WRC: O mais duro rali do ano é na Argentina…
Regressa já no próximo fim de semana o WRC, na segunda viagem à América, desta vez mais a sul, na Argentina no que será a quinta ronda do campeonato e a segunda prova de terra. O Rali da Argentina, um evento que está no WRC desde 1980, vai ter este ano um percurso praticamente igual a 2016. A base continua a ser em Villa Carlos Paz.
Na quinta feira à tarde vai ter lugar uma super especial em Córdoba, que desta feita será mista. As duas secções de etapas para o Sul serão na sexta-feira, duas secções mais para o Norte no sábado e uma única secção no domingo de manhã para o Oeste, terminando com a Power Stage, desta vez realizada no espetacular palco Giulio Cesare, conhecido pela paisagem rochosa e elevada altitude. Com o Rali do México, este ano, a ser bem mais suave do que o habitual, em termos de dureza de pisos, a Argentina será, provavelmente, a prova mais dura do ano, para os novos carros. A especial de San Agustin vai voltar ao rali, depois de vários anos de ausência. Além do aumento dos esforços de segurança dos espectadores, existe a nova iniciativa de um “rali limpo”, destinada a promover o cuidado máximo com o meio ambiente.
Além das inscrições das equipas oficiais, o número total de carros totalmente homologados é de apenas 19, sendo que estarão à partida 25, mas seis deles não têm homologação FIA. Inicialmente, Eric Camilli estava previsto correr, mas com a sua ausência, agora confirmada, regista-se um recorde negativo de inscritos no WRC, ‘batendo’ o Rali do Brasil de 1981, em que estiveram inscritos apenas 20 equipas.
Desses 19 carros, 12 são WRC de 2017 e Valeriy Gorban leva o seu Mini ao WRC Trophy. Estarão ainda seis carros WRC2 e nenhum WRC3. Dos 19 carros, apenas quatro serão pilotados por pilotos do continente americano, Gustavo Saba do Paraguai, Benito Guerra do México, Pedro Heller do Chile e Juan Carlos Alonso, o único argentino.
Grande parte do interesse provém, contudo, dos 57 carros inscritos no Rali nacional da Argentina, no campeonato nacional do país. O campeonato argentino admite carros feitos no próprio país, como Chevrolet, Ford, Peugeot, VW, Audi, Renault e Citroen Maxi Rally Cars, em que competem pilotos como Marcos Ligato e Federico Villagra.
Citroen: Sem resposta para o porquê do tubo de óleo de Meeke ter falhado, sabe-se que não foi resultado de um impacto. Foi a primeira vez que um fracasso destes aconteceu. Realizou-se em Portugal um pré-teste de preparação para a Argentina, de cinco dias, que serviu também para a preparação para o Rali de Portugal. Os carros da Citroen ganharam este evento 10 vezes, nos últimos 12 anos, tendo sido Meeke a vencer na última participação da equipa. Espera-se que esta seja a última vez que a equipa entra apenas com dois carros. O desafio do evento? Condições climáticas imprevisíveis! Frio, clima seco, chuva, nevoeiro, todas as condições que exigem diferentes táticas.
Hyundai: Vencedores o ano passado, com Hayden Paddon, a sua primeira vitória no WRC. A Hyundai venceu na Córsega através de Thierry Neuville. No entanto a Argentina foi sempre um rali frustrante para o belga que foi quinto nos últimos três anos. “O Rali da Argentina é provavelmente o rali mais difícil da temporada. O terreno não se adequa ao meu estilo de condução e é um rali onde nunca encontrei muita velocidade.”
M-Sport: O problema no motor de Tanak deveu-se a um injetor de combustível defeituoso, não relacionado aos problemas hidráulicos de Elfyn Evans. O problema no motor de Ogier não estava relacionado aos problemas hidráulicos que teve anteriormente. O problema hidráulico possivelmente está relacionado ao uso de equipamento antigo. A equipa realizou um teste de cinco dias (dois para Ogier e Tanak e um para Bertelli) dedicados ao rali argentino.
Toyota: Os cinco dias de testes na Sardenha, que serviram para Portugal e também para a Sardenha, dado que a Polónia ‘pedirá’ outro teste. Latvala ganhou este evento em 2014, na Volkswagen, e liderava o ano passado quando teve uma falha de suspensão. Tommi Makinen, chefe da equipa, também venceu este evento três vezes, de 1994 a 1996, com a Mitsubishi. Táticas para a Argentina: a equipa afirma que é difícil saber qual o melhor lugar de partida.
HORÁRIO
Quinta-Feira, 27 de abril | |||
Shakedown (Villa Carlos Paz) | 6.01 km | ||
Sexta-Feira, 28 de abril/1. etapa | |||
PE1 | SSS Ciudad de Cordoba | 1.75 km | 00:08 |
PE2 | San Agustin – Villa General Belgrano 1 | 19.95 km | 13:38 |
PE3 | Amboy – Santa Monica 1 | 20.44 km | 14:41 |
PE4 | Santa Rosa – San Agustin 1 | 23.85 km | 15:24 |
PE5 | SSS Fernet Branca 1 (2 Laps) | 6.04 km | 17:29 |
PE6 | San Agustin – Villa General Belgrano 2 | 19.95 km | 20:02 |
PE7 | Amboy – Santa Monica 2 | 20.44 km | 21:05 |
PE8 | Santa Rosa – San Agustin 2 | 23.85 km | 21:48 |
PE9 | SSS Fernet Branca 2 (2 Laps) | 6.04 km | 00:08 |
Sábado, 29 de abril/2. etapa | |||
PE10 | Tanti – Villa Bustos 1 | 20.80 km | 13:08 |
PE11 | Los Gigantes – Cantera El Condor 1 | 38.68 km | 14:21 |
PE12 | Boca del Arroyo – Bajo del Pungo 1 | 20.52 km | 15:14 |
PE13 | Tanti – Villa Bustos 2 | 20.80 km | 18:08 |
PE14 | Los Gigantes – Cantera El Condor 2 | 38.68 km | 19:21 |
PE15 | Boca del Arroyo – Bajo del Pungo 2 | 20.52 km | 20:14 |
Domingo, 30 de abril/3. Etapa | |||
PE16 | El Condor – Copina | 16.32 km | 14:13 |
PE17 | Mina Clavero – Giulio Cesare | 22.64 km | 15:56 |
PE18 | El Condor [Power Stage] | 16.32 km | 17:18 |
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