Balanço do WRC 2020: A consistência paga-se em ano de contradições

Por a 20 Dezembro 2020 12:50

Numa época totalmente atípica do Mundial de Ralis, só mesmo o campeão foi um nome habitual: Sébastien Ogier. De resto, foi uma enorme montanha russa, de emoções e acontecimentos.

Se o grande trunfo do desporto é o entretenimento que provém da incerteza, poderíamos classificar a temporada de 2020 do WRC como um brilharete abençoado. Apenas o Rali de Monte-Carlo se concretizou dentro dos conformes e quilometragem previstos no início do ano, sendo que todas as restantes rondas se aprofundaram como poços; neste caso, poços de surpresa. Contudo, e durante a maioria do ano, poucos desses sobressaltos alastraram ao que se processou no interior dos automóveis e ao longo dos troços cronometrados.

Saber o que disso se justifica na desordem das datas é difícil de se estabelecer.

A crise pandémica originou a conhecida reformulação do calendário proposto, que acabou por ser desconstruído para estilhaços ainda menores, quando já se palpava o Rali de Ypres.

Pelas opiniões ‘internáuticas’, fãs consternados rebelavam-se por não se terem assegurado as novas provas; ao contrário da Fórmula 1, que também se reinventara num plano remediador desenrolado em palcos alternativos de elevada qualidade. Mas a Fórmula 1 não usufruiu apenas do seu início tardio, mas também do facto de já se conceber enquanto modalidade mais orientada por, e para si mesma. Os ralis são uma porta aberta; convite à perscrutação pelo bosque e ao salpico pela flora e pela fauna.

Edificaram-se para que não dependessem de edifícios, equipamentos nos quais era imperativo que nos mantivéssemos. Talvez o troféu de pilotos se tenha antropomorfizado por instantes e tenha acatado, por fim, teimoso e tardio como muitos de nós, a recomendação de permanecer em casa. Mas, ao cabo de um período tão arrastado, já não se manifesta um sentido e natural enfastiamento de tanto tempo em clausura?

M-Sport longe do brilho recente

À partida da primeira etapa desta narrativa, a incursão noturna por Malijai-Puimichel, mítico troço do Rali de Monte Carlo, alegorizava um renovar de sentidos, desembocando-nos num troço inaugural que caíra em desuso desde 1994. Bastou a ultrapassagem desses dezassete quilómetros para se afigurar que o anunciado mundo novo não se concebia, afinal, tão admirável assim. Os partícipes da M-Sport Ford WRT não se declaravam no término da etapa, premonizando a falência cadente e prescindível de discursificação da equipa. Os seus espíritos caíam e despiam-se, mas também as árvores do sul de França. E as amarfanhadas folhas caducas foram recolhidas mutuamente.

O coletivo de Cumbria apresentou-se à entrada do ano com a alegada jovem promessa Teemu Suninen e o exilado Esapekka Lappi. Adicionaram também Gus Greensmith às fileiras, o requerido novo talento britânico que continuamente perscrutam desde o relativo fracasso de Matthew Wilson. Embora de Greensmith não se devesse aguardar muito, foi difícil não nos frustrarmos serenamente pela sua falta de ritmo. A condição do piloto, nesta época, foi atacada bilateralmente. Primeiro, pelo padrão elevadíssimo que Kalle Rovanperä definiu para promessas contemporâneas e faixas etárias. Seguidamente, pelo inglês nativo e eloquente, que faz com que Greensmith seja dos poucos pilotos do pelotão da frente capazes de entregar uma significância desenvolvida e sincera ao que acabou de fazer e de sentir com o carro – isto, claro, se a natureza circundante for de folha persistente.

Ao indivíduo que domine a arte da comunicação, aguardam-se, naturalmente, grandes feitos. E Greensmith, enquanto jovem de confiante e irreverente penteado oxigenado e prendado naturalmente para que explique no que é que falhou ou conseguiu, deixou-se permanecer um pouco aquém do expectado. Já em período outonal, tateava-se também no semblante que ambicionara uma narrativa diferente para este conjunto de provas, apresentando-se cansado e desgastado comparativamente às intervenções públicas pré-pandémicas. Comovido até, junto às vedações de Monza.

