O ditado popular diz que “não há duas sem três” à conta de exibição como a de Miki Biasion, que voltou a sagrar-se como o melhor piloto do Rali de Portugal numa edição dominada pela Lancia
Embora Carlos Sainz estivesse já como peixe na água ao volante do Toyota Celica GT4, a verdade é que Miki Biasion tomou o gosto pelas florestais portuguesas assinando a terceira vitória consecutiva. No final, o rali foi totalmente dominado pela Lancia, que colocou cinco carros nos cinco primeiros lugares da classificação geral. Contudo, durante a prova, também as duas equipas japonesas, a Toyota e a Mitsubishi, tiveram pilotos seus no comando do rali, mas todos eles foram ficando pelo caminho.
Armin Schwarz, que surpreendeu muito pelo andamento que evidenciou na etapa inicial e Carlos Sainz, ambos em Toyota, e também Ari Vatanen, em Mitsubishi Galant VR4. Assim sendo o melhor não Lancia foi o Mazda 323 4WD de Hannu Mikkola, já claramente na fase descendente da sua carreira. No final do primeiro dia, Sainz liderava o rali com 39s de avanço, e permaneceu na luta, mas abandonou em Arganil, já na fase final do rali, com problemas de transmissão.
Schwarz e Vatanen já tinham saído de estrada e tudo isto redundou no top 5 Lancia. Carlos Bica, que alinhou com um carro cedido pela equipa de fábrica (um carro de treinos, muito bem preparado), rubricou uma prestação à altura do material que tinha em mãos, terminando no quinto lugar. A Especial de Figueiró dos Vinhos assistiu a um dos mais caricatos episódios da história do rali quando Louise Aitken-Walker se despistou, caindo de uma ribanceira.
O seu Opel Kadett GSI só parou na barragem das águas do Rio Zêzere, afundando-se de imediato. Os espectadores viveram alguns instantes de pânico, até que a piloto e navegadora apareceram à superfície depois de se libertarem de um carro com aspirações a submarino. Hoje em dia, Aitken Walker já tem uma filha nos ralis…