A Lancia e o WRC: regras, custos, retorno, plano de negócios e… para onde inclina a balança!
Tal como disse recentemente o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, ao AutoSport, também o novo diretor desportivo da Lancia, Eugenio Franzetti, dise ao Motorsport.com italiano o que é necessário para a Lancia ponderar voltar à classe principal ou ao segundo nível da Pirâmide dos Ralis, os Rally2.
Para já, têm planos para o seu novo Lancia Ypsilon HF Rally4, com o Lancia Rally Trophy em Itália, mas para os Rally1 ou Rally2, a ‘conversa’ é outra: “Precisamos de regras, precisamos saber como construir o futuro carro Rally2 e Rally1. Quando descobrirmos isso, depressa descobrimos quanto custa fabricá-los, e depois disso, podemos criar um plano de negócios, colocar os custos de um lado da balança e a visibilidade e o valor dos retornos do outro. E poderemos avaliar se a balança está inclinando-se para o lado positivo”. É muito simples de fazer esta conta para as marcas.
No passado nunca se falou muito dos custos do WRC, porque o retorno que tinha a disciplina permitia que as marcas tivessem um resultado positivo desta equação.
Ou seja, o que o WRC devolvia às marcas, tudo somado, era superior aos seus custos, mas agora, e já há alguns anos que é assim, o resultado é negativo, por isso se vai fazer nova revolução técnica, com o objetivo de cortar custos e, ao mesmo tempo, o Promotor e a FIA estão a trabalhar para incrementar a visibilidade. O problema é que isso leva tempo.
Um desporto como o WRC, quando chega a um determinado patamar, pode cair em 2 ou 3 anos, mas para crescer leva bem mais tempo e tem que ser sustentado. E foi aí que tudo falhou. Valha a verdade, também com a ‘ajuda’ da pandemia…
Claro que, como já escrevemos várias vezes, houve diversos fatores recentes, que afetaram e afetam os ralis e o principal é mesmo a indefinição da tecnologia. Ninguém sabe qual é o caminho certo da indústria, e um dos que é mais provável, é quase abominado pelos adeptos – os elétricos – e é no meio deste turbilhão todo, ainda por cima a recuperar de uma pandemia que fez interromper o crescimento mundial das vendas automóveis em 2019 e que se agora está a recuperar os mesmo números dessa altura, quando já devíamos ir cinco anos à frente.
É por isto tudo misturado que se ouve fechar do fecho de fábricas da VW e afins.
Portanto, a única e melhor solução para o WRC atualmente é colocar os custos minimamente apelativos para as marcas.
Claramente, a Lancia e os seus responsáveis, sabem que os ralis são um claro ‘acelerador’ para o renascimento da marca. Mas não, a qualquer preço, é isso que se infere das palavras dos seus responsáveis…
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