Será que o panorama do WRC2 em 2024 muda muito com a chegada da Toyota?
O WRC2 foi bem competitivo em 2023, mas o cenário é quase todo…checo. A Skoda dominou a todos os níveis, mas para o ano chega a Toyota. Irá mudar alguma coisa?
A falta de lugares nos Rally1 é um problema que não parece ter solução rápida mas isso fez com este ano com que este ano o WRC2 fosse muito mais competitivo do que o habitual, com uma lista de pilotos em que grande parte ‘cabia’ perfeitamente nos Rally1… se houvesse lugares.
Andreas Mikkelsen, Gus Greensmith, Oliver Solberg, Sami Pajari, Adrien Fourmaux, Emil Lindholm, ou mesmo Yohan Rossel, Nikolay Gryazin.
Andreas Mikkelsen foi campeão pela 5ª vez com a Skoda – duas no IRC, uma vez Campeão Europeu de Ralis, duas vezes no WRC2 – se não se mudar para os Rally1, o que é pouco provável, vai continuar de Skoda. Ele próprio diz que não corre por outra equipa no WRC2.
Mas a chegada do novo Toyota Yaris Rally2 vai ser um fator perfeitamente diferenciador face ao que se viu este ano, com várias equipas e pilotos a mudarem-se armas e bagagens.
Que equipas e que pilotos é algo que ainda está para se ver, mas o WRC2 vai ficar ainda mais interessante, pois ao que tudo indica o Yaris Rally2 será um carro que poderá, mais ou menos depressa, começar a ser competitivo. Está por trás uma estrutura à prova de qualquer suspeita.
Fala-se em Sami Pajari poder correr de Toyota, e isso pode fazer algum sentido, preparando-o para um eventual Rally1. É claramente o piloto que se está a posicionar melhor e a fazer o percurso certo, para lá de Oliver Solberg, claro. O filho de Petter Solberg poderá rumar à M-Sport, que precisa de pilotos, e o jovem sueco parece ser uma boa alternativa depois de um ano em que deu um passo atrás. Será que vai dar outro à frente agora? Resposta em breve.
Nikolay Gryazin ainda não decidiu com que carro vai correr, talvez mudar-se para a Citroën, o que dava jeito a Yohan Rossel para não estar sozinho no meio de tanto Skoda a partilhar informação.
Na Skoda, a Toksport teve um ‘Dream Team’ e deve voltar a tê-lo em 2024, ainda que com algumas alterações. Oliver Solberg pode sair ou ficar, Adrien Fourmaux deve subir à equipa principal, Grégoire Munster, idem, por outro lado, vamos ver se Pierre-Louis Loubet faz o percurso inverso, pois a época correu-lhe mal.
E depois há muitos jovens a crescer como Alejandro Cachón na Citroën, Marco Bulacia continua a evoluir, Erik Cais está-se a fazer um senhor piloto, o polaco Mikołaj Marczyk está a evoluir bem, também.
O Volkswagen Polo GTI R5 provou que é um carro bem nascido e é pena que a Volkswagen Motorsport tenha deixado de correr a nível oficial, a Hyundai esteve muito pobre no WRC2, fora do top 10 do campeonato, no top 10 ficaram 8 Skoda, um Citroën e um Ford.
Vamos ver se a chegada da Toyota muda alguma coisa neste panorama.