Depois de várias ‘ameaças’, Carlos Sainz venceu finalmente o Rali de Portugal, uma prova que passou a ser uma espécie de ‘segunda casa’ para os espanhóis e de excelente memória para a Toyota
Desde que Carlos Sainz se estreÂou no Rali de Portugal, em 1987, e começou a ‘crescer’ no Mundial de Ralis que a prova portuguesa pasÂsou a ser como que uma segunda casa para os espanhóis. Se o público já era muito, a percentÂagem de ‘nuestros hermanos’ na estrada aumenÂtava todos os anos e ainda hoje isso é verdade. O triunfo em 1991 foi o corolário desse sentimenÂto, com o triunfo de Sainz a representar ainda a primeira vitória de um carro japonês no Rali de Portugal, isto depois de um intenso duelo à chuva com o piloto da Lancia, Didier Auriol, só decidido na última noite, em Arganil.
Pode-se dizer que, à quinta… foi de vez. Na primeira vez que terminou o Rali de Portugal, o piloto espanÂhol, venceu. Nos anos anteriores, Carlos Sainz vinha desenvolvendo o Celica e as suas qualiÂdades únicas enquanto afinador haviam conÂseguido colocar a Toyota no mesmo patamar de competitividade da, até aÃ, inalcançável Lancia. Sainz alicerçou o seu triunfo no facto de nada ter arriscado no asfalto, atacou na segunda etapa e ‘confirmou’ o triunfo em Arganil.
Markku Alen ainda deu um ar da sua graça, aos comandos de um Subaru Legacy e Armin Schwarz, no outro Celica, também passou pelo comando até se despistar. Mas nenhum deles teve os mesmos argumentos de El Matador, que venceria o rali por 47 segundos. Esta prova ficou ainda marcada pela estreia da super-especial de Lousada no Rali de Portugal e pelo descalabro da Ford, que perdeu os seus três pilotos, François Delecour, Alex Fiorio e Malcolm Wilson. Entre os portuÂgueses. Carlos Bica conseguia, uma vez mais, ser o mais rápido entre os portugueses, batendo Fernando Peres por larga margem, isto depois de Joaquim Santos e José Miguel terem ficado pelo caminho.