WRC: Kalle Rovanperä desaconselha uso de Rally2 para a categoria principal
Que solução para o WRC? Eis a grande questão do momento no mundo do desporto motorizado. São várias as soluções propostas, mas uma delas passa pelo uso dos Rally2 na categoria principal. Kalle Rovanperä discorda.
Com apenas três marcas no topo dos ralis, os Rally1 e com o campeonato a perder cada vez mais fulgor, as últimas semanas têm sido de ponderação quanto ao futuro do mundial de ralis. Uma das categorias mais espetaculares do desporto motorizado, capaz de mobilizar milhares de fãs pelos troços, com imagens de cortar a respiração, é agora uma sombra do que foi, com pouco interesse do público e especialmente das marcas. Nem a entrada em cena dos Rally1 híbridos mudou o cenário. O diagnóstico não é fácil de fazer e a solução ainda mais difícil de encontrar. Para alguns, a solução passa pelo “downgrade”, passando a usar maquinaria Rally2 para o campeonato.
Essa seria uma forma de diminuir os custos da competição e convencer várias marcas a correrem no WRC, uma vez que já há carros feitos e que o investimento deixaria de ser avultado. Mas Rovanperä não concorda com a solução:
“Pessoalmente, acho que precisamos de carros mais emocionantes [na categoria rainha]. Se compararmos vídeos ou olharmos da berma da estrada para os carros de Rally1 e de Rally2, é claro que os de Rally2 são rápidos e são bons carros… mas em comparação com os de Rally1 é um mundo diferente.” Testei o Yaris [Rally2] e o chassis, é tudo muito bom e gostei do carro. Mas, se realmente quiséssemos ir [com eles como a classe de topo no WRC], precisaríamos de aumentar a potência e o espetáculo do carro. Quando se está na floresta, é preciso sentir que o carro de rali está a chegar. Não estou convencido de que o Rally2 seja a escolha certa – talvez o Rally2 com esteróides”.
E a solução pode ser mesmo essa. Basta olhar para o que fez o ACO e a FIA com o mundial de endurance. Deram um passo atrás na performance e, por conseguinte, nos custos, criando uma categoria hypercar mais acessível. Abriram as portas aos LMDh, cuja base são os LMP2, classe secundária da resistência. O que o WEC fez, foi pegar nos seus “Rally2”, apimentando um pouco mais a receita. Claro que a realidade não é tão simples, mas é uma forma de comparar o que o WEC fez e o que o WRC pode fazer.
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O Kalle diz que o Rally1 “é um mundo diferente”: pois é, mas levou a esta situação! E os Rally2 andam mais que o Stratos, Escort MkII etc… Por isso SE é preciso “sentir que o carro de rali está a chegar” como ele também refere, estão metam um escape mais barulhento! É consensual que o que é preciso acima de tudo é atrair mais construtores e privados.
È preciso que os carros sejam esteticamente espetaculares, isto é que os modelos atraiam pessoas para a estrada e não carros de ” trofeu como são os WRC2″, quando estamos a ver uma classificativa na TV, depois de passarem os WRC1, mudamos de canal, porque os carros a seguir são todos iguais, nem os miúdos novos querem ver…
Pus um + no comentário… mas um problema é mesmo esse: há a comparação; isto é, se deixar de haver os WRC1, o espectáculo é mais homogéneo, torna-se mais interessante – é psicológico!
Sim, de acordo desde que repensem o segmento ou segmentos dos modelos apostarem no futuro, para não parecerem todos iguais, juntando a proximidade com as pessoas, principalmente nos parques de assistência remotos, levar novamente os pilotos de encontro às populações.
Se acabarem com os Rally 1 e passarem a correr só WRC 2 o leque de candidatos a vencer aumenta muito como já noutras épocas em que pilotos de equipas privadas ganharam ralis a geral perante os pilotos oficiais , isso pode ser uma mais valia para o campeonato e talvez atrair mais construtores
Pois.
A solução que a generalidade dos adeptos indica são uns Rally2+. É indispensável reduzir drasticamente custos e esta é a única forma de o conseguir e ao mesmo tempo fazer aumentar as listas de inscritos/candidatos às vitórias.
Não entendo como querem manter uma fórmula que é evidente que mais ano menos ano vai levar à sua extinção. Fala-se há muito da possibilidade da Hyundai ir para outras paragens, a M-Sport continua a tentar fazer omeletes sem ovos. Se não for a FIA fazê-lo, as equipas dos Rally1 vão decidir por esta o futuro do WRC (talvez da pior forma)
Acontece o mesmo que ao WTCC de um dia para o outro mudou de carros espectaculares para os carros de série TCR, e eu deixei de ver as corridas e nunca mais liguei, o mesmo com o DTM que passou a GT3 e nunca mais liguei. Se o fizerem no WRC eu simplesmente deixo de ligar ao WRC como deixei de ver WRX desde que passou a electrico sem as grandes marcas. O que ainda me mantém no WEC hypercar é que apesar de mais lentos ainda atingem mais de 300 km/h em recta. Passar Rally1 para Rally2 é como… Ler mais »