Esapekka Lappi: um final melancólico para um começo promissor no WRC

Por a 2 Outubro 2024 10:48

Será o fim de uma era? Esapekka Lappi pode ter-se despedido do WRC com desempenho abaixo do esperado. Teve um apagão no Chile, um espelho de uma carreira marcada pela inconsistência…

Não é garantido mais é muito provável. O Rali do Chile pode ter sido a última prova de Espekka Lappi no WRC, e se foi, sai pela porta pequena. Aparte de Sébastien Ogier, Kalle Rovanpera, Thierry Neuville e Ott Tanak, Lappi foi o único outro piloto que subiu ao lugar mais alto do pódio.

Foi no seu primeiro rali do ano, na Suécia. A antítese do último…

Passar o fim de semana a dizer coisas assim é dramático: “Fiz o meu melhor, esperava que fosse melhor, talvez me esteja a faltar algum desempenho.” “Demasiado lento”. “Foi um desastre, não consigo encontrar qualquer aderência, está sempre a deslizar. Não sei o que fazer.”

“Tivemos dois minutos de penalização, por isso não temos motivação para destruir os pneus.”

“Havia sulcos aqui e ali, fiz uma entrada agressiva e havia sulcos, bati num e o amortecedor saiu imediatamente.”

Só fez top 5 nos troços, duas vezes, andou sempre lá por trás. É verdade que tinha de assegurar pontos para a Hyundai, mas desistiu antes da PowerStage. O seu ritmo deveria ter sido muito melhor.

No domingo, quando tentou forçar o andamento, bateu.

Voltamos a dizer: se foi esta a última prova de Lappi no WRC, que vergonha de prova…

O seu navegador, Janne Ferm anunciou a sua retirada. Parabéns pela carreira.

Quanto a Lappi, podia ter feito tão melhor…

A carreira de Esapekka Lappi no WRC) foi marcada por altos e baixos, com momentos de grande sucesso e períodos muito desafiadores.

Começou de Opel Astra GSI 16v, em 2007, dois anos depois mudou-se para o Honda Civic Type-R, em 2011 já andava de Citroën C2 R2 Max, foi para o SWRC e 2012, com um Ford Fiesta S2000, no ano seguinte 2013, a sua carreira começou a ganhar tração, em 2013, Lappi competiu no Campeonato Ásia-Pacífico de Rali (APRC), vencendo três de seis eventos e terminando como vice-campeão.

Conquistou o título do Campeonato Europeu de Ralis (ERC) em 2014.

Depois, teve sucesso no WRC2. Em 2015 foi terceiro e no ano seguinte, 2016, venceu, aos comandos de um pilotando um Škoda Fabia R5.

Depois veio a categoria principal.

Estreou-se na categoria principal do WRC em 2017 com a Toyota e conquistou a sua primeira vitória, no Rally da Finlândia de 2017, naquela que era apenas a sua quarta participação na categoria principal.

Imagine-se o potencial que se via nesta altura!

Depois, os baixos. Após um longo período sem vitórias, Lappi venceu o Rally da Suécia em 2024 com a Hyundai, quebrando o recorde do maior intervalo entre vitórias no WRC (6 anos, 6 meses e 19 dias).

Teve muitos pontos baixos, muita inconsistência, mudanças de equipa. Apesar do início promissor, Lappi enfrentou dificuldades em manter resultados consistentes. Passou por várias equipas (Toyota, Citroën, M-Sport Ford, e Hyundai), onde sempre teve claramente dificuldades em encontrar estabilidade.

Passou por um período muito difícil em 2023, enfrentou uma segunda metade de temporada muito complicada, que quase lhe custou o lugar na Hyundai.

Este ano, a equipa impôs-lhe um programa parcial, venceu na Suécia, um começo prometedor, mas depois voltou aos altos (poucos) e baixos (bem mais).

É verdade que Lappi sempre demonstrou resiliência ao superar períodos difíceis, regressando ao topo do pódio, mas a carreira de Esapekka Lappi no WRC é caracterizada por momentos de brilhantismo intercalados com períodos de muitas dificuldades. A sua recente vitória na Suécia sugere que, apesar dos altos e baixos, continua a ser um piloto capaz de competir no mais alto nível do rali mundial.

Agora resta saber o que o futuro ainda lhe reserva…

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