WRC, Michel Nandan explica o desastre da Hyundai na Finlândia

Por a 16 Agosto 2018 12:21

Por Martin Holmes

A Hyundai Motorsport teve uma prova horrível no Rali da Finlândia, sendo a sua única ‘salvação’ o quarto lugar de Hayden Paddon, e de algum modo um desempenho igualmente fraco dos rivais mais próximos, a M-Sport. Nenhum dos seus três pilotos (Thierry Neuville, Andreas Mikkelsen e Hayden Paddon) venceram troços, e a questão não foi mais complicada precisamente pelo que já referimos. A M-Sport também não esteve bem…

Falámos com o diretor da equipa, Michel Nandan, na Alemanha, sobre isso: “O i20 não esteve realmente bem na Finlândia e eu não sei porquê. Talvez porque não tenhamos feito tantos testes como devíamos nesse tipo de estradas, para além de que sabemos que nosso carro não é tão competitivo quando há condições de piso com muita terra solta sobre uma superfície dura. Este é um ponto negativo do nosso carro, que ainda não resolvemos. Acho que estamos a perder um pouco o que é necessário para deixar os pilotos confiantes, e quando um piloto não está 100% confiante de que não pode andar a fundo, ainda mais num rali muito rápido como a Finlândia, se não estiverem totalmente comprometidos, perderão muito tempo. O carro esteve melhor que no ano passado, isso sabemos. Por causa dessas condições, foi difícil pedirmos ao Hayden (Paddon) para forçar mais o andamento. Para já estamos apenas numa posição em que queremos ganhar o máximo de pontos em todos os eventos e, para nós, era mais importante conseguir esses pontos do que tentar chegar ao pódio” começou por dizer Nandan.

Martin Holmes: Esperavam que o resultado fosse tão mau quanto foi?

MN: A nossa expetativa era terminar em quarto, talvez em terceiro, pelo que no final o resultado é um pouco pior do que o esperado, mas não tão mau como isso para nós.

MH: A ‘falha’ do carro vai continuar noutros ralis este ano?

MN: Na verdade, era mais esperado na Finlândia. Sabíamos que tínhamos que tentar fazer o melhor que podíamos. Nós não estávamos à espera de ganhar, é um rali muito especial, a Finlândia. Já aqui na Alemanha é um pouco diferente. Nós preparamos o rali duma maneira diferente. Por outro lado, sabemos que na Alemanha sempre estivemos bem. O alvo é sempre o mesmo. Até ao final da temporada, não passa absolutamente por vencer, mas sim ganhar pontos, porque queremos garantir o campeonato de Construtores.

MH: E as suas previsões sobre os outros ralis este ano no campeonato. Há algum outro em que tenha um mau pressentimento?

MN: A Turquia é nova para todos, mas é um rali em que a posição na estrada, com certeza, será importante, pelo que será difícil para o Thierry (Neuville), mas sabemos que neste tipo de superfície de terra, o nosso carro tem um desempenho relativamente bom. A Espanha é um pouco complicada, porque no asfalto precisamos de fazer mais trabalho, mas levámos a cabo mais algumas melhorias e penso que estaremos um pouco melhor em Espanha. Devemos estar bem. Sobre os outros dois, o País de Gales e a Austrália, temos vindo a apresentarmos-nos bem lá, pelo que acho que o resto da temporada não deve ser tão difícil. Claro que tudo pode acontecer, mas estamos muito bem preparados para isso!

MH: Tecnicamente, que mudanças estão a acontecer com o carro nesta segunda metade do ano?

MN: Até agora não fizemos muitas coisas. Nós temos trabalhado muito no asfalto, mas mais em termos de configuração da suspensão. Algumas coisas novas devem vir mais para o final da temporada, mas vamos ver se precisamos usá-las ou não. Vai depender um pouco de como estão os ralis, e a nossa posição no campeonato do mundo.

MH: E a pergunta usual nesta época do ano, qual é a situação dos contratos dos pilotos?

MN: Neste momento, os planos dos pilotos para o próximo ano não são uma prioridade, mesmo se estamos a pensar nisso. Vamos primeiro fazer este rali e concentrarmos-nos no Rali da Turquia, então, depois disso, veremos o que faremos. Continuar com os nossos quatro pilotos atuais é uma opção para o próximo ano. Vamos discutir a situação em setembro, não antes, e depois veremos o que faremos.

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