Fim dos ralis ‘mistos’ trouxe novo vencedor na figura do famoso Subaru Impreza ‘azul’. O ‘toureiro’ Sainz ‘fintou’ os adversários para subir ao lugar mais alto do pio pela segunda vez. Já Rui Madeira venceu o Grupo N
estreia vitoriosa, entre nós, dos famosos carros azuis, surgiu numa altura em que o rali conheceu importantes alterações no figurino. Com vista à redução dos custos, a FIA decretara o fim dos ralis mistos, pondo termo à etapa inicial em asfalto, que ligava o Estoril à Póvoa do Varzim. O centro nevrálgico da prova mudou-se então para a Figueira da Foz, local de partida e chegada dos participantes. O Rali de Portugal de 1995 foi um dos mais renhidos de sempre, ficando marcado por uma grande luta – quase do primeiro ao último troço – entre Carlos Sainz e Juha
Kankkunen, que ainda assim liderou grande parte da contenda, mas o espanhol protagonizou uma espectacular recuperação, colocando o Subaru Impreza no primeiro lugar a dois troços do fim. Antes, os Toyota foram os primeiros dominadores, com Kankkunen e Auriol, mas foi Sainz que chegou ao final do primeiro dia na frente, mas apenas com 6 segundos de avanço. No dia seguinte, Kankkunen atacou e distanciou-se do espanhol, Auriol capotou em Fafe… em 1ª velocidade. À saída de Viseu, Kankkunen tinha 22s de avanço para Sainz, mas em Arganil a luta foi feroz. Ambos percorreram os quilómetros finais completamente ao ataque e o espanhol, que fez o último troço, Figueiró dos Vinhos, com graves problemas de travões, conseguiu ainda assim ser o mais rápido, estabelecendo a vantagem face ao piloto do Celica em 12 segundos. Carlos Sainz, chegou ao final do troço de Lousã-Relvas, cuja parte final é uma imensa descida, a gritar “sin frenos, sin frenos…”. Rui Madeira, em Mitsubishi Lancer, foi o primeiro dos lusos, e a vitória no Grupo N abriu-lhe as portas para a conquista da Taça FIA, no final do ano. O piloto viria a ser o melhor português noutras quatro ocasiões, em 96, 98, 99 e 2001.