Calendário do WRC: Vários regressos e uma grande novidade

O calendário do WRC 2023 tem algumas novidades, entre regressos e uma grande inovação.

Previa-se inicialmente que o campeonato fosse alargado para catorze ralis, mas o Rali da Arábia Saudita ‘caiu’ sendo apenas prova candidata em 2023.

Assim, serão treze ralis, nove na Europa e quatro fora, um na América do Norte, outro na América do Sul, um em África, outro na Ásia.

O Rali do México regressa, e também o Rali do Chile. A novidade absoluta é o Rali da Europa Central, um evento de três nações que decorre um dia cada na Alemanha, Áustria e República Checa. Entrou no campeonato substituindo o Rali da Catalunha.

A prova é em asfalto e ficará sediada na cidade de Passau, na Baviera, Alemanha.

O Rali da Nova Zelândia também saiu do calendário, o mesmo sucedendo com o Rali da Bélgica.

Há também, mudanças de localização. A sede do Rali da Sardenha/Itália passa novamente de Alghero para Olbia. O Rally Safari deixa de estar sediado em Nairobi e muda-se para a cidade de Naivasha, mais perto dos famosos lagos.

Arranca com o mítico Rali de Monte Carlo, que cumpre a sua 91ª edição. Novos troços, zonas míticas, mas sem o mítico Sisteron. O Rali da Suécia repete-se no norte do país, para assegurar que há neve, que não faltou no ano passado. Perdem-se zonas míticas, ganha-se neve, muita neve.

Um regresso que se saúda, o Rali do México, com um ambiente fantástico, bons troços de terra, e motores com falta de ar devido à altitude. O Rali da Croácia está a solidificar-se no WRC, é um grande rali de asfalto, o ano passado teve uma PowerStage inesquecível.

O Rali de Portugal dispensa apresentações, é dos melhores, se não o melhor rali do mundo. Realiza-se uma semana mais cedo.

O Rali de Itália, na Sardenha, é uma prova muito dura para as mecânicas, rápido, mas estreito. O antigo Sanremo na zona da Toscana era bem melhor.

O Rali Safari Quénia vai para a terceira edição após o regresso e tem sido um rali diferenciador, como o WRC precisa. Devia haver mais assim, diferenciadores.

O Rali da Estónia mantém-se no calendário, mas não traz muito de novo, tão parecido que é ao Rali da Finlândia, que tem um élan muito maior. Seja como for, os estónios dão um grande ambiente à prova, e merecem ter o seu campeão, Ott Tanak a correr em casa.

O Rali da Acrópole é outro dos eventos diferenciadores do WRC, mas devia ser ainda mais duro. Seja como for, como está, é a par do Safari, o mais duro do campeonato. E o WRC precisa disso.

O Rali Chile regressa, é uma boa prova, tem troços semelhantes ao ‘antigo’ RAC, mas sem lama e chuva. O Rali da Argentina seria bem melhor, mas os chilenos também já mereciam o regresso.

Vamos ver como corre o Rali da Europa Central. É uma novidade absoluta, realiza-se em três países e achamos que o público checo vai bater todos os recordes de espetadores do Mundial de Ralis, por aquelas zonas. Se nunca foi ao Rali Barum Zlin, deve ir um dia…

Por fim, o Rali do Japão. Foi uma boa prova na estrada, mas com uma organização sem nível para o WRC. Mas os japoneses são humildes e aprendem depressa.

Contudo, o Japão deve ter melhores estradas. Percebe-se a ligação à Toyota, mas o WRC tem que agradar é aos adeptos…

PROVA/DATA

Rali de Monte Carlo 19-22 de janeiro

Rali da Suécia 9-12 de fevereiro

Rali do México 16-19 de março

Rali da Croácia 20-23 de abril

Rali de Portugal 11-14 de maio

Rali de Itália Sardegna 1-4 de junho

Rali Safari Quénia 22 de Junho-25 de Junho

Rali da Estónia 20-23 de julho

Rali da Finlândia 3-6 de agosto

Rali da Acrópole 7-9 de setembro

Rali Chile 28-Setembro, 1 Outubro

Rali da Europa Central 26-29 de outubro

Rali do Japão 16-19 de novembro