Mas, de cansaço, que dizer de Esapekka Lappi e Teemu Suninen? Os dois ‘chefes’ de equipa sobreviveram a um ano agonizante, sendo constantemente arrumados por figuras das quais se aguardava uma maior esporadicidade; como os convidados da Hyundai ou o imberbe Kalle Rovanperä.

Esapekka Lappi expôs-se cada vez mais derrotado, tanto à partida como à saída das provas, sem vontade de revelar nada para lá do breve e profundo desagrado pessoal. Abrindo o parêntesis, Jari-Matti Latvala foi um piloto que se manteve nas graças do público durante muito tempo, não só pelo estilo vibrante, mas também devido à constante relutância em se rever no copo meio vazio – por mais azares que lhe batessem à porta, ou no capot, ou em todo o lado como no célebre mergulho do Malhão, no Rali de Portugal de 2009.

Esapekka Lappi é escasso de tal atitude, ostentando miserabilidade a cada desalento, não possuindo o espírito guerreiro reservado aos grandes. O raro avistamento da sua dentada superior no primeiro dia de Monza, após uma arrojada e fortuita escolha de pneus, em tudo deverá ter sido semelhante ao sorriso de Colombo, no imediato instante em que quebrou o ovo sobre a mesa do banquete.

Lappi é, a par de muitos outros obreiros da arte e do desporto, vítima do talento precoce. Marcando uma única vitória ao quarto arranque num World Rally Car, três anos sem revisitar o sabor do ouro e sem competitividade duradoura são uma eternidade para um piloto no suposto pico da carreira.

Ott Tänak foi despromovido duas vezes antes de se tornar campeão e uma das referências da atualidade. Tememos que Lappi não se consiga reerguer tão firmemente, agora que se encontra de pé; como o explorador que busca soluções e que não tem onde se sentar. Para se ter um banco, é preciso munirmo-nos de cobertura, mas também de estofo.

Os pontos de maior mediatismo da temporada de Teemu Suninen foram a remontada mexicana e o forte andamento que patenteou no início do Rali da Sardenha, embora nada mais lhe fosse expectável ou até requerível devido à excelente posição de partida. Mesmo assim, a oportunidade que agarrou com unhas e dentes, enquanto tal lhe foi exequível, deixa vislumbrar um certo carácter. Suninen nunca deixou de ser um piloto de ritmo intermédio. Só que é um jovem que ainda se deixa cegar, positivamente, pelo mito da aprendizagem e da ambicionada primeira vitória. Mas diria que, caso num futuro próximo não represente resultados mais ambiciosos, a justificação da evolução evento-a-evento não se sustentará eternamente. Nem com patrões, nem com a própria capacidade de auto-aceitação.

Cara e coroa

Escrutinando os mais plausíveis portadores de emoção, a Hyundai Shell Mobis WRT e a Toyota Gazoo Racing WRT chegavam a Monza com plenas intenções de discutir o que ainda não se resolvera entre si. Depois da curta-metragem dramática que foi a derradeira jornada do Rali da Sardenha (com Dani Sordo a desregular os batimentos cardíacos de Andrea Adamo), o diretor desportivo italiano, a jogar em casa pela segunda vez consecutiva, contou com o auxílio precioso do seu súbdito castelhano para abraçar a tão desejada taça.

Embora exista muita gente que não simpatize particularmente com Adamo, nele ecoam as almas latinas de outrora – da Lancia e sua manipulação quase descarada, sinónimo de tempos de glória e de paixão para os fãs mais aguerridos.

Contudo, Tommi Mäkinen está de partida da Toyota Gazoo Racing WRT. Para o seu lugar vai Jari-Matti Latvala. E, embora a realidade dos saudosismos possa ser incompatível com a da performance desportiva, o finlandês talvez merecesse afastar-se com um título de construtores. Uma oferenda respeitante ao seu inegável legado e contributo para o desporto, e que chegou a enxergar tenuemente.

