Grande exibição da Ford, com François Delecour e Miki Biasion a aproveitarem a ausência da Toyota para entregar à marca da oval azul novo triunfo após longa espera
Após uma longa espera, a Ford regressou aos triunfos em Portugal no ano de 1993. A Toyota era a grande ausente e, depois de alÂguns anos a padecer da falta de competitiviÂdade do Ford Sierra, a marca da oval aparecia com o novo Ford Escort Cosworth, bem mais ágil, especialmente no asfalto, a permitir uma importante dobradinha a François Delecour e Massimo Biasion.
O francês, um especialista em pisos de asfalto, cedo foi para a frente da prova, perdendo o comando por momentos devido a um furo. No Caramulo, um caso comÂplicado para a organização com um problema numa verificação de combustÃvel no carro de Delecour. O processo foi mal feito e o troço acabou por ser anulado para não prejudicar o lÃder do rali. Nos pisos de terra, Delecour esÂteve bem, apesar de um susto com o motor, aguentando-se na frente, e quando tentava recuperar, Carlos Sainz capotou violentamente o seu Lancia Delta em Montim, abandonando.
Os Ford ficaram bem mais à vontade, mas ainÂda assim, Delecour ainda atacou em Arganil, assegurando aÃ, definitivamente, a vitória no Rali de Portugal, a primeira da sua carreira nos ralis. A partir de certa altura, os Ford manÂtiveram as posições – ordens de equipa – e o rali decidiu-se.
Andrea Aghini deixou de atÂacar quando Sainz abandonou, para garantir um resultado ao Jolly Club, e Markku Alen foi terceiro, com um Subaru Legacy da Prodrive.
O seu colega de equipa era um jovem de nome Colin McRae, que se estreou na nossa prova, e começou logo a dar nas vistas, com o seu andamento, e… com os acidentes, como o que protagonizou em Arganil. Depois de muitas vitórias de Carlos Bica, desta vez foi a vez do seu irmão, Jorge Bica, aumentar o espólio de troféus da famÃlia, conquistando o lugar de melhor português, oitavo da geral, ao volante de um ‘Deltona’.