Prova histórica que fica marcada pelo primeiro triunfo da carreira de Markku Alen e de cinco em Portugal
A TAP decidiu retirar o patrocÃnio ao rali e a César Torres coube a árdua tarefa de encontrar um novo patrocinador, num contexto em que a prioridade das empresas estava a anos-luz do investimento em eventos para a obtenção de retorno publicitário. A resposta positiva veio do Instituto do Vinho do Porto. Reconhecendo que a projeção da prova poderia levar a fama dos néctares do Douro aos quatro cantos do mundo, a instituição resolveu suportar o evento, que adotou a designação Rallye de Portugal – Vinho do Porto. A prova passou a ser organizada pelo ACP, e a marcação de eleições para a data prevista do rali fez com que a edição de 1975 fosse disputada em Julho. Em pleno ‘Verão Quente’, e numa altura em que a imprensa estrangeira empolava o clima de insegurança que o paÃs atravessava, o número de 94 inscritos acabou por superar as expectativas.
No pico do Verão e num rali onde o Lancia Stratos fez a sua primeira aparição (com Jorge de Bragation ao volante) em Portugal, Markku Alen começou a dominar os acontecimentos desde cedo e durante a primeira etapa (Estoril/Estoril) impôs, desde logo, o Fiat 124 Abarth terminando o primeiro round com 15s de vantagem sobre o seu compatriota Hannu Mikkola, também piloto oficial da Fiat. No final, Alen não teve problemas em confirmar o domÃnio, terminando 2m43s à frente Mikkola, num ano totalmente dominado pela Fiat e onde Ove Andersson (Toyota Corolla) marcou lugar no pódio. Foi assim que os dois finlandeses, Alen e Mikkola, deram inÃcio a uma série de duelos que viriam a ter outros capÃtulos ao longo da história. Pedro Cortês e Mário Figueiredo, em Datsun, foram os melhores concorrentes nacionais e Jorge Ortigão levou o Mazda 818 à vitória no grupo 1.