Rali da Córsega: O filme do rali
O 59ème Che Guevara Energy Drink Tour de Corse – Rallye de France ficou marcado pela estreia de Sébastien Ogier a vencer na ilha francesa. Depois do cancelamento do Rali da China, o campeonato seguiu diretamente para a ilha da Córsega em França, para um dos ralis em asfalto mais difíceis do campeonato.
Sébastien Ogier (#1) podia chegar ao tetracampeonato já na Córsega, mas precisava de uma conjugação de resultados muito favorável. O francês tinha que vencer e somar pelo menos um ponto na Power Stage, e esperar que Andreas Mikkelsen (#9) não acabasse este rali com pontos no bolso.
Na primeira classificativa do rali, Ogier entrou ao ataque e foi o mais rápido, mas Kris Meeke (#7) até poderia ter batido Ogier se não fizesse um pião à saída de um gancho. O francês voltou a ser o mais rápido em SS2 e alargou a diferença para 14 segundos sobre Meeke, em 2º, que era perseguido pelos Hyundai de Thierry Neuville (#3) e Daniel Sordo (#4).
Andreas Mikkelsen teve problemas com os travões do seu VW e Jari-Matti Latvala (#2) estava a ser muito conservador neste início de rali, também ele com alguns problemas de travões, e ambos já estavam com mais de 30 segundos de atraso.
Na SS3, Kris Meeke sofreu um furo e decidiu parar para trocar a roda, perdendo mais de dois minutos. Quando voltou à estrada veio numa perseguição interessante ao seu colega de equipa, Craig Breen (#8) até ao final da classificativa. O azar de Meeke deixou Neuville no 2º posto, seguido por Sordo, mas o espanhol também sofreu um furo, na quarta classificativa, também perdendo dois minutos.
No final do primeiro dia, Ogier liderava com uns incríveis 44 segundos de vantagem para Neuville, em 2º. Com consistência, Latvala encontrava-se no 3º lugar, a 58 segundos, e Mikkelsen em 4º, a 59.
No segundo dia, Ogier voltou a ser rápido no início do dia, mas desta vez com mais cautelas. Ainda assim ganhou oito segundos a Neuville, enquanto que Mikkelsen passou Latvala. Kris Meeke terminou o seu dia mais cedo, logo na SS6. Depois de ter sido 17 segundos mais rápido do que todos na classificativa anterior, o britânico entrou demasiado depressa para uma curva à esquerda, depois de um erro nas notas, e bateu contra uma árvore, danificando o seu Citroën na frente. Meeke voltou em Rally-2.
Nas duas classificativas da tarde, a chuva apareceu. Em SS7 a estrada ainda não estava molhada, mas em SS8 os pilotos tiveram mais dificuldades. Ogier tinha alargado para um minuto a diferença para Neuville mas depois levantou o pé e cedeu 13 segundos para o belga, que ainda teve um momento difícil numa curva à direita, embatendo com a traseira num banco, mas o piloto da Hyundai seguiu sem problemas.
Para o último dia, Ogier levava uma vantagem de 46 segundos para Neuville, que se tinha afastado de Mikkelsen. O norueguês era 3º, a 21 segundos de Neuville, mas com uma vantagem de 33 segundos para Latvala, e seguro no 3º lugar.
Na SS9, as estradas ainda estavam molhadas depois de ter chovido durante a noite. Poucos pilotos arriscaram, com Ogier, Neuville e Mikkelsen a reduzirem o andamento e na Power Stage, disputada com a estrada seca, Meeke foi o mais rápido, Mikkelsen foi 2º e Ogier foi 3º.
Desta forma, Sébastien Ogier conquistou a quarta vitória da temporada. Esta vitória foi inquestionável desde o início do rali. O francês, fortíssimo nos ralis de asfalto, esteve numa classe à parte e fez uma exibição brilhante. Thierry Neuville ficou longe de Ogier mas garantiu um 2º lugar que coloca o belga na luta pelo vice-campeonato. Andreas Mikkelsen terminou em 3º e adiou a festa de Ogier para o próximo rali, na Catalunha. Jari-Matti Latvala não foi além do 4º lugar e Craig Breen fez uma exibição sólida e consistente no seu Citroën, terminando em 5º.
No campeonato, Ogier sai da Córsega com 68 pontos de vantagem para Mikkelsen e aumentou bastante as suas hipóteses de sagrar-se campeão no próximo rali. No WRC-2, Elfyn Evans (#31) (Ford) foi o vencedor, com o 11º lugar da geral. Laurent Pellier (#73) (Citroën) venceu no WRC-3 e no Junior WRC, terminando em 19º na geral. E foi precisamente no JWRC que Simone Tempestini (#61) (Citroën) garantiu o título de campeão. O próximo rali será na Catalunha, em Espanha, num rali misto, em asfalto e gravilha.
CLASSIFICAÇÃO
Jorge Covas
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