Mäkinen principiou o ano com uma equipa completamente fresca que, ao longo do mesmo, nunca entendeu mais nada do que a habitual posição de referência. Foi um diretor desportivo com uma abordagem completamente distinta da de Andrea Adamo e, portanto, uma personalidade análoga à do italiano, na medida certa que o desporto necessitou.

A consternação pacata com que Mäkinen aceitou a perda de Elfyn Evans e do título de Construtores em Monza só poderia ter sido entregue pelo finlandês. Adamo e Mäkinen foram uma vibrante balança mecânica, onde ambos os lados estiveram munidos dos pilotos-pesos calibrados ao mais ínfimo grama, que nunca parou de se auto-gerar e de se reformular; sem que alguma vez soubéssemos, ao certo, o valor indicado no final. O protagonista e o antagonista perfeitos, recíprocos e mutáveis nos seus papéis, dos quais o espetador sai digno.

Part-Time competentes

Antes dos intérpretes principais, não se fantasmagorize outros atores que em muito contribuíram para a encenação da peça. Craig Breen e Sébastien Loeb foram secundários, mas senhores do espaço e do tempo. O irlandês igualou o melhor resultado de uma prova do mundial, ao arrecadar a prata na Estónia. E o francês provou o que já não tinha de atestar, suspirando-se jocosamente quando confrontado com o facto de, aos quarenta e seis anos, se ter tornado no piloto mais velho de sempre a liderar um rali do WRC.

Dani Sordo, com apenas três partidas e duas chegadas, roçou mesmo assim os calcanhares dos chefes-de-fila da Ford na posição final do campeonato.

A vitória no Rali da Sardenha foi possivelmente a mais categórica de todas as que amealhou na carreira. À primeira, foi buscá-la afincadamente ao céu, e a segunda caiu-lhe no colo desde esse etéreo patamar superior. Esta, mesmo com a pulsátil sequência final, foi deliberada, trabalhada, e considerada com respeito de campeão. O festejo foi maduro e anticlimático, quase desapontante.

O travo da vitória já não o surpreendeu. Bravo. Takamoto Katsuta é o amigo de bom-coração que, de tão simpático, nunca será realmente tido em conta pelos seus amores para mais do que uma amizade frívola, construída à base de desabafos relativos a terceiros.

Pierre-Louis Loubet e Ole Christian Veiby não rodaram o suficiente para que deles se deduzisse algum juízo existencialista. Mais do que confiar no seu futuro, refugiamos-nos no bom saber de que assumidamente exploram as oportunidades que lhes são facultadas.

O brilho de Rovanpera

Contudo, outro sistema autocrático se deixa descortinar, e aos ascendidos dos R5 bem que se pode começar a insinuar um qualquer movimento de resistência anarquista. Isto, porque Kalle Rovanperä alcançou a categoria superior dos ralis e é a grande figura desta temporada, sugestionando que também será um dos vultos mais badalados das subsequentes. A liderança estoniana foi uma miragem transcendente que tomou como sua e que não se materializou melhor devido a um pneu furado.

Surpreendeu menos no andamento, que já se esperava possante, mas mais na regularidade. Rovanperä produziu um trabalho assombroso, com base naquilo a que certamente se propusera. Mas vê-se no finlandês uma inegável predestinação, daquelas que quase nos fazem sofrer por antecipação à falta de concorrência futura e consequente interesse na modalidade. Aproveite-se enquanto ainda nos admira.

Fogo e o gelo na Hyundai

Ott Tänak suportou uma temporada atípica, um algo inesperada após a vertiginosa ascensão de 2019 e dececionante tanto para o próprio como para o seu devoto coro de fãs. O destronado campeão do mundo foi duplamente desamparado pela fiabilidade do i20 Coupé WRC e especulamos que tenha sido o piloto mais afetado pelo encurtamento do calendário.

Pode-se arguir que o estrondoso voo de Monte-Carlo só poderia acontecer ao estónio, sendo ele o piloto mais racional do pelotão e com maiores capacidades de recuperação psicológica de tão grave despiste.

