Com uma condução espetacular ao volante do BMW M3 da Prodrive, o belga Marc Duez ‘abafou’ novo triunfo de Miki Biasion
Sendo verdade que a edição de 89 se desenrolou novamente sob domÃnio italiano, pois Miki Biasion voltou a passear a sua superioridade, a verÂdade é que o Rali de Portugal de 1989 ficou muiÂto marcado pelo espetáculo que deu Marc Duez aos comandos do seu BMW M3 da Prodrive.
O piloto belga terminou o rali em quinto a quase 40 minutos de Biasion, mas durante a prova é difÃcil que não tenha sido o piloto mais aplaudido, tal foi o espetáculo que deu nos troços. De resto, a superioridade da Lancia foi evidente. Embora contasse já com a oposição da Toyota, disposta a ser mais bem-sucedida do que a Mazda a contrariar o favoritismo transalpino, a Lancia voltou a colocar três carros nos primeiros três lugares, com Biasion na frente de Markku Alen e Alex Fiorio. A equipa japonesa veio para o Mundial de Ralis para bater o pé à Lancia, mas ainda era muito cedo para isso, e nesta prova os três carros japoneses, Toyota Celica GT-4 de Juha Kankkunen, Bjorn Waldegard e Carlos Sainz, ficaram todos pelo caminho, o do espanÂhol por acidente. Curiosamente, em Montejunto, Sainz era lÃder do rali.
Alen teve problemas com os travões do Lancia e depois com a embraiagem, e atrasou-se. Biasion começou a bater o rápido Didier Auriol e o rali ficou decidido. Se no pasÂsado, Biasion já tinha ganho por ‘decreto’, desÂta feita, fruto de uma pilotagem limpa, venceu, e convenceu. A Lancia registaria igualmente uma vitória entre os pilotos nacionais, já que Carlos Bica iniciou neste ano uma série de três triunfos consecutivos na luta pelo melhor concorrente luso. A prova ficou ainda marcada pela trágica morte de Augusto Mendes, que se despistou na Lousã, caindo com o seu Opel Kadett GSi por um precipÃcio incrÃvel. Por milagre o navegador fiÂcou incólume.