7º título do WRC para Sébastien Ogier
Sébastien Ogier e Julien Ingrassia asseguraram em Monza o seu sétimo título Mundial de Ralis,
Depois de terem sido Campeões entre 2013 e 2016 com a Volkswagen, repetiram o feito com a M-Sport/Ford em 2017 e 2018, chegando agora ao sétimo título com a Toyota. Sete títulos para três marcas diferentes, suplantando o que fez Juha Kankkunen, que também foi campeão por três marcas, Peugeot, Lancia (duas vezes) e Toyota.
Num ano completamente atípico, e depois de Elfyn Evans ter chegado à última prova com um avanço de 14 pontos, uma saída de estrada do galês na PE11 impediu que o Reino Unido pudesse festejar o seu terceiro Campeão do Mundo da história do WRC.
Uma enorme desilusão para o jovem galês, que depois duma época muito consistente com duas vitórias e onde nunca fez pior que um quarto lugar, estragou tudo com o seu acidente na PE11, saindo de estrada numa zona em que a aderência da mistura de neve, gelo e asfalto mudou repentinamente. São assim os ralis, é isso que fica para a história duma temporada que todos queremos esquecer o mais rapidamente possível Apenas sete ralis, devido aos diversos cancelamentos resultantes da pandemia de coronavírus.
Fazendo o que tinha a fazer, Ogier começou o rali com muitas cautelas, chegando a estar em quarto da geral, terceiro no final do primeiro dia de prova, realizado no lamacento e chuvoso complexo de Monza. O francês terminou o dia a 4.3s de Dani Sordo, atacando forte na primeira especial do segundo dia, os 25.06 Km de Selvino. Muita água na estrada e os três quilómetros finais gelados, permitiram diferenças grandes na estrada e Ogier saltou para primeiro logo no primeiro troço do dia, beneficiando das penalizações dos dois primeiros até aí, Dani Sordo e Esapekka Lappi, que ‘falharam’ chicanes no dia anterior. Ogier ainda viria a perder a liderança para Sordo na PE8, mas logo a seguir recuperou-a para nunca mais a perder até final. Na PE11, quando se apercebeu da saída de estrada de Evans, mudou por completo a sua condução, nada arriscando até ao fim do rali.
Soube aproveitar o azar de Evans, mas também o galês já tinha feito o mesmo na Turquia quando Ogier desistiu. São assim os ralis, as contas fazem-se no fim, e aí foi Ogier e Ingrassia que somaram mais um título.
Os outros candidatos, Thierry Neuville e Nicolas Gilsoul ‘retiraram’ a candidatura ao título logo no primeiro dia de prova. Enquanto a chuva caía no famoso circuito de Monza, Thierry Neuville bateu numa barreira e danificou o seu Hyundai i20 WRC, que já não passou daquele troço, parando um pouco mais à frente depois de uma passagem de água que fez calar o motor.
Mais um ano muito irregular para o belga que começou a época a vencer no Rali de Monte Carlo, mas até à paragem devido à pandemia teve dois maus resultados. No regresso, desistiu na Estónia na sequência de mais um toque, e fez dois segundos lugares na Turquia e na Sardenha. Isso manteve-o à tona na luta pelo título, mas o que precisava de fazer tornava essa tarefa quase impossível. O ‘quase’ desapareceu com o seu abandono.
Ott Tänak/Martin Järveoja (Hyundai) terminaram o Rali de Monza na terceira posição, mas as suas hipóteses de chegar ao título eram aindap iores que as de Neuville. O estónio precisava de uma hecatombe entre os seus adversários diretos, e só a teve parcialmente. Curiosamente, chegou à derradeira especial do ano ainda com hipóteses de ser campeão. Se Ogier tivesse problemas, Tanak passasse Sordo, vencesse a PowerStage e Evans só somasse um ponto, seria campeão. Mas eram muitos ‘ses’, que não sucederam, como se sabe. O estónio começou muito mal o ano com o grave acidente do Rali de Monte Carlo, fez dois segundos lugares na Suécia e México, venceu na ‘sua’ Estónia, mas o fim de campeonato foi mau, com um 17º lugar na Turquia e 6º em Itália. Não fez muito para revalidar o título, exceção feita ao dominador rali ‘caseiro’.
Dani Sordo voltou a mostrar que é um piloto que ainda merecia um programa a tempo inteiro. Fez três ralis, desistiu no México com problemas no motor, venceu na Sardenha e foi segundo em Monza. Fez melhor em três ralis do que os pilotos da M-Sport com sete…
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Chamar sorte ao piloto que não teve saída nenhuma de estrada grave durante este ano, que perdeu entre as suas hipóteses sem qualquer culpa quando primeiro a caixa de velocidades e depois o motor lhe retiraram valiosos pontos na Turquia, sem hipoteses de PS e vence desta forma. E essa de Evans ter avisado é boa, isso é obrigação, faz-se no regional e no mundial. Caros, quem lidera tem de abrir a estrada, de certeza que Ogier não teria problemas em estar no comando e ser ele a abrir. Foi pena para Evans, mas é sua primeira corrida ao titulo,… Ler mais »
Parabéns Ogier e parabéns Toyota e Makinen! Piloto excecional. Ganhar 7 títulos com 3 equipas diferentes não é definitivamente para qualquer um… Nem são números que possam ser explicados por qualquer tipo sorte! Confesso que este ano o meu favorito era Evans, piloto que fez uma época fantástica com a Toyota. Evans também merecia o título. Mas teve um deslize e não ganhou! Ganhou Ogier, e se ganhou o título é porque o mereceu e está bem entregue. Uma palavra para Sordo. Está como o Vinho do Porto: quanto mais velho, melhor! Tornou-se um piloto muito sólido e que merece… Ler mais »
Este foi um ano diferente, disso não há dúvidas… Mas algumas coisas não mudaram. Ogier igual a si mesmo, ou seja de uma eficácia tremenda! Tanak a demonstrar um excelente trabalho no desenvolvimento da Hyundai. Evans sem as restrições de andamento que tinha impostas na MSport a mostrar o seu verdadeiro potencial. Sordo a mostrar uma consistência, deveria ter um melhor programa de provas. Rovanpera que grande futuro se avizinha para este jovem! Não vou pronunciar-me sobre os menos desta temporada…