Fiat 131 Abarth Rallye (1976/1981): As saudades que eu já tenho


Em 1974, a Fiat anunciou a substituição do bem sucedido modelo 124 pelo 131, disponível com motores 1.3, 1.6 e 2.0 a gasolina.Onovo carro era um carro elegante, de linhas rectas e com três versões de carroçaria: sedan de 4 portas (Mirafiori), coupé de duas portas (Brava) e familiar de cinco portas (Panorama). Dois anos mais tarde, com a ajuda de Bertone, a Fiat pegou no Brava e fabricou 400 unidades especiais, a que deu o nome de 131 Abarth Rallye – porque tinha o motor preparado pela casa do escorpião e as intenções eram exactamnete participar no Campeonato Mundial de Ralis então existente: o de Marcas. Os primeiros exemplares deste carro combinavam a carroçaria de duas portas com painéis em liga leve, o motor de 2 litros e dupla árvore de cames e 16 válvulas e uma caixa de velocidades Colotti. De série, desenvolvia 140 cv mas, em versão de competição, a potência chegava a atingir os 230 cv a mais de 7.000 rpm. Para os clientes com veia mais desportiva, a marca de Turim desenvolveu a versão de série 131 Racing, com acabamentos desportivos, quatro faróis redondos na frente e rodas maiores; o motor era o 2 litros existente no 132, com 115 cv. Em 1981, evoluiu para o 131 Mirafiori Volumetrico, com compressor mecânico e que tinha 140 cv, na versão de estrada.

Nos ralis, o 131 Abarth foi um sucesso imediato. A primeira vitória surgiu logo em 1976, nos Mil Lagos, com o mítico Markku Alen. Em 1977, o carro venceu cinco provas e deu à Fiat o seu primeiro título de Construtores, feito que repetiu no ano seguinte. A ajuda foi dada por vários pilotos: no primeiro título, Alen venceu em Portugal, Bacchelli na Nova Zelândia, Andruet em San Remo, Darniche na Córsega e Salonen no Canadá; no segundo, as vitórias foram repartidas por Alen (Portugal e Mil Lagos), Darniche (Córsega) e Rohrl (Canadá e Accrópole). E por falar em Walter Rohrl, foi ele quem, em 1980, ofereceu o único título de Pilotos ao 131 Abarth Rallye, com as vitórias em Montecarlo, Portugal, San Remo e Argentina. Nesse ano, a Fiat garantiu o seu terceiro e derradeiro título, juntando aos triunfos do alemão, mais uma vitória de Alen nos Mil Lagos.

O modelo, que hoje é uma saudade imensa, terminou a sua carreira em 1981, com um total de 21 vitórias em provas do Mundial de Ralis – a última delas de Markku Alen, em Portugal, pois claro!

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