WRC: Elfyn Evans vence pela 2ª vez o Rali da Finlândia
Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) venceram o Rali da Finlândia, triunfaram igualmente na PowerStage e com o abandono de Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) reduziram para 25 pontos o atraso no campeonato. Sétima vitória do galês no WRC. Segundo lugar para Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1), que não ia ao pódio na Finlândia há 10 anos.
Grande terceiro lugar para Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1), que obteve o mais saboroso pódio da sua carreira no WRC.
Elfyn Evans/Scott Martin (Toyota GR Yaris Rally1) venceram a segunda prova do ano e pela segunda vez o Rali da Finlândia, depois duma prova em que os principais favoritos, Kalle Rovanperä/Jonne Halttunen (Toyota GR Yaris Rally1) e Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma Rally1) baquearam cedo, o primeiro por aparatoso despiste quando liderava o rali e o segundo, devido a um problema mecânico com o motor do Ford Puma Rally1, deixando quem menos se esperava na luta pelo triunfo, que acabou por sorrir a Evans, que não deu a mais pequena chance a Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1).
A dupla belga, quando Rovanpera ficou de fora, estava a 10.9s da frente e depressa atacou Evans, chegaram a estar a 6.9s do piloto da Toyota, mas depois da passagem pela assistência a meio do dia de sexta-feira, a Toyota ajustou o carro e Evans não voltou a olhar para trás terminando o segundo dia de prova com um avanço de 32.1s, que levou até ao fim do rali, realizado uma boa operação de campeonato.
Contudo, e de acordo com o que se viu antes do nada usual acidente de Rovanpera, poucas hipóteses os adversários deverão ter no campeonato, tal é a diferença de andamentos para Rovanpera.
Thierry Neuville bem tenta, mas entre ele e o carro não tem sido possível juntar argumentos para dar luta à Toyota. O ano passado uma primeira metade de ano muito mau do lado da Hyundai permitiu à Toyota um avanço inalcançável tanto nos Pilotos como nos Construtores, mas este ano, com a Hyundai melhor, o resultado pode bem ser o mesmo, pois os homens da equipa coreana não encontraram antídoto para a Toyota, seja em que piso e condições forem.
Nove provas, sete triunfos da Toyota, um da Hyundai, outro da Ford.
Por falar em Ford, a mesma ‘sorte’, mas de formas diferentes. Logo na manhã de 6ª feira, depois de terminarem o primeiro troço e ficarem a 0.4s da liderança, na especial seguinte, o abandono, com o motor a deixar apeados novamente Ott Tänak/Martin Järveoja (Ford Puma Rally1).
Pouco depois, Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1) batiam numa pedra e arrancavam uma roda. A má sorte da M-Sport continua, e se no ano passado o problema era a falta de pilotos competitivos, este ano nem a contratação de Ott Tanak salva a M-Sport/Ford.
Thierry Neuville/Martijn Wydaeghe (Hyundai i20 N Rally1) obtêm o terceiro segundo lugar do ano, e mais não puderam fazer do que tentar dar luta. Não conseguiram face a Evans, imagine-se com Rovanpera em prova…
Takamoto Katsuta/Aaron Johnston (Toyota GR Yaris Rally1) sustiveram os ataques de Temmu Suninen/Mikko Markkula (Hyundai i20 N Rally1), na única luta que animou o segundo e terceiro dias de prova.
Melhor resultado do ano para o japonês e logo em ‘casa’ (emprestada) onde vive desde que foi para o programa de jovens pilotos da Toyota.
Teemu Suninen teve na Finlândia a sua segunda prova do WRC com um Rally1, e fez o que pode, foi melhorando e levou o carro até ao fim no quarto lugar, melhorando o quinto que conseguiu na Estónia.
Com tantos abandonos, Jari-Matti Latvala/Juho Hanninen (Toyota GR Yaris Rally1) terminaram em quinto, fazendo a prova que se esperava. Nada arriscaram, divertiram-se, nada mais se pedia.
É bom ver um piloto que tanto significou no WRC ainda poder fazer uma prova de vez em quando, o objetivo era conhecer os Rally1, a partir daqui já pode perceber um pouco melhor o que lhe dizem os pilotos.
Esapekka Lappi/Janne Ferm (Hyundai i20 N Rally1) desistiu na PE5, devido a um acidente causado por um erro nas notas. Nos reconhecimentos, o piloto foi demasiado otimista e pagou-o com um forte acidente no rali. Vinha duam sequência de bons resultados, terceiro na Croácia, Portugal e Estónia, com a exceção do abandono no Safari devido a um problema mecânico.
Pierre-Louis Loubet/Nicolas Gilsoul (Ford Puma Rally1) continua a alterar ralis regulares em que se vai notando evolução com erros penalizantes. Este foi um deles.
Filme do Rali
Ott Tänak assumiu a liderança do Rali da Finlândia depois de vencer a super-especial de Harju, na noite de quinta-feira. Ao volante de um Ford Puma da M-Sport, venceu a prova de piso misto por seis décimos de segundo face ao rival Thierry Neuville, do Hyundai i20 N.
Mas a liderança de Ott Tänak terminou depressa com o piloto da M-Sport Ford a ser visto a sair da especial de Lankamaa, na manhã de sexta-feira, através de uma estrada de acesso, em modo EV. O companheiro de equipa Pierre-Louis Loubet também parou na mesma especial quando deu um toque numa pedra e arrancou uma roda traseira. Dois Ford de fora no mesmo troço.
Kalle Rovanperä, por seu lado, aumentava a sua vantagem para 2,2 segundos sobre o seu companheiro de equipa Elfyn Evans, chegando depois à hora de almoço com 3,9 segundos de vantagem sobre o seu companheiro de equipa, Elfyn Evans, depois de ter conseguido três tempos de referência na manhã de sexta feira.
