RALLYE DE PORTUGAL VINHO DO PORTO 1981: Marcha atrás para a vitória


Markku Alen protagonizou em 1981 o seu desempenho mais famoso no Rali de Portugal, entregando à Fiat a última, mas também a mais saborosa, das suas vitórias

A última vitória da Fiat em Portugal foi também a derradeira da mar­ca no Mundial de Ralis. Ainda hoje, Markku Alen não esquece esse rali pois na segunda passagem pela Peninha, um problema na direcção levou-o a despistar-se, embatendo num muro de pedras. Sem uma roda, Alen fez os quilómetros finais do troço em mar­cha atrás. Chegou à assistência sem esperança de poder continuar em prova e foram os seus mecânicos a convencê-lo que a reconstrução era possível. O 131 tinha sido pensado para re­parações rápidas em termos de substituições

de peças e a suspensão pôde ser reparada. E assim foi, o finlandês conseguiu prosseguir em prova, embora com um atraso considerável para os da frente. A partir do momento em que teve

o 131 em perfeitas condições, Alen andou sem­pre a fundo e o carro transalpino nunca sentiu qualquer sintoma de cansaço, o que lhe permi­tiu ascender à liderança. Mas para isso muito contribuíram os abandonos de Hannu Mikkola e Ari Vatanen. No primeiro caso, quando o mo­tor do Audi Quattro gripou no Marão e no se­gundo, quando o Escort se desentendeu com os limites da estrada depois de David Richards falhar uma nota, após ter passado duas páginas em vez de uma quando manobrava o seu livro de notas. Alen geriu a vantagem que detinha sobre Henri Toivonen, que dava espetáculo com o Talbot Sunbeam Lotus. Seguiram-se Waldegård, em Toyota Celica e o outro Audi, con­duzido pela francesa Michéle Mouton. Depois do domínio inicial de Santinho Mendes, no seu novo Datsun 160J, o melhor concorrente na­cional foi Peqepê, levando o Opel Kadett GTE ao 8º lugar e melhor no Grupo 1, logo depois do espanhol Rafael Cid, que representava as co­res da Diabolique.

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