WRC: Kalle Rovanpera vence o Rali de Portugal
Kalle Rovanpera venceu o Rali de Portugal pela segunda vez consecutiva, chegando finalmente este ano aos triunfos, o que ainda não tinha sucedido até aqui. Tem estado a fazer um campeonato apagado, até agora, pois realizou uma fantástica exibição deixando a concorrência a ‘milhas’. Dani Sordo levou o seu Hyundai ao segundo lugar, depois de uma prova em que a Hyundai terminou com dois carros no pódio, mas nunca teve andamento para contrariar o finlandês. Esapekka Lappi foi um apagado terceiro classificado, Thierry Neuville teve problemas mecânicos e terminou em quinto, atrás de Ott Tanak, que teve mais uma prova cheia de problemas. No WRC2, depois da penalização de Oliver Solberg pelos piões em Lousada, Gus Greensmith venceu por…1.2s!
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) venceram pela segunda vez consecutiva do Rali de Portugal, alicerçando o triunfo nos dois primeiros dias de provas, em que começaram por ter um ritmo que lhes permitiu manterem-se à tona no difícil primeiro dia de prova em que eram os segundos na estrada com as dificuldades que isso trazia, mantiveram-se sempre perto da frente, tanto na mais difícil manhã do primeiro dia, como à tarde, chegaram à liderança da prova ainda no primeiro dia, na segunda passagem por Góis, alargando depois a margem que no final do dia se cifrava em 10.8s no final da super-especial da Figueira da Foz.
Um trabalho notável, que trataram de melhorar bem mais já que logo no primeiro troço do segundo dia, Vieira do Minho, converteram os 10.8s de avanço em 24.1s, ficando claro que se com a desvantagem de rodar muito cedo na estrada os ‘travava’ um pouco, sem esse handicap, basicamente pulverizaram a concorrência. No final da manhã de sábado tinha 52.4s de avanço, no final do dia, 57.5s. Cedo os adversários perceberam que nada havia a fazer e se não tivesse azares ou cometesse algum erro, Rovanpera venceria facilmente, o que aconteceu, com muita gestão no dia decisivo.
Atrás de si, os três carros da Hyundai nunca conseguiram sequer esboçar uma tentativa de reação. Basicamente, no final de Vieira do Minho 1, a Hyundai percebeu que não haveria muito a fazer e as suas três duplas entretiveram-se a lutar entre si no sábado, que começou com Daniel Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) 15.2s na frente de Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) com Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1), 1.3s mais atrás, na altura anda com Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1), com os franceses a desistirem em Amarante 1, ao bater e a perder uma roda. Lappi ainda passou Neuville, mas no fim do dia as posições já se tinham trocado, só que no domingo, os belgas tiveram problemas e caíram para a quinta posição atrás de Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma Rally1) e pouco havia a fazer para reverter a situação. Certamente que Cyril Abiteboul iria fazer descer Dani Sordo do pódio, para lá colocar Neuville, e talvez mesmo Lappi na quarta posição, mas nada disso sucedeu.
Dani Sordo bem tentou reagir a Rovanpera, mas não conseguiu, e até o deixou fugir ainda mais quando falhou um cruzamento em Mortágua e perdeu uma mão cheia de segundos mais. Depois disso, manteve o ritmo, nada mais. Neuville queixou-se sempre muito do equilíbrio do carro, especialmente a traseira, não tinha confiança na aderência do carro para fazer mais, mas com o contratempo mecânico, nem o pódio, que estava à vista, conseguiu.
Esapekka Lappi perdeu alguma confiança no México com o acidente, mas não deveria ser no Rali de Portugal que recuperaria muito dessa confiança porque este rali nunca lhe sorriu muito. Não fez a prova do ano passado, foi sétimo em 2021, desistiu 2019, foi quinto em 2018, não é este tipo de rali em que sobressai mais, mas sim nos mais rápidos, todos os que forem mais parecidos com a sua Finlândia. Fez uma prova mediana, sem grandes fogachos, mas também sem erros de monta.
Ott Tanak continua a fazer provas cheias de problemas e com isso continuamos a vê-lo em classificações que não se coadunam com o andamento que sabemos ter. Foi quarto no Rali de Portugal porque Neuville teve problemas no último dia. antes, chegou a liderar a prova em Góis 1, manteve-a em Arganil, mas na Lousã 2 furou e caiu para sétimo, zona da classificação onde teve dificuldades de sair, até porque depois vieram outros problemas.
Voltaram os problemas com o equilíbrio do carro nos troços rápidos de Vieira do Minho e Amarante, onde se queixou da suspensão, depois ainda perdeu o travão de mão e no domingo ficou sem sistema híbrido.
