Rali da Argentina, PE9: “Knocking on ‘Evans’ door…

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Não são os Guns N’ Roses, mas sim Elfyn Evans que realizou hoje uma prestação no segundo dia do Rali da Argentina que o coloca à porta do paraíso, leia-se, do que pode ser a sua primeira vitória no WRC. Há ainda dois dias de rali pela frente, mas a verdade é que o piloto galês, cujo primeiro pódio da sua carreira no WRC foi precisamente na Argentina, está a ‘por-se a jeito’ para obter a primeira vitória.

Tal como se pode comprovar pela foto abaixo, os homens da Michelin coçam a cabeça e tentam perceber o que fez a DMack bem para que os pneus que equipam o Fiesta de Elfyn Evans estejam a ser pouco menos que perfeitos para as condições dos troços e sendo verdade que andar mais atrás na estrada está a ajudar um bom bocado, amanhã é um dia perfeito para se perceber se o valor deste primeiro lugar está mais nos pneus ou na posição na estrada. Desconfiamos que, como sempre, no meio está a virtude…

A verdade é que o piloto galês chega ao final do segundo dia de prova com 55.7s de avanço face a Mads Ostberg, outro dos pilotos que roda mais atrás, o que significa que a tese da posição na estrada tem aqui um ‘adepto’. Depois dos problemas que teve na fase inicial do rali com o amortecedor partido, Thierry Neuville já só está a cinco segundos do segundo lugar, e não duvidamos que depressa lá vai chegar. Resta saber se em dois dias, ou nove troços, se preferir, recupera 55.7s a Evans. Amanhã ao fim da manhã ‘argentina’ já se terá uma ideia bem melhor. Sébastien Ogier é quarto, a seis segundos de Neuville, e Ott Tanak está mais 4.6s atrás do seu colega de equipa, sendo provavelmente deste quinteto que sairá o vencedor deste rali. Destes cinco, só dois já ganharam ralis este ano, Ogier e Neuville. Está bem interessante ‘este’ WRC…

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PE2: Elfyn Evans venceu a primeira especial do dia no Rali da Argentina. O piloto da Dmack fez 12:42.3, menos 4.6s que Kris Meeke que foi segundo, a fechar o pódio da primeira PEC ficou Dani Sordo a 6.9s. Evans mostrou-se satisfeito e assumiu que ter o caminho mais limpo ajudou na obtenção do tempo. Sébastien Ogier que liderava o rali fruto da vitória ontem na Super Especial de Córdoba, fez um pequeno erro devido a uma nota mal tirada e foi apenas sétimo, perdendo 17.9s. Hayden Paddon capotou, mas conseguiu terminar perdendo no entanto 2 minutos e 41s.

PE3: Elfyn Evans continuou a andar muito bem e venceu a sua segunda especial, tendo ganho mais 2.9s a Kris Meeke, que foi novamente segundo. Ott Tanak foi o terceiro mais rápido. Os homens da Hyundai continuavam azarados. Depois do capotanço de Paddon dessa vez foi Sordo a bater e a perder muito tempo e Neuville também teve problemas de suspensão, apesar de só ter perdido 10s para Evans. Com problemas continuava também Juho Hanninen; o piloto da Toyota queixava-se de falta de potência e não conseguia perceber o motivo.

PE4: Três em três, ninguém conseguia bater o britânico do Fiesta da DMack. Evans viu reforçada a sua liderança do Rali da Argentina, após problemas Kris Meeke ter saído de estrada. “Fui totalmente apanhado de surpresa. Um salto fez-me perder o controlo. O carro está muito difícil de pilotar, mas vamos tentar chegar até à próxima assistência”, disse na altura. Craig Breen também perdeu muito tempo devido a problemas na caixa de velocidades. Entretanto os dois Citroën desistiram. Juho Hanninen continuava com os problemas de falta de potência. O segundo classificado passou a ser Jari-Matti Latvala e a fechar o pódio estava Mads Ostberg, a fazer apenas o segundo rali com o Fiesta WRC de 2017.

PE5: A manhã do primeiro dia do Rali da Argentina acabou com mais uma vitória de Elfyn Evans. O piloto do Fiesta WRC estava imparável e já tinha 30,1s de vantagem para o segundo classificado, Jari-Matti Latvala. Elfyn Evans, nono na estrada, cedo foi para a frente do rali “a estrada estava limpa, era fácil ver a trajetória…” Mads Ostberg, a fazer o segundo rali no Fiesta de 2017, surpreendeu e fechava o pódio. Elfyn Evans aproveitou bastante bem a sua posição na estrada e exceção feita ao líder, que se destacou, todo o grupo seguinte estava bem ‘junto’, já que entre segundo (Latvala) e sexto (Neuville) havia apenas 20 segundos.

