RALLYE DE PORTUGAL VINHO DO PORTO 1983: Novamente Hannu Mikkola


Piloto finlandês superou os italianos da Lancia, que trouxeram a Portugal o 037 e uma duplas de pilotos temível em Markku Alen e Walter Rohrl

No ano em que entrou em vigor o novo regulamento que agrupava os carros de rali em A, B e N, o Grupo B ficou com o estatuto de categoria rainha, bastando produzir 200 exemplares para homologar um modelo.

Novos construtores fo­ram atraídos para a modalidade, desenvolven­do autênticos ‘aviões’ de estrada, leves, com enorme poder de aceleração e apenas impe­didos de voar graças a engenhosos apêndices aerodinâmicos que lhes permitiam curvar sem tirar o pé do acelerador. A Audi teve finalmente uma equipa capaz de lhe fazer frente.

A Lancia concebera o 037, que, embora tivesse apenas duas rodas motrizes, conseguia, nas mãos de Markku Alen e Walter Röhrl, impor respeito à marca alemã.

Os carros italianos dominaram a fase de asfalto, mas com a chegada das classi­ficativas minhotas, o Audi Quattro impôs a sua força e Hannu Mikkola chegou à última eta­pa com uma vantagem segura. Apesar de um furo em Arganil, o finlandês, tal como o Quattro registaram a segunda vitória em Portugal.

Por esta altura, Markku Alen tinha sido o único piloto a obter mais do que uma vitória em Portugal (já tinha três) e Mikkola tornou-se nesta altura no segundo piloto a vencer mais do que uma vez.

O melhor português foi Joaquim Santos, que teve uma prova azarada, chegando ao final da Candosa esgotado, depois de ter sido obriga­do a empurrar o Escort nos metros finais do troço, na sequência de um semi eixo partido. Há outro pormenor curioso relativamente a este ano, já que foi a primeira vez que se realizou o troço de Arganil com 56,50 Km, que ainda hoje é o mais extenso de sempre da história da prova…

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