“Rally de Portugal é um evento-âncora para o Centro de Portugal”
O ano passado foi palco do reencontro do Rali de Portugal com a zona centro e os míticos troços de Arganil, Góis e Lousã, algo que os adeptos aguardavam com expetativa há muito. Hoje em dia não se recuperam as ‘noites longas’ do ano na Serra do Açor, mas o simples regresso já significou muito para os adeptos, que ali acorreram às dezenas de milhar.
Em mais de cinco décadas de vida do Rali de Portugal, locais como Montejunto, Góis, Arganil, Lousã, Cabreira, Senhora da Graça, Marão, Viseu, entre outros, revelaram-se importantes pilares, sobre os quais assentou o êxito, o carácter e a identidade da prova portuguesa. Pela sua morfologia, pelo espetáculo que proporcionavam e pela influência que tinham no desenrolar dos acontecimentos, alguns desses sítios tornaram-se autênticos pontos de confluência de milhares de adeptos que ali acorriam anualmente em “peregrinação”, promovendo lugares recônditos, esquecidos durante os restantes dias do ano, a autênticas “catedrais” de celebração da paixão pelo desporto automóvel.
No ano passado, a “casa cheia” regressou à zona para testemunhar o regresso do circo do WRC, ‘matando’ saudades de 18 anos.
Falemos de números
O regresso do Rali de Portugal ao território da região Centro do país, em 2019, gerou retornos muito positivos, a nível económico e não só. Isso mesmo foi sublinhado durante a apresentação da edição de 2020 da prova, que decorreu na Câmara Municipal de Coimbra.
Na ocasião, foi também apresentado o estudo “Impacto do WRC Vodafone Rally de Portugal na economia do turismo e formação da imagem do destino”, da autoria do professor Fernando Perna, da Universidade do Algarve.
A apresentação da 54.ª edição da prova contou com a presença dos presidentes dos cinco municípios da região Centro onde se irão realizar cerimónias de partida, troços ou ligações – Coimbra, Arganil, Góis, Lousã e Mortágua – além do presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e do diretor desportivo do WRC Vodafone Rally de Portugal, Horácio Rodrigues, entre outros dirigentes.
Pedro Machado destacou precisamente os efeitos positivos que o regresso do WRC Vodafone Rally de Portugal provocou na região. “Este é um dos maiores eventos com projeção internacional que se fazem a nível nacional. O estudo hoje aqui apresentado demonstra que o Rally de Portugal é um veículo de transmissão para a projeção dos territórios de forma integrada, que tem impactos económicos importantes. Para termos uma ideia, em 2019, entre adeptos e equipas, houve um retorno direto total acima dos 31 milhões de euros no Centro de Portugal, sendo que o investimento foi de 600 mil euros”, frisou.
“Não menos importante”, continuou Pedro Machado, “foi perceber que os adeptos que vieram ao Centro de Portugal foram responsáveis por estadias médias entre duas e três noites, no caso dos adeptos nacionais, e estadias médias de 4,4 noites, nos estrangeiros. Também deste ponto de vista, o rali trouxe um acréscimo muito positivo”. “Além de que é um fortíssimo aliado para a internacionalização: mais de 15 nacionalidades estrangeiras vieram ao Rally de Portugal, tendo feito aumentar a perceção positiva do destino”, acrescentou.
“É através dos grandes eventos que somos capazes de catapultar a nossa economia, de criar desenvolvimento e riqueza e, depois, fazer com que esta seja mais bem distribuída. O Rally de Portugal é um evento-âncora para a região Centro de Portugal”, finalizou Pedro Machado.
O professor Fernando Perna descreveu os resultados do estudo. A conclusão mais evidente é de que o regresso do WRC Vodafone Rally de Portugal ao Centro de Portugal atingiu os objetivos propostos, ao contribuir para criar uma imagem favorável do território/destino, expandir a época turística no tempo, aumentar a procura turística, atrair visitantes internacionais e nacionais e incrementar os ganhos económicos no destino.
O WRC Vodafone Rally de Portugal alcançou na edição de 2019 um retorno financeiro direto de 31,7 milhões de euros, para um investimento de 600.000 euros. “É o acontecimento desportivo que mais projeta Portugal no mundo e, em particular, as regiões Centro e Norte”, destacou o investigador.
Em 2020, a 54.ª edição da prova visitará as estradas de cinco concelhos da região Centro de Portugal. A sexta etapa do Campeonato do Mundo de Ralis, que vai para a estrada entre 21 e 24 de maio, terá a sua partida oficial em Coimbra, na Porta Férrea da Universidade de Coimbra, na noite de 21. Antes, os pilotos estarão disponíveis para autógrafos no mesmo local, onde o público poderá também ver os automóveis de perto.
De Coimbra, os carros seguem na manhã seguinte para as primeiras especiais da prova: duas passagens por Lousã, Góis e Arganil, à semelhança do ano passado, e uma por Mortágua, que regressa este ano ao rali.
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