independentemente de os carros serem novos ou não estamos sempre a evoluir e a encontrar novas afinações. O piloto vai sempre encontrar um problema para resolver e nunca diz que o carro é perfeito e trabalhando nesses aspetos estamos sempre a dar pequenos passos para melhorar ainda mais a máquina, seja ela nova ou não”
A Toyota apostou forte na parte aerodinâmica, e o Yaris WRC é das máquinas mais evoluídas nesse aspecto. Ao contrário do que se possa imaginar, este factor é fundamental na performance dos carros e já são vários os exemplos de pilotos que danificam a asa traseira e ficam com uma máquina muito difícil de domar. A Toyota é muito forte em troços rápidos onde a aerodinâmica tem mais preponderância, mas Murphy não quis comentar a quantidade de apoio gerada pelo carro, um valor que a equipa não quer revelar: “São muitos, muitos quilos de downforce.”
O engenheiro admitiu que a Toyota deu um grande passo na Argentina e que desbloquearam mais performance do que esperavam e que essa evolução parece sustentada, mas não aponta um carro favorito para esta prova:
“Na Argentina ficamos um pouco surpreendidos com o ritmo que apresentamos e acreditamos que foram passos sustentados e não apenas fruto das circunstâncias, mas esperamos manter o nível nas próximas provas e tentar melhorar ainda mais. Não queremos estar demasiado confiantes, mas talvez tenhamos dado na argentina um passo significativo. Há tantos fatores que influenciam a performance que é difícil responder qual o carro mais adaptado para este rali e não acredito que haja um carro mau neste campeonato.”
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