Não há moral que aguente…
Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1) começaram o rali em quinto, mas depressa tiveram problemas com o alternador. Desistiram em Arganil 1. Voltaram no segundo dia e não mais se deu por eles a não ser pela vitória no troço de Paredes,
Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) tiveram um começo de rali muito difícil ao abrir a estrada, iam perdendo mais ou menos o tempo esperado, mas na PE7 em Mortágua tiveram uma violenta saída de estrada que os deixou fora de prova.
Do WRC2 falaremos noutro lado, o rali foi fantástico na estrada, bom tempo, mais público que nos últimos anos, apenas uma acidente mais grave de um concorrente do WRC2, foram para o hospital por precaução.
Filme do Rali
6ª Feira
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) nada arriscou na super especial da Figueira da Foz, cedeu 3.4s para Daniel Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) mas termina o primeiro dia do Rali de Portugal 10.8s na frente do piloto da Hyundai, com Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) a passar Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1) na super especial e a concluir o dia a 26.0S da frente, com Lappi atrás, a 1.3s e Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1) pelo meio, a 0.9s.
Três Hyundai e um Ford na perseguição ao único piloto da Toyota com condições de vencer a prova, já que Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) abandonaram em Mortágua depois de uma forte saída de estrada.
O jovem piloto finlandês da Toyota começou o dia em quarto, e sendo segundo na estrada atrás de Elfyn Evans, não teve vida fácil, mas foi-se mantendo em contacto com a frente e em Arganil 1 subiu ao segundo lugar, chegando à liderança em Góis 2, quando a limpeza da estrada já não era um fator tão preponderante quando da parte da manhã.
Ganhou tempo ao espanhol em Arganil 2 e em Mortágua Sordo teve uma ligeira saída em que perdeu 11.7s e foi aí que a margem cresceu. 10.8s de avanço e três Hyundai e um Ford atrás serão um bom desafio para Rovanpera, nos dois restantes dias de prova.
Resta saber se algum dos Hyundai (o Ford não acreditamos que tenha) capacidade para se chegar a Rovanpera, pelo que amanhã vai ser um luta bem interessante.
Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma Rally1) são sextos a mais de um minuto e não vai ter vida nada fácil para recuperar, ainda que possa chegar ao pódio. O estónio começou o dia em terceiro, passou para a liderança em Góis, manteve-a em Arganil, mas depois com o furo sofrido na segunda passagem pela Lousã perdeu muito tempo e com isso o contacto com a frente do rali.
Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1) desistiu cedo com problemas de alternador, deve regressar amanhã, que será um dia muito longo, pelo que a história desta prova ainda tem vários capítulos pela frente. Para já, e é algo que começa a ser hábito, há três WRC2 no Top 10, o primeiro deles, o líder da competição. Depois de Adrien Fourmaux/Alexandre Coria (Ford Fiesta Mk II) se terem atrasado devido a um furo, Oliver Solberg/Elliott Edmondson (Skoda Fabia RS Rally2)
lideram com 50.2 de avanço para Gus Greensmith/Jonas Andersson (Skoda Fabia RS Rally2).
Yohan Rossel/Arnaud Dunand (Citroen C3 Rally2) penalizou e atrasou-se, Andreas Mikkelsen/Torstein Eriksen (Skoda Fabia RS Rally2) e Teemu Suninen/Mikko Markkula (Hyundai i20 N Rally2) seguem o líder.
Sábado de manhã
As coisas este ano ainda não tinham corrido na perfeição nas provas anteriores. O ano passado por esta altura, Kalle Rovanpera tinha 3 vitórias e um 4º lugar, este ano tem um segundo e três quartos lugares. Bem diferente. Mas esta manhã o finlandês achou que “era um bom dia para fazer ralis…”, e transformou um avanço de 10.8s em 52,4s, em apenas meio dia. O rali não está ganho, faltam dois meios dias, mas já ficou claro que a concorrência tem que dar muito ao pedal para acompanhar o jovem finlandês.
Kalle Rovanperä mais do que quadruplicou a sua liderança no Vodafone Rally de Portugal na manhã de sábado, com uma série de vitórias em troços e deixou os seus rivais da Hyundai Motorsport bem longe.
Rovanperä completou a prova de abertura em Vieira do Minho 12,8 segundos mais rápido do que todos os outros e superou o seu adversário mais próximo, Dani Sordo, por 21,7 segundos no troço de 37,24 quilómetros em Amarante. Foi novamente mais rápido do que o espanhol em Felgueiras, fechando uma etapa perfeita.
