Depois do triunfo da Toyota no ano anterior, Juha Kankkunen recuperou a supremacia Lancia ao volante do fabuloso Delta Integrale. Já os japoneses tiveram uma prova para esquecer enquanto Joaquim Santos foi novamente o melhor português
A última vitória da Lancia em Portugal aconteceu em 1992. Nessa altura, o ‘Deltona’ atingia o seu estágio final de evolução, proporcionando a Juha Kankkunen a sua primeira vitória em Portugal, beneficiando de um rali para esquecer por parte da Toyota e do despiste do seu companheiro Andrea Aghini. Numa prova marcada pelo muito pó, onde o Sol esteve sempre presente, Juha Kankkunen levou a melhor sobre Miki Biasion, que guiava agora um Sierra Cosworth. A Ford, através de François Delecour foi a grande dominadora da fase de asfalto, mas o carro do francês não terminaria a Super Especial de Lousada com problemas no motor.
O comando foi herdado por Andrea Aghini, mas foi Sol de pouca dura, já que quando o italiano destruiu o Lancia Delta em Arganil, Kankkunen já estava na frente.
Ainda assim, Aghini liderou durante algum tempo. Na lista de abandonos sonantes encontravam-se Auriol, Delecour, Eriksson (este num precipÃcio de Arganil), Schwarz (na Pampilhosa, no pé de Sainz) e Makinen, que teve uma prova terrÃvel aos comandos de um Nissan Pulsar GTI-R, com a equipa a colocar termos ao programa pouco tempo depois. A vitória de ‘KKK’, num rali para esquecer por parte da Toyota, foi a última da Lancia entre nós. Apesar de 1992 ter já sido um ano de transição, no final da época, a Lancia entregaÂva definitivamente as rédeas da participação no WRC ao Jolly Club e as cores da Martini despediam-se dos seus inúmeros adeptos em todo o mundo, aparecendo, anos mais tarde, associadas à Ford.
O Mundial de Ralis perdia um dos seus Ãcones. Tal como a marca italiaÂna, também Joaquim Santos se despedia dos ralis, com mais uma vitória entre os ‘nossos’. Curiosamente, nos seis primeiros da classiÂficação geral, cinco marcas diferentes, facto pouco usual em provas do Mundial.