Um duelo que promete!
O regresso do Mundial de Ralis a Portugal ficou marcado por uma etapa onde Sébastien Loeb e Marcus Gronholm discutiram a liderança ao segundo com a balança a pender para o lado do francês, que alcançou uma curta margem de três segundos para defender amanhã.
O melhor estava guardado para o fim. Sébastien Loeb, “mexeu as mãos”de forma enigmática, tirou da “cartola” o último “coelho” e baralhou completamente Marcus Gronholm, aquele que em tempos foi chamado de o “mágico”. Por outras palavras, o piloto do Citroen C4 WRC exerceu um ataque fulminante nos dois últimos troços e na derradeira das seis classificativas que compunham a primeira etapa transformou uma desvantagem de 1,5 segundos numa vantagem de 3,1 segundos, terminando na liderança da prova numa primeira etapa que foi mesmo imprópria para cardíacos.
A solução para este “truque” encontrou-a o francês na melhor interacção das afinações com os pneus montados no carro francês, face ao desempenho do binómio set-up/pneus do Focus de Gronholm.
Para Gronholm, e depois ter vencido três classificativas (tantas, final como Loeb), ficou um certo amargo de boca. Mas, o certo é que, com uma desvantagem tão insignificante, o piloto pode manter perfeitamente intactas as suas aspirações à vitória final.
Hirvonen e Solberg no segundo pelotão
Mas se os dois principais favoritos não defraudaram as expectativas, Mikko Hirvonen, Petter Solberg e Daniel Sordo acabaram por ter que se contentar com o lugar de personagens secundárias. O jovem finlandês da equipa BP Ford ainda deu um ar da sua graça ao triunfar na primeira classificativa de ontem, averbando aí, o seu único momento de glória do dia, mas se ainda conseguiu segurar Loeb até à classificativa seguinte, daí para a frente e, sobretudo, na derradeira secção, não travou o seu ascendente com acentuadas culpas para as borrachas da BF Goodrich que não soube gerir até ao final do dia.
De qualquer modo, uma certa consistência de ritmo foi suficiente para pôr em sentido Petter Solberg, com quem travou, desde o início do dia de ontem, um animado braço de ferro. Neste jogo de forças, o norueguês começou até por impressionar, mostrando que o novo Impreza pode ter alguns argumentos de peso, mas que para isso será necessário contar com um piloto perfeito o que não aconteceu. Na sexta especial, Solberg fez um pião e, como isso, somou um atraso que hipotecou qualquer reacção ao andamento de Hirvonen.
Fora desta luta, ficou, desde cedo, Daniel Sordo. Ao terminar a primeira etapa na quinta posição, o espanhol provou que o conhecimento do terreno afinal não era assim tão importante, mesmo se nunca teve o Citroen C4 WRC em perfeitas condições.
De trás para a frente foi a prova de Jari-Matti Latvala, o melhor representante da equipa Stobart. Depois de ter deixado o carro ir abaixo na primeira classificativa do dia e com isso ter perdido cerca de 40 segundos, o finlandês trepou na classificação desde a 18ª posição até ao sexto lugar, acabando por envergonhar o seu companheiro de equipa, Henning Solberg que não foi além do 10º lugar, numa prestação muito discreta.
Com uma etapa de antologia, Latvala acabou também por dar uma verdadeira lição de condução nos pilotos da OMV Kronos Citroen já que tanto Manfred Stohl, como Daniel Carlsson, nunca se entenderem na perfeição com respectivos Citroen Xsara WRC.
A verdade é que tem ainda mais duas etapas para o fazer, as mesmas duas etapas que terão agora obrigatoriamente que passar um “atestado de identidade” ao vencedor da primeira edição do Rali de Portugal com palco algarvio.
Link com as classificações completas:
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