“Fizemos algumas boas manhãs [até agora], mas esta foi realmente boa. Toda a etapa foi boa e vamos tentar continuar assim.”
Sordo não só perdeu o contacto com o líder do rali, como também ficou sob crescente pressão do seu companheiro de equipa Esapekka Lappi e chegou à ‘meta’ com apenas 4,6 segundos de vantagem sobre o finlandês. Lappi conquistou o último lugar do pódio na primeira especial do dia, ‘despromovendo’ Thierry Neuville – que terminou a etapa apenas 0,9 segundos atrás – no processo.
Neuville teve dificuldades em manter a traseira do seu Hyundai alinhada e, apesar de ter feito ajustes na configuração, sentiu que era possível melhorar ainda mais: “Fizemos uma grande alteração na afinação [antes da SS11] que foi um pouco melhor, mas a traseira fica sempre solta”, explicou. “Não consigo comprometer-me na entrada [das curvas] sem ter um momento na saída.”
Pierre-Louis Loubet abandonou perto do final de Amarante quando um forte impacto danificou a direção do seu Ford Puma. O seu companheiro de equipa na M-Sport Ford, Ott Tänak, subiu para quinto e está agora atrás de Neuville por 36,2 segundos.
Os carros do WRC2 preencheram o resto da tabela classificativa. Oliver Solberg viu a sua liderança ser reduzida por Gus Greensmith, muito devido a um pião e Yohan Rossel também recuperou algum tempo, enquanto Andreas Mikkelsen e Marco Bulacia completaram o top 10.
Sábado de tarde
Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) chegam ao final do segundo dia do Rali de Portugal com 57.5s de avanço para Daniel Sordo/Candido Carrera (Hyundai i20 N Rally1) com Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) em terceiro a 1m08.6s. Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1), estão apenas 2.3s mais atrás, e no quinto posto, Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma Rally1) sem nada por que lutar até ao fim do rali, pois estão muito longe da frente.
Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1) continuam a rodar muito atrasados depois do abandono de ontem, Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1) ficaram em Amarante 1, depois de baterem numa barreira.
Foi um dia, ou melhor, dois, em que Kalle Rovanpera fez das melhores exibições que já lhe vimos, ontem pela posição na estrada, versus, os tempos que foi fazendo, e hoje pela forma como ‘pulverizou’ toda a concorrência, deixando claro a todos que poucas hipóteses vão ter quanto à luta pela vitória.
Este ano, o finlandês ainda não tinha feito qualquer prova de encher os olhos, pois bem, aí está.
Vamos ver o que faz amanhã, já não precisa de atacar, mas tem claramente o rali na mão, se não cometer alguns erros mais complicados ou tiver algum azar. A sua frase da manhã após o primeiro troço é bem elucidativa: “era um bom dia para fazer ralis…”, quando transformou um avanço de 10.8s em 52,4s, em apenas meio dia e 57.5s no final do dia. Porque já não precisava de fazer mais: “Fizemos algumas boas manhãs [até agora], mas esta foi realmente boa. Toda a etapa foi boa e vamos tentar continuar assim.” Não foi preciso. Mesmo gerindo,aumentou a vantagem.
Os Hyundai começaram o dia em 17 segundos e terminaram-no em 13 segundos, já com Thierry Neuville em terceiro a 11.1s de Dani Sordo. Tendo em conta que o espanhol não faz todo o campeonato, é natural que troquem posições. De forma mais ou menos natural.
Dani Sordo certificou-se que mantinha o carro na estrada, Neuville continuou com dificuldades com a aderência, e sem grande confiança no equilíbrio do carro. Sempre que os troços são mais escorregadios, Neuville tem dificuldades.
Esapekka Lappi teve um bom dia, sempre perto dos seus colegas de equipas, às vezes à frente, outras atrás, não faz grandes sentido lutarem entre si: “Não consigo comprometer-me na entrada [das curvas] sem ter um momento na saída.” disse de manhã.
Pierre-Louis Loubet abandonou perto do final de Amarante 1 quando um forte impacto danificou a direção do seu Ford Puma. O seu companheiro de equipa na M-Sport Ford, Ott Tänak, subiu para quinto e por aí ficou, cada vez mais longe dos Hyundai.
Oliver Solberg manteve mais ou menos a liderança da manhã para Gus Greensmith, que agora é de 35.4s, não é totalmente segura, mas permite-lhe arriscar muito pouco amanhã, para vencer de novo no WRC2, como já fez na Suécia. Yohan Rossel atrasou-se e Andreas Mikkelsen é terceiro a 53.0s do segundo lugar.
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