A Hyundai Motorsport também viveu drama quando Esapekka Lappi teve um acidente a alta velocidade durante a PE5, atingida pela chuva. Lappi e o seu copiloto Janne Ferm saíram ilesos do incidente, mas o seu carro sofreu grandes danos. O acidente de Lappi deixou o seu companheiro de equipa Thierry Neuville a completar o pódio, a 8,4 segundos de Evans.
Pouco depois, Elfyn Evans foi catapultado para a liderança quando a série de ouro do seu companheiro de equipa Kalle Rovanperä foi interrompida abruptamente.
Rovanperä, que levava uma vantagem de 55 pontos para esta nona ronda do Campeonato do Mundo de Ralis, fez cinco tempos de referência consecutivos e liderava o seu colega Evans por 5,7 segundos à chegada à sétima especial do dia em Myhinpää.
Mas um erro raro, 11,1 km após a partida, pôs um fim desastroso ao dia do atual campeão do mundo, quando perdeu o controlo do seu GR Yaris e capotou. Rovanperä e o copiloto Jonne Halttunen saíram ilesos dos destroços, apesar da força do impacto ter sido suficientemente forte para arrancar uma roda traseira do carro.
Evans herdou a primeira posição e passou as duas restantes especiais sem erros, ficando à frente de Thierry Neuville por apenas 6,9 segundos: “No geral, foi um bom dia”, disse Evans, que ficou frustrado por ter perdido 2,8 segundos para Neuville no final de Harju. “Estamos bastante satisfeitos no geral e, obviamente, ainda temos muito que fazer”, disse na altura.
Os erros foram brutalmente punidos nas estradas de terra super-rápidas do centro da Finlândia e Rovanperä não foi o único candidato à vitória a perder o controlo. O seu compatriota Esapekka Lappi, que conduzia um Hyundai, embateu numa árvore na PE4, quando estava em quarto. O dia de Neuville também não foi isento de dramas. O belga relatou uma falta de tração traseira no início do dia e lutou pela visibilidade sob aguaceiros dispersos em várias ocasiões. No final do dia, tinha 9,5 segundos de vantagem sobre Takamoto Katsuta, da Toyota.
Em quarto lugar da geral e a uma curta distância do pódio estava Teemu Suninen.
O finlandês estava a disputar o seu segundo rali a bordo de um i20 N Rally1 e ficou atrás de Katsuta por 12,4 segundos, depois de ter aumentado a sua velocidade ao longo do dia.
O chefe de equipa da Toyota, Jari-Matti Latvala, completava os cinco primeiros na sua primeira participação no WRC desde 2020. Atrás, Jari Huttunen, que liderava o WRC2 num Škoda Fabia RS Rally2 depois de ultrapassar Sami Pajari quando o jovem sofreu danos nos pneus na penúltima especial. Nikolay Gryazin, Oliver Solberg e Adrien Fourmaux completavam o top 10 no sábado, onde se realizava a etapa mais longa do rali, com oito especiais que totalizam 160,68 quilómetros.
No último dia, Elfyn Evans confirmou a vitória e manteve vivas as suas hipóteses de lutar pelo título do Campeonato do Mundo de Ralis deste ano.
No domingo, o galês aumentou ainda mais a vantagem ao triunfar por 39,1 segundos num Toyota GR Yaris e, com o máximo de pontos por ter vencido a Wolf Power Stage, Evans reduziu a vantagem de Rovanperä de 55 para 25 pontos a quatro provas do fim.
“Foi um fim de semana muito bom”, disse Evans, para quem esta foi a sétima vitória da carreira. “Claro que lamentamos a perda do Kalle no início do rali, mas depois disso foi realmente fantástico conduzir este carro – é uma alegria estar ao volante nestas estradas e estamos muito contentes com este rali. Foi um ambiente fantástico e é ótimo ter o apoio de todos. Claro que, em termos de campeonato, também não é mau e estamos a diminuir a diferença.”
A equipa Toyota Gazoo Racing aumentou a sua vantagem no campeonato de construtores sobre a Hyundai Motorsport para 67 pontos.
Neuville teve uma das suas melhores prestações na Finlândia, mas acabou por não ter resposta para o ritmo rápido de Evans. Mantendo-se em terceiro no campeonato após a nona ronda, o belga terminou com uma grande diferença de 57,6 segundos na frente de Takamoto Katsuta, que travou um duelo sem tréguas com o rival da Hyundai, Teemu Suninen. Este último deu tudo, optando corajosamente por poupar peso ao não levar uma roda sobresselente durante as quatro especiais finais. Mas isso não foi suficiente para relegar Katsuta do pódio, com o japonês a celebrar o seu quarto pódio da carreira, terminando com 4,3 segundos de vantagem para Suninen.
O chefe de equipa da Toyota, Jari-Matti Latvala, fez um regresso popular ao WRC após mais de três anos de ausência. Nunca esteve realmente no centro da luta pelo pódio, mas a consistência recompensou-o com o quinto lugar.
O elevado desgaste no final da prova permitiu a Oliver Solberg, ao volante de um Škoda Fabia RS Rally2, conquistar o sexto lugar da geral, à frente do vencedor do WRC2, Sami Pajari. O oitavo lugar foi para o segundo classificado do WRC2, Adrien Fourmaux, enquanto Nikolay Gryazin e Andreas Mikkelsen completaram o top 10.
A ação continua na terra no próximo mês com o lendário Rali da Grécia/Acrópole, em Lamia, de 7 a 10 de setembro.
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