WRC 2025: Os adeptos perdem espetáculo se os Rally1 não tiverem sistema híbrido? Sim, mas não muito…
Uma das coisas que está em cima da mesa quanto às regras do WRC 2025 – que só serão conhecidas em junho – é a retirada do sistema híbrido dos carros de 2025, mas será que os adeptos perdem muito em termos de espetáculo caso isso suceda? Perguntámos à Toyota quantas vezes num troço é que os carros ‘aproveitam’ os 516 cv obtidos do somatório da potência do motor híbrido com a energia disponibilizada pela bateria.
Rui Francisco Soares, explica: “nós temos atualmente uma quantidade de energia disponível que depois vai depender de troço para troço e mesmo tendo, por exemplo, numa super especial, que é muito mais curta, temos mais energia, mas a verdade é que nem sempre existe uma reta, ou uma sequência que nos permita usufruir de toda a potência.
Nos arranques os pilotos têm toda a potência disponível – veja-se o pormenor no Rali de Portugal ter asfalto em todos (ou quase) arranques dos troços – depois disso dificilmente se consegue atingir a potência máxima devido às distâncias dos troços. Precisávamos de ter troços de 1 Km para poder usufruir da potência máxima”, disse.
Claro que em determinadas zonas dos troços os pilotos, quando têm a potência disponível, usam-na, mas aos olhos do público é quase impossível perceber se o piloto vai naquele momento a utilizar a potência híbrida ou não.
Por isso, se os carros só perdessem essa potência, a diferença não seria grande aos olhos de quem verdadeiramente interessa, o público. Mas a FIA ‘quer’ mais, quer tirar asa.
Latvala disse recentemente que tornar o Rally1 lento o suficiente para ser derrotado pelo sua máquina Rally2, da classe inferior, não faz qualquer sentido: “qual seria o interesse dos fabricantes em rodar os carros de Rally1? Se o carro ‘Rally2-plus’ ficar repentinamente mais rápido. Porque se quereria ser um fabricante no Campeonato Mundial de Ralis?”
As conversas entre as equipas e a FIA prosseguem e em junho saber-se-á a decisão final.