TAP Rali de Portugal 1970: Primeira vitória de um finlandês ‘voador’


César Torres assegurou nesta edição um dos seus grande objetivos, com a integração do Rally Internacional TAP no ‘Europeu’ de Ralis

Esta inclusão trazia consigo uma evolução na estrutura competitiva do rali. Apesar de os sectores

de ligação continuarem a ter um papel fundamental, os troços cronometrados, ainda hoje denominados Provas Especiais de Classificação (PEC), começavam cada vez mais a ganhar relevância, pois eram disputados em estradas fechadas ao trânsito, o que garantia maior segurança, não só para os pilotos mas também para as populações locais.

Apesar da data coincidente com outra grande prova internacional, o Rali Munique-Viena-Budapeste, as principais equipas de fábrica não faltaram.

Depois da desclassificação no ano anterior, um Lancia Fulvia, desta vez com Simo Lampinen ao volante, voltaria a ser o primeiro a cruzar a ‘meta’ nas arcadas do Estoril. A meio da prova verificou-se uma luta interessante pelos primeiros lugares, mas foi essencialmente a Lancia que dominou a prova, de fio a pavio e os seus pilotos, Simo Lampinen e Sandro Munari, alternaram na liderança. Tony Fall, agora em Ford Escort ainda deu réplica na fase inicial da prova, mas a passagem por Arganil, como sucederia em muitas outras ocasiões, iria acabar por decidir por completo a prova: Tony Fall desistiu, Ove Andersson, em Alpine Renault, teve sorte idêntica e Simo Lampinen descolou de Sandro Munari. A completar o pódio, aparecia um jovem chamado Bjorn Waldegård, que havia levado o Porsche 911 à vitória nas duas últimas edições do Rallye de Monte Carlo. José Lampreia, em Datsun 2000 colocou-se logo a seguir, levando a melhor sobre Francisco Romãozinho, num Citroën DS 21 oficial e António Peixinho, em Alfa Romeo 1750. Chegaram ao Estoril, 22 concorrentes.

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