A vitória doméstica na primeira visita do WRC à Estónia-natal teria de lhe recair obrigatoriamente, num expectável alinhamento de mentalidade com orgulho que, uma vez estabelecido, torna Tänak no mais efetivo e letal dos pilotos de fábrica. A partir daí, conduziu por si durante mais duas etapas, sendo um mero embaixador da equipa a partir da terceira classificativa do Rali da Turquia.

A direção partiu e a mente projetou-se, num portal sem apeadeiros rumo ao próximo ano. Quando inquirido pelo promotor em relação ao que faria naquela tarde, após a retirada do resto do primeiro dia e na eminência de regressar à estrada no segundo, Tänak, suado por debaixo do tórrido sol turco, foi um mestre da priorização outorgada aos supremos racionalistas da história: “terminei agora mesmo o meu gelado, essa foi a primeira coisa.”.

Se Tänak aparenta ser o tipo de indivíduo que degusta um gelado quando e como quer – poderia até saboreá-lo junto ao Hyundai inutilizado, sem virar costas à passagem das outras viaturas, alheio a estas e ao pó, focado só e apenas na frescura deliciosa que o aliciara aquando da escolha dos dois sabores –, já Thierry Neuville coincide com o ‘puto’ que projeta guloseimas no ar, só para que todas lhe façam ricochete no queixo e se acumulem pelo chão.

A cada cinco ou seis lançamentos, uma solitária goma gelatinosa embate num dos dentes incisivos mas consegue cambalhotar para dentro da boca. Ruborescido de soberba, Neuville contempla em redor para se assegurar de que algum transeunte testemunhara a ousada acrobacia, só para se inteirar de que todos os passantes se regozijavam nas suas próprias atividades lúdicas, indiferentes ao feito.

Ao longe, um pequeno Esapekka Lappi deixara cair um biscoito e, apesar deste ainda se encontrar a seus pés e perfeitamente comestível, segurava o queixo com os dois punhos cerrados e deixava escorrer uma pequena lágrima, interrogando-se repetidamente por que é que aquilo teria sempre de lhe acontecer a ele. Mas nem o garoto Lappi atentara a Neuville. E o belga amarfanhava o frágil invólucro plastificado que outrora contera as iguarias, jurando para si e para os céus que um dia toda a gente conheceria o seu nome. Seria uma lenda; humilde mas endeusada.

As arcaicas tragédias gregas, nas suas parábolas mitológicas, tudo nos ensinaram sobre a irrevocabilidade do destino e da condição. O rei continuará o rei, assim como um sabotador nunca passará disso. Como é que Neuville pode almejar uma narrativa helénica, tentando ser Deus num desporto que é do povo?

Facilmente se defenderá quanto a isso, pois a verdade é que o povo, enquanto entidade, sempre se endeusará também. Povo ou não, Neuville é, de certa forma, o Deus que tentou ser. Será que, anos mais tarde, admitirá para si mesmo que talvez fossem os seus ímpetos destrutivos psicanalistas a desviar-lhe, propositadamente, a boca da trajetória do doce que caía? Tal como quando avistou a barreira acimentada de Monza, que, como sabe, não se moveu?

Perder o Às de ‘trunfo’

Veja-se que Elfyn Evans conquistou o povo pela sua insistência em tentar subverter as divinidades. Desde que se acoplou à categoria superior, sempre foi o ‘good-guy’ dos bons pilotos de fábrica e do WRC em geral, ao que o desporto, que crescentemente se elitiza, está sedento de alguém que reclame o seu bairrismo de volta. Contam-se milhares de admiradores de Ogier e Neuville, mas também detratores. De Tänak ainda não se identificam muitos da segunda espécie, pois o título de campeão é demasiado recente e saudável ao ter quebrado dois regimes totalitários gauleses. Mas haverá um número representativo de pessoas que não simpatize com Evans?

Caso se titulasse, poder-se-iam encontrar alguns discordantes quanto à validade do campeonato ou até futuros caluniadores ténues encorajados pela sobre-confiança do piloto quanto à legitimidade do seu troféu.

