Vodafone Rally de Portugal: festa do povo

Por a 16 Maio 2022 11:51

FOTOS @Wordl/André Lavadinho; Go Agency/Ricardo Oliveira; Pedro Monserrate; Paulo Homem

Arranca amanhã mais uma edição do Vodafone Rally de Portugal, um rali que tem tudo para ser um enorme espetáculo a todos os níveis. Vários favoritos ao triunfo, várias competições com grande interesse, troços de excelência e muito público na estrada. Não é de estranhar que a FIA e o promotor do WRC tenham escolhido a prova portuguesa para assinalar a comemoração das 50 edições do WRC.

Está tudo a postos para mais uma fabulosa edição do Vodafone Rally de Portugal, para muitos adeptos, a sua ‘semana santa’. Em termos de percurso, a Super especial de Coimbra é a única grande novidade, mas há muitas outras boas novidades, a mais importante, a estreia dos novos Rally1 em Portugal a competir.

O Mundial de Ralis mudou, adeus World Rally Car, olá Rally híbridos, que já se percebeu, são rápidos e espetaculares como os seus antecessores.

O Rali de Monte Carlo presenteou-nos com uma fabulosa luta entre Sébastien Loeb e Sébastien Ogier, e ambos escolheram o Rali de Portugal para regressar mais uma vez: nós agradecemos, e todos vamos retribuir em aplausos e apoio.

Falaremos mais à frente em detalhe de tudo, mas de 19 a 22 de maio, estão previstas 21 classificativas divididas entre o Norte e Centro do País, num evento escolhido pela FIA para ser palco das comemorações dos 50 anos do WRC.

Como sempre, a Exponor, em Matosinhos acolhe o centro de operações e o parque de assistência.

Para lá do WRC, o Vodafone Rally de Portugal conta ainda com o WRC2 (Open, Junior e Masters) e WRC 3 (Open e Junior), e o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), bem como as competições monomarca, Peugeot Rally Cup Ibérica e Toyota Gazoo Racing Iberian Cup, disputadas, respetivamente, com os Peugeot 208 Rally 4, de tração dianteira, e os Toyota GR Yaris de tração integral. Estas três últimas, CPR, Peugeot e Toyota, disputam-se apenas no dia 20 de maio, sexta-feira.

Comemoram-se 50 edições do WRC

A festa faz-se nos melhores palcos, e por isso a FIA e o promotor do WRC escolheram Portugal para a comemoração das 50 edições do WRC e o ACP respondeu ao desafio com um verdadeiro museu-vivo de alguns dos mais emblemáticos carros da história do Mundial Ralis que farão também demonstrações nas super especiais, ao longo dos quatro dias do rali: modelos como o Fiat 131 Abarth, o Alpine-Renault A110, o Lancia Rally 037, o Lancia Delta S4, o Lancia Delta Integrale, o Opel Ascona 400 ou o Audi Quattro são apenas alguns dos fantásticos exemplares que vão estar em exposição permanente na Exponor (Matosinhos), com acesso gratuito e o espetáculo não ficaria completo sem as lendas que conduziram muitos destes modelos. E são muitas que se vão marcar presença na 55ª edição do Vodafone Rally de Portugal: Markku Alén, Marcus Grönholm, Carlos Sainz, Miki Biasion, Walter Röhrl, Ari Vatanen, Petter Solberg, entre outros. Só isto, faria merecer uma visita à Exponor, mas há muito, muito mais…

Recorde de inscritos

A lista de inscritos é de exceção. 100 equipas de 25 nacionalidades vão disputar a 55ª edição da prova, o maior número de sempre desde que o Rali de Portugal regressou ao WRC em 2007. Há vários anos que nenhuma prova do WRC atinge 100 inscritos, o Rali de Portugal de 2015 chegou perto: 94 concorrentes à partida, mas agora tinha de ser Portugal a chegar de novo à centena. São números que não acontecem por acaso, e provam mais uma vez a excdelência e o prestígio da prova portuguesa do WRC.

O que muda no percurso

A maior novidade é a nova super especial de Coimbra, mas a partir daí as mudanças são muito poucas em termos de percurso.

