Jean-Claude Andruet é, ainda hoje, lembrado pela sua inesgotável parceira com “Biche”, no habitáculo de carros como o Alpine-Renault A110, o Fiat 131 Abarth Rallye, o Lancia Stratos ou o Lancia 037 Rally. Mais conhecido pelo “Acrobata”, houve quem o chamasse também de “Crazy Horse” – pelas suas extraordinárias capacidades funâmbulas por trás de um volante.
Verdadeiro amante da vida, sob todas as formas, Andruet tinha uma outra particularidade: era um autêntico “show man”; pilotava sempre no limite, mas com uma suavidade tal que os então difÃceis carros com tração traseira mais se assemelhavam a dóceis “cordeirinhos” nas suas mãos.
No Mundial de Ralis, onde esteve ativo entre 1973 e 1986, participou em 29 provas, tendo ganho três – Monte Carlo em 1973, Volta à Córsega em 1974 e San Remo em 1977. Apesar de tudo, nunca se empenhou a tempo inteiro neste campeonato, pelo que não surpreende que o seu melhor resultado final tenha sido o 13º lugar, em 1982. Aliás, Andruet tinha nas provas de asfalto as suas prediletas, nomeadamente as do Sul de França e Itália.
Olhando para as suas extraordinárias capacidades, ninguém diria que este francês de temperamento sanguÃneo mas, ao mesmo tempo, polido, tinha começado já algo tardiamente nas artes de andar depressa em toda a estrada. A sua estreia aconteceu aos 24 anos, tendo de imediato dado nas vistas, ao conquistar o tÃtulo francês de juniores, com um Renault R8 Gordini. Depois, foi o que sabe: um talento enorme, sob todas as formas e em todos os terrenos.