Latvala distava 30.1s da frente, queixando-se que “está muito mais duro do que esperava “Penso que este é o rali mais duro do ano. Não podemos atacar todo o tempo. Posso andar mais mas tenho que ponderar o risco” disse. Mads Ostberg era terceiro, revelando que as condições foram um “horror”. Mesmo assim, tinha 4.2s de avanço para Ott Tanak. Ogier revelou no final da manhã que este rali é mais para sobreviver que outra coisa qualquer. O francês foi o primeiro a ceder tempo, 17.9s devido a “uma nota errada, fui em frente e fiquei num buraco. Perdi cinco ou seis segundos só aí…”. Hayden Paddon, vencedor da edição do ano passado, capotou, perdendo mais de três minutos e acrescentando muito trabalho na lista dos ses mecânicos na assistência.

Craig Breen sofreu com a sua inexperiência na Argentina “as compressões da suspensão fizeram-me perder confiança” algo que também sucedeu com Meeke, provavelmente uma suspensão não muito bem acertada para o estado dos troços nos Citroën. Meeke confirmou isso mesmo ao sair de estrada depois duma ‘compressão’ que catapultou o carro. Capotou e danificou o para brisas. Mas continuou. Perdeu seis minutos e caiu para 15º. Breen chegou ao meio do dia em oitavo e Juho Hanninen teve problemas com o motor do seu Toyota chegando em 10º, a mais de três minutos do líder. Dani Sordo teve que parar 10 minutos para reparar um braço da direção do seu Hyundai i20 WRC.

PE6: Elfyn Evans parecia ter na Argentina o rali perfeito para os seus pneus DMack, pois no primeiro troço da tarde, em que a diferença não é suposto ser tão grande quanto nas primeiras passagens (a estrada ficou um pouco mais limpa) bateu Thierry Neuville por 8.7s e todos os outros por bem mais, o que significou que dilatou a margem na liderança, passando-a para 47.6s face a Mads Ostberg. A especial não correu nada bem a Jari-Matti Latvala que teve um problema com sobreaquecimento do motor do seu Toyota Yaris WRC e com isso perdeu 23.8s perdendo com isso a segunda posição para Ostberg. O segundo lugar de Neuville permitiu-lhe também ascender uma posição, para quinto, mas Ott Tanak foi cauteloso demais neste troço e desceu duas posições o que significava que também Ogier subiu na geral, passando a quarto mas a 58.2s de Evans.

PE7: Não há memória duma especial do Mundial de Ralis, que não tenha sido uma super especial, em que cinco pilotos tenham terminado um troço com 0.6s de diferença, mas foi o que sucedeu no sétimo troço do Rali da Argentina, com Elfyn Evans novamente a vencer, mas desta feita a ter boa (e muita) companhia. Para além do piloto da DMack, ficaram colocados Hayden Paddon, Mads Østberg, Ott Tänak e Thierry Neuville, todos ‘dentro’ de 0,6.s. Assim sendo na frente nada mudou, Ostberg continua a 47.7s, mas houve um ‘derrotado’ neste troço: Ogier. A diferença era tão pequena, que bastou perder 2.1s para Tanak, que caiu de imediato duas posições, para o sexto lugar, mas a verdade é que o quarto (Tanak) e o sexto (Ogier) estavam separados apenas por 1.2s e pelo meio ainda estava Neuville. Até ao sexto lugar, ‘este’ rali da Argentina estava uma maravilha, mas a partir daqui, as distâncias são enormes e para trás já ficaram pilotos como Paddon (8º a 3m41s), Hanninen (9º a 4m26s) Sordo (12º a 12m02), Breen (13º a 26m46s) e Meeke (14º a 27m40s).

PE8: Sete troços ‘precisou’ Elfyn Evans para ser batido. Sébastien Ogier venceu ontem a super-especial de abertura da prova, mas todos os seis troços até esta altura realizados hoje foram ganhos pelo galês, que mesmo sendo derrotado nessa especial por Hayden Paddon, voltou a alargar a sua liderança, pois o segundo classificado, Mads Ostberg perdeu mais cinco segundos e com isso a margem entre primeiro e segundo passou para 52.8s. Jari-Matti Latvala sofreu um furo numa das rodas do seu Toyota Yaris WRC, depois de sair largo e bater numa rocha, que fez o pneu soltar-se da jante, perdeu 38.6s, e caiu de terceiro para sexto, ficando a 1m31s do líder. A pouco e pouco, Thierry Neuville chegava-se à frente, e depois de ter partido um amortecedor na PE3, caindo para sexto da geral, já tinha subido até ao terceiro lugar. Ott Tanak também perdeu ar num dos pneus do seu Fiesta, mas no caso do estónio o pneus nunca descolou da jante. Contudo, foi o suficiente para perder 13.7 e com isso caído para a quinta posição.

Classificação após PE9