WRC: Ott Tanak vence Rali da Finlândia

Por a 29 Julho 2018 12:24

Ott Tanak (Toyota) venceu o Rali da Finlândia na sequência duma prova fabulosa, em que andou na luta com Mads Ostberg (Citroën) no primeiro dia, mas depois disso destacou-se, foi ganhando segundos atrás de segundos e venceu com todo o merecimento, oferecendo à Toyota a sua segunda vitória do ano. Como se não bastasse, ainda venceu a PowerStage. Enquanto muitos pilotos que chegam ao último troço tiram o pé para assegurar que terminam, Tanak nem pestanejou para vencer e convencer…

Grande luta pelo segundo lugar entre Ostberg e Jari-Matti Latvala (Toyota), com o piloto da Citroën a manter atrás de si o finlandês, apesar da recuperação deste. Quando foi preciso, Ostberg reagiu e assegurou um segundo lugar muito saboroso, para si e especialmente para a equipa. Foi segundo na PowerStage, o que significa que soma mais quatro pontos, conseguindo quase tantos pontos neste rali quanto nas três provas que já fez este ano com a Citroën…

Terceiro lugar para Jari-Matti Latvala, que fez um bom rali, recuperando, sem exageros, tempo aos seus adversários, exceção feita a Tanak. Foi pressionando Ostberg na luta pelo segundo lugar, chegou ao último troço a 2.5s mas já não conseguiu bater o norueguês. Ainda assim, repetiu o terceiro lugar do Rali de Monte Carlo, até aqui o seu melhor resultado do ano. Tem passado por momentos difíceis este ano, aproveitou o seu rali ‘caseiro’ para ganhar confiança, mas vamos ver daqui para a frente se melhora.

Boa prova de Hayden Paddon, que foi quarto, dando mais um sinal que está a voltar ao bom piloto que mostrou ser em 2016. O azar que sofreu no início de 2017, no Monte Carlo, onde perdeu a vida um espetador na sequência duma saída do neozelandês, afetou-o muito e só este ano está a voltar aos bons tempos. Esta é a quarta prova que faz este ano, foi quinto na Suécia, bateu em Portugal quando liderava, foi quarto na Sardenha e agora novamente quarto na Finlândia. Não vai demorar a regressar aos pódios e está a fazer o suficiente para voltar a ter um programa integral em 2019. Não se sabe é em que equipa…

Tal como se esperava, Sébastien Ogier terminou na quinta posição, depois duma penalização de Teemu Suninen. A M-Sport não desperdiçou dois pontos para Ogier, que bem podem fazer-lhe falta nas contas finais. Nada a dizer quanto a isso, todos fariam o mesmo.

Ogier estreou uma nova aerodinâmica no seu carro, mas nunca teve confiança para andar mais depressa. Esperava andar nas lutas mais à frente, mas a ordem na estrada do primeiro dia não permitiu melhor do que terminar a sexta-feira em sexto já a um minuto da frente, mas a verdade é que não teve andamento para ninguém à sua frente, perdendo mesmo uma posição para Esapekka Lappi, que, recorde-se, desistiu no último dia quando se preparava para ser quarto classificado.

Um pequeno erro, que na Finlândia costuma ter grandes consequências, e foi isso que sucedeu ao finlandês, depois duma prova em que depois do pião da PE2 que o atirou para a 10ª posição, a 33.2s da frente, foi recuperando, e era quarto no final do penúltimo dia. Ironicamente, abandona quando está a 36.2s de Latvala e sem hipóteses de lá chegar, tendo Paddon já nove segundos atrás. É um bom piloto está a crescer, mas ainda comete muitos destes erros perfeitamente desnecessários quando não está em luta direta por posições.

Elfyn Evans foi oitavo na frente de Craig Breen. O primeiro cedo percebeu que só conseguiria andar entre o 7º e o 9º lugar e por aí se manteve, assegurando que chegava ao fim, e o piloto da Citroën mostrou bem mais velocidade, venceu um troço, foi segundo noutro, mas o furo da PE2 fê-lo perder 47.8s e com isso qualquer hipótese de um bom resultado na Finlândia. Ficou o andamento cada vez mais prometedor, o que é muito positivo para a Citroën que está a voltar a níveis de confiança mais de acordo com os pergaminhos da equipa.

Thierry Neuville foi nono, ganhou um ponto a Ogier na PowerStage, perdeu oito com a classificação geral, o que significa que cedeu sete pontos ao francês na Finlândia, passando agora a ter 21 de avanço, isto quando faltam cinco provas. Um de asfalto, ou mista de asfalto e terra (mais asfalto) e três em terra. O campeonato está, como se percebe, completamente em aberto…

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