Quando no Rali de Monte Carlo de 1991 a Ford contratou um jovem e rápido piloto francês chamado François Delecour, não imaginava que ele obtivesse 11 vitórias em especiais e fosse para a derradeira noite de rali na frente do consagrado Carlos Sainz. Só que, no último troço, o Turini, a suspensão traseira do Sierra 4X4 cede e o francês chora no fim do troço, perdendo a vitória.
Apesar da sua carreira nos ralis se ter iniciado em 1981 – leu bem – 1981, 43 anos depois François Delecour continua a ‘fazer’ ralis. O francês continua a fazer alguns ralis por ano, agora já mais Históricos, mas há uma ano ainda participou no Rali de Monte Carlo com um dos novos Skoda Fabia RS Rally2. E este no Leiria sobre rodas, no Rally 2 Gold Challenge. Este ano não tem, para já, nada previsto, mas deverá voltar aos ralis…
Voltando a 1991, dois anos depois, na estreia do Ford Escort Cosworth, voltou a realizar um belo Monte Carlo, liderando grande parte da prova, indo para a derradeira noite na frente do rali. Desta feita não teve problemas com o carro, mas a verdade é que não aguentou a pressão do Toyota de Didier Auriol, que venceu o rali. Até aqui tudo normal, os ralis são mesmo assim. Só que nas cronometragens parciais, os homens da Ford, perceberam que os Toyota ganhavam dois segundos por quilómetro nas zonas a subir (corroborado pela Lancia e Mitsubishi), algo anormal a este nÃvel. Apesar da felicidade de Ove Andersson, a FISA realizou minunciosas verificações técnicas e análises ao Celica. Nada foi descoberto e François Delecour adiou por mais dois meses a sua primeira vitória no WRC, em Portugal.
Nesse ano, não se voltou a falar da fabulosa performance do motor dos Toyota em Monte Carlo, mas dois anos depois,  quando a Toyota foi excluÃda por irregularidades tecnicas nos seus carros, na Catalunha, muita gente se lembrou do Monte Carlo de 1993…