Calendário do WRC de 2019: Quem sai e quem entra…
O calendário do Mundial de Ralis de 2019 deverá ter mais duas provas fora da Europa, já que o Japão e o Chile preparam-se para ser confirmados no calendário, sendo que relativamente a saídas, fala-se na Córsega e Alemanha. Mas, sabendo-se como são estas coisas dos ‘bastidores’ e dos lobbys, é melhor esperar para ver o que sai do Conselho Mundial da FIA, que se realiza a 12 de Outubro.
O próximo calendário deverá ser o que mais provas de longa distância tem em mais de uma década, algo que sempre foi vontade da FIA e do Promotor. Simplesmente, o berço dos ralis é a Europa, é no velho continente que o WRC tem mais sucesso, e quando de cá sai, são muito poucas as provas que têm grande sucesso. E as novas mais dificuldade têm em estabelecer-se.
A prova melhor estabelecida fora da Europa é, há muito, a Argentina, que se realiza desde 1980. A Nova Zelândia e o Safari ainda estão no top 10 das mais disputadas, mas tanto uma quanto outra, têm estado há muito fora do WRC. Safari desde 2002 e Nova Zelândia desde 2012.
A Austrália é outro evento mais ou menos bem inserido, mas tem tido problemas. Já mudou várias vezes de local, e não consegue afirmar-se com veemência no WRC.
A Costa do Marfim ainda consta como a 15ª que mais vezes esteve no WRC, mas tendo começando em 1978, despediu-se em 1992.
O México é um bom exemplo duma prova necessária ao WRC, muito mais pela sua localização do que por tudo o resto. Entrou no WRC em 2004 e por aí tem ficado até agora. Se os norte-americanos, seus vizinhos de ‘cima’, se virassem para o WRC, ‘coisa’ que não está nada perto de suceder, outro galo cantaria com o México, mas a prova mexicana é melhor, por exemplo, que a Sardenha.
Caso curioso é o do Japão, que já esteve seis vezes no WRC, entre 2004 e 2010, mas apesar de ser um país ‘construtor’, o Mundial de Ralis nunca conseguiu afirmar-se verdadeiramente no país, talvez porque se realizasse em Hokkaido, na ilha de ‘cima’. Será levado agora para o ‘continente’, bem mais perto de Tóquio e isso poderá ser primordial na sua afirmação. Mas temos que esperar para ver.
A Turquia regressa agora, depois de ter estado no calendário entre 2003 e 2010, ficando por saber se veio para ficar. Para a semana já saberemos dizer mais…
Depois temos um longo número de provas que passaram ‘rapidamente’ pelo WRC, umas com mais interesse que outras. O Canadá/Quebec fez parte entre 1977 e 1979, a Jordânia outras três, (2008 – 2011), bem como Marrocos (1973 a 1976), EUA/Press on Regardless e EUA/Olympus (1973 – 1974)/(1986 a 1988), Brasil (1981 e 1982), Indonésia (1996/1997), Irlanda (2007/2009), Noruega (2007/2009), Áustria (1973), Bulgária (2010), Canadá/Rideau (1974) e finalmente a China em (1999). Houve uma tentativa recente, mas uma estrada da prova desabou e os chineses não tinham tempo da reparar…
Caso se confirme a entrada do Chile e Japão, e a saída de uma prova europeia, o calendário fica com 14 provas. Se, tal como pretende Jean Todt, o Safari entre em 2020 e sair mais uma prova europeia, os números deverão ficar 8-6. Isso deverá ser suficiente para o Promotor, mas é preciso que as provas que estão na calha, ‘vinguem’, porque hoje em dia o WRC não tem arcaboiço para ter uma boa percentagem das suas provas sem dar a mesma força que dá a grande maioria do calendário do WRC.
Quanto à ‘nossa’ prova, para se manter por longos e bons anos no WRC, só há uma alternativa. Continuar e ser o que tem sido e se possível melhorar, dando ainda mais razões a quem decide para nunca, sequer, ponderar tirar a prova do WRC. Reparem bem, estão a ponderar tirar uma prova francesa ou alemã…
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