Assim, na Sexta-Feira, 20 de maio, dia da Lousã, Góis e Arganil, os troços são exatamente iguais a 2021, com uma pequeníssima alteração em Mortágua, devido à nova ‘Mortágua Arena. O dia termina com Lousada, que não tem alterações.

No dia seguinte, sábado, 21 de maio, dupla passagem pelos troços de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, sendo que a única alteração face a 2021 é em Vieira do Minho, que tem o mesmo começo doutros anos, mas dois quilómetros na fase inicial do troço, completamente novos. Por fim, no domingo, 22 de maio, tudo igual a 2021 com dupla passagem por Felgueiras, Montim e Fafe.

Quem são os favoritos?

Olhando para o que tem sido a época, a ford venceu o Rali de Monte Carlo e a Toyota venceu na Suécia e na Croácia ambas por Kalle Rovanpera.

Até aqui, a Toyota colocou quatro duplas no pódio, a Hyundai, 3 e a Ford, 2 vezes. Isto mostra tendências. Em termos de abandonos, sem contar quem fica de fora e regressa em Super Rally, os Ford e Hyundai abandonaram 3 vezes, a Toyota, 1. Adrien Fourmaux, 3 ralis, três abandonos, Oliver Solberg, 2, Elfyn Evans e Ott Tanak, 1.

Sébastien Ogier disse-nos a semana passada que não acha que ele e Loeb possam dominar a prova como fizeram no Monte Carlo. Concordamos, pois sendo verdade que Ogier tem uma boa posição na estrada no primeiro dia, também Elfyn Evans e ainda mais Dani Sordo o têm, já que partem depois de Ogier.

Kalle Rovanpera parte na frente de Thierry Neuville, Craig Breen, Sébastien Loeb e Ott Tanak, pelo que não se trata do caso dos dois franceses terem toda a vantagem sobre os pilotos que disputam todo o campeonato. Ogier tem alguma, mas Evans e Sordo têm mais. Quanto ao espanhol, costuma andar muito bem em Portuigal, temos de ver é o ritmo que traz, que não pode ser o mesmo dos adversários.

Por isso, acreditamos que o triunfo está muito em aberto, é provável que um ou outro vá tendo problemas atrasando-se, mas achamos que três pilotos da Toyota, Evans, Ogier e Rovanpera, três da Hyundai, Neuville, Tanak e Sordo, e um da Ford, Craig Breen, podem vencer em Portugal. E se tivessemos que atribuir percentagens, não destacaríamos muito ninguém. Mas achamos que há, obviamente diferenças que só com o arranque da prova se podem confirmar, ou não…

Na Toyota, Takamoto Katsuta pode fazer um bom resultado, ambora ocntinue com altos e baixos (menos), Adrien Formaux chega a Portual em stress máximo, nada vai arriscar, tem mesmo que terminar a prova, Gus Greensmith gosta muito de Portugal, e pode fazer um bom resultado, e por fim Pierre Louis Loubet quer é ganahr ritmo e encurtar o caminho para a frente. Estamos perfeitamente convencido que vai ser grande a imprevisibilidade do top 10.

WRC2 e WRC3 muito concorridos

Como sempre em Portugal, as competições de apoio são muito concorridas. No WRC2 este ano, há Open, Junior, Masters, e esta categoria é a que mais competidores e mais equílibrio tem. Destacam-se os principais candidatos ao título, Andreas Mikkelsen (Skoda), atuais líderes do WRC2 e vencedor das duas primeiras provas, Yohan Rossel (Citroën), vencedor na Croácia, mas há que contar, obviamente com Olivier Solberg (Hyundai) i20 N, Nikolay Gryazin (Skoda), Teemu Suninen (Hyundai).

Já no WRC3, categoria reservada exclusivamente aos Ford Fiesta Rallye 3 de quatro rodas motrizes, dois dos vencedores das três primeiras provas marcam igualmente presença, assumindo-se também, por isso, como favoritos. Sami Pajari e Lauri Jonna são favoritos, mas têm que o provar na estrada.

Esta prova conta ainda para o Campeoanto de Portugal de Ralis CPR reúne melhores pilotos portugueses, disso, falamos noutro lado, mais à frente no jornal.

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