Terá sido ‘descoberta’ a fórmula certa para a revitalização do WRC?

Por a 24 Agosto 2024 12:11

Mais vale tarde do que nunca, mas a FIA e o Promotor perceberam que o grande problema atual do WRC são os custos, que têm impedido que o Mundial de Ralis se desenvolva e dê retorno suficiente para que mais marcas ‘gostem’ da relação custo/retorno e com isso decidam entrar na competição.

Não há muito tempo, Carlos Tavares, CEO do Grupo Stellantis, disse ao AutoSport que “a nova regulamentação, com os híbridos só teve uma consequência, que foi aumentar os custos. Não sei se a imagem dos ralis ficou a ser mais verde por causa dos híbridos, a única certeza que temos é que ficou muito mais caro. Portanto, vão ter que pensar outra vez, reduzir custos como foi feito com o WEC (…) pois é aí é que está o problema, muito custo, e enquanto aquilo não for repensado, a Stellantis não vai para o WRC. Se não nos acautelarmos com o controlo dos custos do desporto automóvel, aquilo rebenta, é o que acontece sempre. Vai até lá acima, inflação sem controlo, rebenta, volta para cima, rebenta…”

Portanto, tem de ser pela forte diminuição dos custos, porque quaisquer mudanças que se façam em termos de promoção e afins nunca irão ter efeitos rápidos – mesmo que o trabalho seja perfeito – porque as medidas levam tempo a dar frutos. Resumindo, a diminuição de custos sem perder muito espetáculo é o segredo.

E o que nos mostrou a participação de Martins Sesks com um Ford Puma Rally1 não híbrido na Polónia?

No mínimo, chamou a atenção para as capacidades do carro, e atingiu o objetivo da demonstração: mostrar o potencial do carro não híbrido, que é mais acessível para os clientes em comparação com as versões híbridas.

E isso já está a ter efeitos, pois esse carro foi vendido para a Indonésia.

Logo após a prova da Polónia o cliente entrou em contacto com a M-Sport e Malcolm Wilson está todo contente, e espera agora que esta venda inicie uma tendência.

Na verdade, a iniciativa de utilizar Sesks para promover o carro não híbrido gerou um retorno financeiro imediato com a venda que se encaixa na estratégia da M-Sport de vender carros mais acessíveis aos clientes e esta venda é vista pela M-Sport como um sucesso e um sinal muito positivo para o futuro da venda dos seus carros de ralis.

E o que se conclui daqui? Se a FIA fizer um regulamento que ‘canibalize’ fortemente os custos, sem que os carros percam muito andamento, pode estar aí a fórmula certa para a possível revitalização do WRC.

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2 Comentários
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christopher-shean
christopher-shean
2 meses atrás

Pois! Também acho que esse é o caminho; eu ainda simplificada a mecânica e a electronica…

christopher-shean
christopher-shean
Reply to  christopher-shean
2 meses atrás

simplificava

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