Mas, mesmo após Monza e a breve metamorfose redigida à luz de Ícaro, haverá muita gente que não veja Evans como um simples piloto? Como um mero desportista minimamente afável despido de qualquer preconceito, iconicidade ou agenda superior?

Segundo a reza do mito, não se poderia tornar campeão; pelo menos não agora. Não antes de nos desagregar e nos abandonar neste mero e superficial patamar terrestre, ascendendo sozinho ao redestino e às reformulações do poder e da traição.

O galês, que até na sua regularidade adensa a imagem de rapaz bondoso e atinado, nunca poderia guardar essa componente como trunfo num ano pleno de inconsistência. Saiu de estrada, mas já tarde.

Fê-lo quando tentou ser mais do que si mesmo, quando o próprio já escolhera o seu destino. Só se suplantará, no momento em que os ataques físicos e psicológicos forem parte fulcral da sua linguagem predileta.

O tique do ombro direito na primeira entrevista após o despiste de Monza, aliado à voz trémula e ao olhar embevecido do momento, indiciavam um Evans em choque. E, consequentemente, em inconformidade e em futura mudança.

Com o perfunctório ataque de Evans, Sébastien Ogier tornou-se heptacampeão mundial.

O mais suado

O francês, perito da psicologia invertida indispensável à consagração, certamente recordará este ano como um de ligeira aflição.

Ogier é alguém que se nutre da insatisfação, por mais títulos que amealhe, e que ambiciona a constante resolução rápida da sua conjuntura, certificando-se de que acorda a cada manhã com menos uma questão na sua cabeça.

A turbulenta passagem final pela Citroën indica-nos isso mesmo, com a marca francesa a não ombrear com o grau de eficácia imposto pelo então campeão mundial desde o início do contrato. Também o prova a continuidade de títulos que adquiriu com diversas rondas de sobra. E, afinal, Ogier é provavelmente o único campeão do mundo a ser eleito numa quinta-feira (na estrada, visto que a FISA anunciou o primeiro título de Kankkunen no mesmo dia da semana), colhendo os louros na etapa inicial do Rali da Alsácia de 2013 e vencendo a prova sem peso no corpo. O ano resolveu-se, então, tarde sob os seus padrões; para gáudio dos espetadores e para desassossego do francês.

O campeonato mundial de ralis, e a modalidade em si, empobrecem com o sétimo título de Ogier. Todos os regimes totalitários transformam-se em sistemas de opressão. Embora sejam períodos que, em contexto de desporto, possamos recordar com algum carinho por termos sido coetâneos e testemunhas de tal mestria no pico da execução, temo que a sua sucessibilidade seja corrosiva e, a longo prazo, limitadora. Os piores anos da modalidade foram os melhores de Sébastien Loeb.

Foi um verdadeiro prazer sentir que, ao estar presente nessa década, reescrevia a história em conjunto com o eneacampeão.

Mas o seu sucesso abstraiu o interesse e a abrangência a novos terceiros em relação ao desporto.

O pontual título de Tänak será sempre um dos momentos mais frescos e saudáveis da última década de ralis. No WRC, ao contrário da Fórmula 1, não militam equipas suficientes para que os fortuitos coelhos retirados da cartola por outros pilotos de segundo e terceiro nível nos entretenham o suficiente nas entrelinhas, ao ponto de não nos desinteressarmos com o marasmo das hegemonias.

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xandaline
xandaline
3 anos atrás

“Edificaram-se para que não dependessem de edifícios, equipamentos nos quais era imperativo que nos mantivéssemos. Talvez o troféu de pilotos se tenha antropomorfizado por instantes e tenha acatado, por fim, teimoso e tardio como muitos de nós, a recomendação de permanecer em casa. Mas, ao cabo de um período tão arrastado, já não se manifesta um sentido e natural enfastiamento de tanto tempo em clausura?” Por amor de Deus, onde é que foram buscar este cavalheiro com pretensões a Fernando Pessoa? Eu compreendo o seu recalcamento na possível negação da comunidade literária á sua presença, mas neste meio do desporto… Ler mais »

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