WRC: Citroën diz que os novos WRC estão mais próximos do passado
A Citroën prepara-se para entrar numa nova fase da sua carreira do Mundial de Ralis. Parece incrível, mas ainda há um ano a comunidade tinha ficado em choque com a possibilidade dos franceses se retirarem da modalidade para privilegiar os esforços no WTCC, onde obteve três anos de grande sucesso. A direção do grupo acabou por dar primazia aos ralis e um ano mais tarde é afinal a Volkswagen a bater com a porta, num momento em que a competição acolhe novamente a Toyota – tudo num ano em que os carros serão mais espetaculares.
Em entrevista ao AutoSport, o diretor-adjunto da Citroën Racing reconheceu que os seus pilotos estão muito satisfeitos com o novo Citroën C3 WRC: “Tanto o Kris Meeke, como o Stéphane Lefébvre e o Craig Breen já conduziram o novo carro. Todos estão muito contentes com o C3, que como sabemos é muito diferente da atual geração devido ao seu regulamento técnico. Há mais potência e tração à custa do diferencial central e penso que este carro estará mais próximo daquilo que costumamos designar pelo ‘espírito dos ralis” que conhecemos no passado. Novamente, posso dizer que eles adoraram o carro, tanto na especificação de terra como de asfalto”, revelou Marek Nawarecki.
SUSPENSÕES FAZEM A DIFERENÇA
Em julho, por ocasião do primeiro teste em asfalto do novo carro, Kris Meeke mostrou-se impressionado com o trabalho realizado pelos engenheiros:
“Foi excitante conduzir pela primeira vez o WRC no asfalto,” referiu, por sua vez, Kris Meeke. “A Citroën Racing sempre fez bons carros para este tipo de superfície e estou certo de que o mesmo acontecerá com este! No asfalto sentem-se ainda muito as alterações ligadas à nova regulamentação, como a potência acrescida, as vias mais largas, a potência dos travões, etc. Iremos prosseguir o programa estabelecido e cada sessão irá permitir-nos aprender um pouco mais. Esta fase do projeto é sempre muito apaixonante”, referiu.
Regulamentarmente, as diferenças entre as configurações para terra e para asfalto de um WRC são limitadas, mas nem por isso menos essenciais, revela o diretor técnico Laurent Fregosi.: “A maior alteração diz respeito às suspensões. Utilizamos peças mais leves e que permitem baixar a distância ao solo. A cinemática dos trens foi também adaptada ao tamanho dos pneus de 18 polegadas. As grandes jantes permitem-nos aumentar o diâmetro dos discos de travões e utilizamos pinças arrefecidas a água. Há, ainda, que mencionar as proteções da carroçaria mais leves. No plano aerodinâmico, temos agora a faculdade de termos uma parte inferior do para-choques dianteiro específico para o asfalto. Os pilotos tiveram, também, a oportunidade de avaliar o efeito das regulações mecânicas, como a rigidez dos amortecedores, a barra estabilizadora ou o diferencial”.
Martin Holmes com André Bettencourt Rodrigues
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