A troca do Subaru Impreza pelo Ford Focus WRC não diminuiu o Ãmpeto triunfal de Colin McRae. O piloto escocês voltou a superar Carlos Sainz
Não são muitas as vezes em que um piloto praticamente decide um rali logo nos primeiros troços, mas neste rali, foi quase isso que aconÂteceu. Sem esse avanço inicial, dificilmente McRae teria vencido esta prova. Já com o Ford Focus WRC, com as mÃticas cores da Martini, Colin McRae deu um autêntico recital de conÂdução nas classificativas iniciais em Ponte de Lima, gerindo depois disso a vantagem até ao fim, face aos pilotos da Toyota, Carlos Sainz e Didier Auriol, ainda que essa gestão tenha sido quase no limite.
Tommi Makinen teve problemas com o diferencial na fase iniÂcial do rali, e atrasou-se. No final do primeiro dia, McRae já estava 50s na frente de Sainz com Auriol quatro segundos mais atrás. Mas no segundo dia, sendo o primeiro na estrada, McRae foi perdendo algum tempo, ainda asÂsim chegou ao final do dia com 33s de avanço para o espanhol, que se queixou da anulação de duas especiais em Arganil.
O último dia era bem mais curto e apesar de ter reduzido ainÂda mais a diferença para McRae, colocando-a nos 12.3s finais, Sainz não conseguiu mais e voltaria a perder um Rali de Portugal para o escocês, agora na Ford. Auriol também terÂminou bem mais perto da frente, a 16.5s com Richard Burns e Tommi Makinen a compleÂtarem o top 5. Com um Subaru Impreza inÂscrito pela Procar, Rui Madeira foi o melÂhor português, terminando no nono lugar. O Grupo N foi ganho por Miguel Campos, num Mitsubishi Carisma GT Evo5, que foi também
o segundo melhor piloto luso em prova. Pela primeira vez na história do rali, a prova desenrolou-se em trevo, sempre com saÃda e chegada a Matosinhos. O circuito de Baltar estreou-se como super-especial.